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NOTÍCIAS       2021       3º Trimestre - Agosto
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Obs.: Notas críticas de rodapé por Rodolfo Huhn e não representam necessariamente a posição do GDPAPE.
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Comunicado: Considerando: a) o processo de desmanche do Sistema Petrobras, que já alcançou a transferência de vários ativos estratégicos para terceiros (gasodutos, distribuidoras, campos de petróleo, etc); b) a inexistência de apoio concreto no combate à consecução desse objetivo, quer por parte da mídia, de políticos e mesmo de grupos que exercem força e poder, grupos que poderiam se manifestar contra esses crimes de Lesa-Pátria, sem se excluir a maioria dos cidadãos, estaremos encerrando a atualização dessa seção "GDPAPE Notícias" a partir de 31.12.2020.
O presente trabalho se compõe de um acervo coletado por mais de décadas.
Agradeço o apoio recebido com um Muito Obrigado. RH

ET.: Poderão ocorrer publicações sem, entretanto, seguirem os mesmos critérios de pesquisa ampla e comentários críticos.
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Fontes: Estadão - E-Investidor
Privatômetro: Venda de ativos da Petrobras já soma mais de R$ 231 bi - Só neste ano, as privatizações somaram R$ 26,86 bilhões
Publicado: | On Line 26 de agosto de 2021 | 05h00
Por einvestidor@estadao.com 27/08/2021, 9:40 ( atualizada: 27/08/2021, 9:18 )

Foto: Bloomberg / Via Getty Images (Estadão Conteúdo) – Entre janeiro de 2015 e julho de 2021, a Petrobras vendeu R$ 231,5 bilhões em ativos, segundo o Privatômetro do Observatório Social da Petrobras (OSP), um instrumento que funciona como uma espécie de raio-x das privatizações da Petrobrás.
“Os dados foram atualizados após divulgação do balanço trimestral da companhia, no dia 4 de agosto. Os valores em Reais já estão deflacionados para o mês de junho, convertidos do dólar, a partir do câmbio de cada ano analisado”, informou a OSP.
Desde o lançamento do Privatômetro, em junho, cujos valores financeiros foram baseados no relatório da Petrobras do 1º trimestre de 2021, a atual direção da companhia se desfez de mais sete ativos, totalizando R$ 15,54 bilhões. A maior negociação envolveu a venda de 34,1% das ações que a estatal ainda detinha da BR Distribuidora, equivalente a 73% do montante. Também foram vendidos o Campo Dó-Ré-Mi, o Polo de Alagoas, o Campo Papa-Terra, a Gaspetro, a Termelétrica Potiguar e a Cia. Energética Manauara.
Só neste ano, as privatizações somaram R$ 26,86 bilhões.
Entre as principais negociações, destacam-se as vendas da fatia da BR (R$ 11,36 bilhões); da Refinaria Landulpho Alves, a Rlam, adquirida pelo Mubadala Capital, fundo soberano dos Emirados Árabes, por R$ 9,33 bilhões; da Gaspetro, comprada por R$ 1,98 bilhão pela brasileira Compass (empresa da Cosan); dos 10% restantes da participação da companhia na NTS (R$ 1,883 bilhão) e do Polo de Alagoas (R$ 1,5 bilhão).
Em termos setoriais, a maior privatização em 2021 foi na distribuição/revenda (BR e Gaspetro), que totalizou R$ 13,34 bilhões. Em seguida, o refino, com a venda da primeira refinaria, a Rlam. Posteriormente, a área de Exploração e Produção (E&P), que teve quatro campos/polos adquiridos por empresas privadas, no valor total de R$ 2 bilhões.
Segundo o economista Eric Gil Dantas, do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), um dos responsáveis pela elaboração e atualização do Privatômetro, a Petrobras integrada, do poço ao posto, vem sendo substituída por monopólios e oligopólios privados regionais e nacionais.
“Com a venda da Gaspetro, por exemplo, a Compass herdará a participação acionária de 19 das 27 distribuidoras de gás natural do país, participações que variam entre 23,5% e 100%. A Cosan ficará com aproximadamente 80% do mercado de distribuição de gás natural nos estados. Um verdadeiro desastre para o consumidor brasileiro, que pagará cada vez mais caro pelos produtos derivados de petróleo e gás”, afirmou.
A última atualização do Privatômetro mostra que o principal país comprador de ativos privatizados da Petrobras, em todo o período analisado, é o Canadá (27,8%), seguido pela França (20,1%) e pelo Brasil (14%). A lista de investidores mais relevantes inclui ainda Noruega (11,8%), Estados Unidos (6,2%), Japão (5,6%) e Emirados Árabes (5,1%).

N.daR.: Desfaz-se a Perobras entregando seus pedações estrategicos e lucros a grupos estrangeiros.
É mais um crime de Lesa-Pátria cometido, entre tantos outros.

* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: Estadão - E-Investidor
Petrobras: 3R faz proposta superior a US$ 1 bi por Polo Potiguar - O Polo Potiguar contempla um conjunto de 26 concessões de campos de produção terrestres e de águas rasas
Publicado: | On Line 26 de agosto de 2021 | 05h00
Por einvestidor@estadao.com 27/08/2021, 10:00 ( atualizada: 27/08/2021, 9:37 )

3R Petroleum (Estadão Conteúdo) – A Petrobras informa que recebeu ofertas vinculantes de potenciais interessados na aquisição dos ativos do Polo Potiguar, que contempla um conjunto de 26 concessões de campos de produção terrestres e de águas rasas, incluindo a refinaria Clara Camarão e o Terminal de Guamaré, no estado do Rio Grande do Norte. A 3R Petroleum foi a empresa que apresentou a melhor proposta, em valor superior a US$ 1 bilhão.
Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa afirma que a diretoria executiva da companhia aprovou o início da fase de negociação. A estatal lembra, no entanto, que a celebração da transação dependerá do resultado das negociações, bem como das aprovações corporativas necessárias.
“A Petrobras reforça o seu compromisso com a ampla transparência de seus projetos de desinvestimento e de gestão de seu portfólio e informa que as etapas subsequentes do projeto serão divulgadas tempestivamente”, afirma.
Também em comunicado, a 3R Petroleum reforça que a potencial aquisição do Polo Potiguar está alinhada à estratégia de geração de valor aos seus investidores, por meio de aquisições de campos maduros que apresentem potencial de incremento de produção e reservas, bem como sinergias com o portfólio atual da companhia.
A empresa também ressalta que a celebração da transação está sujeita ao sucesso das negociações, além das aprovações corporativas necessárias e da anuência dos órgãos reguladores competentes, em especial a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

N.daR.: É mais um crime de Lesa-Pátria cometido, entre tantos outros.
* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: O Globo - Economia
Petrobras vende térmicas em Manaus por R$ 304 milhões - Com a venda, estatal se desfez da totalidade de sua participação na Breitener, no Amazonas
Publicado: | On Line 27/08/2021 - 18:46 / Atualizado em 28/08/2021 - 08:16
Por Bruno Rosa

Usina térmica de Jaraqui, em Manaus - Foto: Divulgação RIO- Em meio à maior crise hídrica dos últimos 91 anos, a Petrobras anunciou nesta sexta-feira a venda de uma subsidiária no Amazonas dona de duas usinas térmicas.
A estatal se desfez da totalidade de sua participação acionária de 93,7% na Breitener, localizada no estado do Amazonas, para a Ceiba Energy LP. O processo de venda começou no primeiro semestre do ano passado.
A Breitener é dona das termelétricas Tambaqui e Jaraqui, localizadas em Manaus, com capacidade instalada de 155,8 MW e 156,7 MW, respectivamente. As usinas, que geram energia a partir de gás natural, possuem capacidade contratada com a Amazonas Energia.
O valor da venda é de R$ 304 milhões, sendo R$ 251 milhões a serem pagos em seu fechamento, sujeito aos ajustes previstos no contrato, e R$ 53 milhões em pagamento atrelado à remuneração futura da Breitener na venda de energia.
"O fechamento da transação está sujeito ao cumprimento de condições precedentes, como a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE)", disse a estatal em nota.
A Petrobras pretende se desfazer de outras térmicas no país.

N.daR.:
* Fonte primária: O Globo
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Fontes: O Globo - Economia
Assembleia da Petrobras elege apenas um representante de minoritários ao conselho - Estatal passará a contar com três membros indicados por minoritários, sete indicados pela União e um por trabalhadores, considerando os assentos que não estiveram em jogo nessa reunião.
Publicado: | On Line 27/08/2021 20h58 Atualizado há 11 horas
Por Reuters

Petrobras Acionistas da Petrobras reconduziram sete membros do conselho de administração, todos indicados pela União, e elegeram um candidato indicado por minoritários, durante assembleia geral nesta sexta-feira (27).
Com a eleição, a Petrobras passará a contar com três membros indicados por minoritários, sete indicados pela União e um por trabalhadores, considerando os assentos que não estiveram em jogo nessa reunião.
O resultado frustrou expectativas de acionistas minoritários, que conseguiram eleger apenas um nome, Marcelo Gasparino, quando buscavam avançar em mais cadeiras do colegiado. Os minoritários tinham três candidatos.
À Reuters, Gasparino afirmou que o formato do boletim de voto à distância precisa ser aprimorado para que os acionistas minoritários não possam ser induzidos a distribuir votos em todos os candidatos.
"Nem em clube social se recebe 11 cédulas para votar em oito assentos disponíveis. O formato da chapa deve ser abolido do modelo de votação em companhias abertas brasileiras", disse Gasparino.
Os candidatos reconduzidos foram Sonia Julia Sulzbeck Villalobos, Cynthia Santana Silveira, Eduardo Bacellar Leal Ferreira (presidente), Joaquim Silva e Luna, Ruy Flaks Schneider, Márcio Andrade Weber e Murilo Marroquim de Souza.
A assembleia para eleição de oito membros do colegiado desta sexta-feira, por voto múltiplo, foi convocada após Marcelo Gasparino, também único indicado por minoritários a ser eleito em uma assembleia anterior em abril, ter renunciado ao cargo sob alegação de ter identificado problemas nos procedimentos da reunião.
O resultado desta sexta-feira terminou igual ao da assembleia de abril.

N.daR.:
* Fonte primária: O Globo
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Fontes: Estadão - E-Investidor
Comprador da Reman, da Petrobras, promete isonomia no fornecimento - Ao fechar o negócio, a empresa passa a ser um fornecedor importante para os seus concorrentes
Publicado: | On Line 26 de agosto de 2021 | 05h00
Por einvestidor@estadao.com 26/08/2021, 16:00 ( atualizada: 26/08/2021, 15:41 )

Logo ATEM

(Estadão Conteúdo) – O Grupo Atem adquiriu a refinaria de Manaus, a Reman, da Petrobras, de olho no aumento “do suprimento de combustíveis e derivados de petróleo e gás para a região de influência da refinaria”, como informou em comunicado à imprensa. Embora participe da cadeia de combustíveis, e, ao fechar o negócio, passe a ser um fornecedor importante para os seus concorrentes, a empresa disse que manterá “condições comerciais isonômicas”.
A Reman foi comprada pelo valor de US$ 189,5 milhões. Essa é a segunda fábrica de derivados de petróleo vendida pela estatal. A primeira foi a Rlam, na Bahia, repassada ao fundo de investimento árabe Mubadala.
A unidade do Amazonas está inserida na região de interesse direto da Atem, que atua, entre outros segmentos, na distribuição de combustíveis da região Norte do País.
“Temos bases de distribuição próprias não apenas em Manaus, mas também em Santarém (PA), Itaituba (PA), Porto Velho (RO), Vilhena (RO), Sinop (MT) e Campo Grande (MS)”, afirma Naidson Atem, um dos sócios da empresa. A distribuidora possui ainda mais de 300 franqueados e 2 mil clientes ativos na região e transporta os combustíveis por vias fluviais e terrestres.
A presidente da nova empresa, que surge da privatização da refinaria da Petrobras, será Flavia Soluri. Ela atua por mais de 15 anos com recursos naturais, com passagem pela Vale e Newmont Corporation. “Nossa missão será a de fazer uma transição tranquila, abastecer a região de influência da Refinaria, oferecendo um alto nível de serviço, custos competitivos e valorizando cada vez mais o meio ambiente”, disse a executiva.

N.daR.: É mais um crime de Lesa-Pátria cometido, entre tantos outros.
* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: Estadão - E-Investidor
Produção do pré-sal bateu recorde em julho, informa ANP - Foram produzidos 2,806 milhões de barris de óleo equivalente por dia, batendo recorde de agosto de 2020
Publicado: | On Line 26 de agosto de 2021 | 05h00
Por einvestidor@estadao.com 26/08/2021, 15:20 ( atualizada: 26/08/2021, 14:51 )

Plataforma de petróleo - Divulgação (Agência Brasil) – A produção nos campos do pré-sal cresceu 3,4% em julho, em relação a maio, e bateu recorde, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Foram produzidos 2,806 milhões de barris de óleo equivalente por dia. O barril de óleo equivalente (boe) é a unidade usada para somar os totais de gás natural e petróleo em um único montante.
O recorde mensal anterior era de agosto de 2020, quando haviam sido produzidos 2,776 milhões de barris de óleo equivalente por dia.
A produção diária média no mês de julho de 2021 foi composta por 2,221 milhões de barris de petróleo e 93,1 milhões de metros cúbicos de gás natural. O volume produzido nos 130 campos do pré-sal correspondeu a 71,6% de todo o petróleo e gás natural que foi produzido no Brasil em julho, segundo a ANP.
O campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural do país, com 917 mil barris de petróleo e 42,3 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.
No mês passado, a produção nacional de petróleo, incluindo todos os campos, voltou a superar os 3 milhões de barris diários, enquanto a de gás natural registrou o recorde de 139 milhões de metros cúbicos por dia.
De acordo com a ANP, houve aumento de 4,9% na produção de petróleo em comparação com o mês anterior e redução de 1,1% em comparação com julho de 2020. Já para o gás natural, houve aumento de 2,5% em comparação com o mês anterior e de 6,8% se comparado a julho de 2020.
Os campos operados pela Petrobras produziram 92,8% do petróleo e do gás natural do Brasil.

N.daR.: A Perobras produziu 92,8% do gás natural.
Mas ao "vender" gasodutos,ficou refém dos novos proprietarios que estimam amotizar o invetimento em menos de 5 anos.
É mais um crime de Lesa-Pátria cometido, entre tantos outros.

* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: Estadão - Economia & Negócios
Bancos credores podem assumir venda da Braskem se processo emperrar
Publicado: | On Line 26 de agosto de 2021 | 05h00
Por Cynthia Decloedt e Cristiane Barbieri

Braskem, Bahia - Foto: Paulo Fridman / Bloomberg Os bancos credores da Odebrecht, agora Novonor, poderão assumir a venda da fatia de 50,1% da Braskem, caso não haja clareza de que o processo caminha para ser concretizado até o fim deste ano. Isso levaria Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o balcão de vendas. Embora já existam propostas na mesa, o cronograma para o negócio pode sofrer ajustes. Um dos motivos seria a indecisão sobre a venda da Braskem fatiada, para mais de um comprador, ou inteira. A Novonor prefere a venda a um único comprador. Se o Morgan Stanley, encarregado pelo grupo de encontrar um comprador, apresentar aos bancos uma negociação amarrada, a Novonor receberá mais 12 meses de prazo para concluir a operação, conforme prevê a recuperação judicial feita com a Odebrecht.
Nos bastidores, a Novonor espera que exista um caminho “cooperativo”. Essa, porém, não é a primeira vez que os bancos perdem a paciência com o grupo. Mesmo antes do pedido de recuperação judicial, em 2019, as discussões sobre rolagens de dívidas e obtenção de novos empréstimos entre Odebrecht e as instituições financeiras sempre foram tensas. Prova é que os bancos ficaram com toda a participação da Novonor na Braskem, como garantia para mais crédito. Na ocasião, a Odebrecht dava os últimos suspiros antes do pedir proteção à Justiça.3

Braskem vale hoje cerca de R$ 50 bilhões
Mais do que um apego da Odebrecht ao ativo – que existe -, é uma venda difícil. Hoje, a Braskem tem valor de mercado de cerca de R$ 50 bilhões. O cheque que o comprador teria em mãos varia de R$ 19,2 bilhões (equivalente à fatia da Nonovor) a R$ 50 bilhões, caso os acionistas minoritários exijam a mesma oferta. Uma conta difícil de atender.
Com mais da metade dos resultados da Braskem proveniente do Brasil, aumenta o peso do risco, por conta do momento político e econômico do País. Um representante do lado dos compradores classifica como “não trivial” essa exposição, em função da quantia que entrará no País e da incerteza do cenário.
Uma terceira frente que dificulta a venda, por incrível que pareça, são os bons resultados da Braskem. A geração de caixa, que no primeiro semestre de 2020 foi de R$ 2,8 bilhões, passou para R$ 16,3 bilhões este ano. Os candidatos à compra sabem que os números são excepcionais – no sentido de que dificilmente irão se repetir -, por conta de uma série de fatores. Entre eles, condições climáticas no Texas que prejudicaram a produção em 2020, bem como a pandemia. A expectativa é que o preço das ações não se sustente por muito tempo na Bolsa – e o valor da empresa caia.
Sem ter clareza dos rumos da Novonor na Braskem, a Petrobras também teria dificuldades para tomar sua decisão de saída. A estatal, que contratou o JP Morgan para estudar a melhor alternativa, não consegue sequer se posicionar com relação a uma venda via Bolsa, como foi feita com a BR Distribuidora. O caminho tem de ser acertado por ambas. Procuradas, Novonor e Braskem não comentaram. A Petrobras não respondeu até a publicação desta nota.
Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 25/08/21 às 19h11.

N.daR.:
* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: Estadão - E-Investidor
Petrobras recebe US$2,9 bilhões de sócias por coparticipação em Búzios - O pagamento é referente às obrigações das parceiras chinesas CNODC e CNOOC
Publicado: | On Line einvestidor@estadao.com 24/08/2021, 18:39
Por E-Investidor

Petrobras (Reuters) – A Petrobras recebeu nesta terça-feira, 24, o pagamento à vista de 2,9 bilhões de dólares referente às obrigações das parceiras chinesas CNODC e CNOOC no acordo de coparticipação do campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, informou a empresa em fato relevante.
Agora, a estatal emitirá o certificado de adimplência para a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), última etapa para que o acordo entre em vigência em 1º de setembro.
O acordo já havia sido aprovado pela ANP no início deste mês.
“A partir da vigência do acordo, as empresas CNODC e CNOOC têm até 30 dias corridos para manifestarem interesse no exercício da opção de compra de parcela adicional, de 5% cada uma, no Contrato de Partilha de Produção do Excedente da Cessão Onerosa”, afirmou a Petrobras.
Atualmente, a petroleira brasileira detém 90% dos direitos de exploração e produção do volume excedente da cessão onerosa do campo de Búzios, enquanto CNODC e CNOOC possuem 5% cada.

N.daR.:
* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: Estadão - Política
Sem funcionários CLT, Precisa assinou contratos de R$ 1,6 bi com Ministério da Saúde - Alvo da CPI por suspeita na compra da vacina Covaxin, empresa fechou negócios bilionários com Ministério da Saúde
Publicado: | On Line 26 de agosto de 2021 | 05h00
Por Julia Affonso

Sede daPrecisa, Barueri, São Paulo BRASÍLIA - A Precisa Medicamentos, que atuou como representante no Brasil da produtora da vacina indiana Covaxin, não declarou ao governo federal, em dezembro do ano passado, nenhum funcionário celetista. O dado, obtido pelo Estadão via Lei de Acesso à Informação (LAI), reforça as suspeitas sobre a empresa que, no governo Jair Bolsonaro, já fechou ou intermediou contratos que somam R$ 1,67 bilhão.
Para fechar um contrato com o governo federal, uma empresa não tem, obrigatoriamente, de contratar empregados celetistas. Mas, segundo investigadores e auditores ouvidos pela reportagem, é “atípico” e “estranho” uma companhia envolvida em um acordo bilionário com a administração pública não ter funcionários contratados em regime CLT.
Em fevereiro, o Ministério da Saúde fechou contrato de R$ 1,6 bilhão com a Precisa para compra de 20 milhões de doses da Covaxin. O valor por dose (US$ 15) era o mais caro dos seis imunizantes que o País havia comprado. O negócio se tornou alvo de diferentes investigações por suspeita de irregularidades e corrupção e, em julho, após recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU), a Saúde suspendeu o contrato. Além da CGU, o contrato da Precisa com o ministério entrou na mira da CPI da Covid, da Polícia Federal, do Ministério Público Federal (MPF) e do Tribunal de Contas da União (TCU).
A Precisa Medicamentos é controlada por Francisco Emerson Maximiano. Conhecido como “Max”, o empresário foi questionado sobre o regime de trabalho de seus funcionários durante depoimento na CPI da Covid. O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), quis saber se todos os empregados contratados eram autônomos e se havia celetistas. “Não são todos autônomos, não”, limitou-se a responder o empresário.

Francisco Maximiano: Empresas controladas

Max assumiu a Precisa em 2014. A empresa nunca havia atuado no mercado de vacinas antes de tentar importar a Covaxin, o que também levantou suspeitas. Segundo dados obtidos pela CPI, a Precisa faz parte de uma rede de empresas que movimentaram milhões nos últimos anos. Max, no entanto, disse não saber exatamente a quantidade de companhias que controla. “Honestamente, o receio é de informar que são oito e, porventura, serem nove ou sete.”
Uma das empresas de Max é a Global Gestão em Saúde, que recebeu R$ 20 milhões em pagamento adiantado para fornecer medicamentos de alto custo ao Ministério da Saúde. A empresa venceu a licitação em 2017, mas não entregou os remédios.
A Global é a empresa de Max que registrou funcionários em regime CLT de forma sólida e constante, segundo dados do Ministério da Economia. No ano passado, a empresa informou 38 vínculos empregatícios ativos. Em 2015, o maior número: 440.

Rais/Caged
A reportagem solicitou ao Ministério da Economia, via LAI, os números de empregados, de admissões e de demissões registrados pela “filial” da Precisa responsável pelo negócio da Covaxin até 31 dezembro do ano passado – último dado disponível. Esse tipo de informação consta da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos informados por empresas à pasta. “Após pesquisas em nossos bancos de dados Rais/Caged, não localizamos nenhuma declaração para o estabelecimento Precisa Comercialização de Medicamentos Ltda.”, informou o ministério.
A reportagem também pediu, ao Ministério da Economia, o número de vínculos empregatícios ativos informados pela matriz da Precisa. Empresas que têm matriz e filial devem declarar a Rais separadamente. Entre 2018 e 2020, a matriz notificou zero funcionário à pasta. Em 2014, ano em que Max assumiu a empresa, havia dois vínculos ativos. No ano seguinte, 24 e, em 2016, a Precisa declarou seis funcionários CLT. Os anos em que a empresa declarou o maior número de vínculos empregatícios ativos foram 2012 (41) e 2013 (38).
A Rais é um instrumento de coleta de dados do governo federal pelo qual é possível elaborar estatísticas do trabalho e controlar registros de FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), por exemplo. Empresas com ou sem funcionários celetistas ou estatutários são obrigadas a declarar o número de empregados a cada 31 de dezembro, sob pena de multa.
Polícia e Ministério Público costumam usar a Rais em investigações. Esse levantamento, junto com quebras de sigilos bancário, fiscal e telemático, auxiliam investigadores a identificar se uma companhia tem ou não estrutura suficiente para prestar determinado serviço.

Direção montada ao longo da CPI
Por meio de uma rede social corporativa, a reportagem localizou 11 trabalhadores que se identificaram como funcionários da Precisa Medicamentos. Deste total, oito informaram em seus perfis terem começado a trabalhar na empresa a partir de novembro do ano passado, quando começaram as negociações com o Ministério da Saúde para importação da Covaxin. Ouvidos na comissão do Senado, a farmacêutica Emanuela Medrades e o advogado Tulio Silveira se identificaram como empregados autônomos da Precisa Medicamentos.
O quadro de dirigentes da Precisa foi sendo montado ao longo da CPI da Covid, criada em abril deste ano. Emanuela Medrades relatou que Felipe Maximiano, filho de Max, atua “na parte financeira” e que o empresário Danilo Trento é diretor Institucional da companhia. “Ele (Trento) responde diretamente à presidência. As ações de um diretor Institucional são ações institucionais. Eu não consigo te definir agora o caráter, o detalhe”, disse a farmacêutica, que é diretora executiva da empresa, ao relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), em depoimento em julho.
Trento é dono da empresa Primarcial Holding e Participações, cuja sede fica no mesmo escritório de duas empresas de Max. A Primarcial teve os sigilos bancário, telefônico, fiscal e telemático quebrados pela CPI. A relação financeira entre Trento e Max está registrada em relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que apontou movimentações milionárias atípicas entre as empresas de ambos.
A diretoria administrativa da Precisa é comandada pelo ex-diretor da Petros Newton Carneiro da Cunha, segundo Max informou à CPI. Cunha foi preso na Operação Lava Jato em 2018 e é acusado de irregularidades na construção da sede da Petrobrás na Bahia.
Questionado na comissão se "tem o costume de analisar a vida pregressa" dos funcionários de suas empresas ao contratá-los, Max afirmou que "quem faz essa seleção e contratação é o departamento de RH". Sobre a situação de Cunha na Justiça, o empresário disse que não saberia responder. "Por óbvio, condenados e tal, deve haver uma política lá (no departamento de RH), eu não sei responder isso."

'Alguma confusão'
Na semana passada, a CPI ouviu o advogado Tulio Silveira por quase quatro horas. Ele disse que, primeiro, foi contratado como autônomo e, depois, por meio de seu escritório, que fica em Nhandeara, no interior de São Paulo.
"Eu presto serviço, em face da questão da pandemia, remotamente. Às vezes, presencialmente. Às vezes aqui, em Brasília, às vezes em São Paulo, às vezes no interior de São Paulo", afirmou.
O advogado negou ter participado da negociação da Covaxin e declarou que não exerce cargo de direção na Precisa. Disse que é responsável pela "defesa nos contratos que a companhia possui".
Silveira foi confrontado pelo vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), com um documento e um vídeo nos quais o advogado é vinculado a cargo de gerência na Precisa. Segundo memória de reunião no Ministério da Saúde, em 20 de novembro, Silveira era "gerente de Parcerias Internacionais e Compliance" da empresa. O advogado disse que o crédito dado a ele foi "um erro de lançamento, alguma confusão".
Um mês depois, em reunião sobre vacinas no Senado, Silveira foi identificado como "gerente de contratos da Precisa". Ele negou ter atuado no cargo. "Não fui eu que fiz o lançamento dessa informação."
A fragilidade na estrutura da Precisa se soma a uma lista de suspeitas apontadas pela CPI e pela CGU, como documentos enviados ao Ministério da Saúde com indícios de falsificação, relatos de pressão de autoridades da pasta por celeridade na compra do imunizante e "incompletude de informações" sobre o motivo de o ministério ter definido 20 milhões de doses como a quantidade ideal de vacinas.

Cruzamento de dados
Para o ex-ministro da CGU Valdir Simão, as informações da Rais/Caged são essenciais para conhecer o histórico das empresas. “Pode acontecer, dependendo do perfil da empresa, não ter empregados? Pode. Mas não me parece que, no caso de bens assim, seja algo aceitável”, afirmou. "Em grandes contratações, o sarrafo tem que subir. Nós temos que ter um alerta e um acompanhamento muito mais próximo, mais presente."
Simão observou ainda que é fundamental para a administração pública verificar e cruzar informações como número de empregados da empresa, dados sobre impostos pagos, tempo de existência, cumprimento de outros contratos públicos, punições, advertências e multas. “Com base em todas essas informações, o governo hoje tem ferramentas poderosas de monitoramento. Os alertas precisam chegar a tempo dos órgãos que são os contratantes”, disse o ex-ministro.
A defesa de Francisco Maximiano não respondeu aos contatos da reportagem.
A advogada Marcela Fleming Ortiz, que defende Newton Carneiro da Cunha, disse que as referências feitas a ele durante a CPI não têm relação com as investigações em curso no Senado. "Newton sempre esteve à disposição das autoridades competentes, nunca foi condenado em qualquer processo e, enquanto exerce seu direito de defesa, deve ser considerado inocente e assim tratado.”

N.daR.: Nossos grifos.
Pois é, quando criticávamos o comando da Petros nos princípios da década de 2000, eramos atacados pelos fiéis seguidores daquela gestão que juravam serem provas vivas de que os membros da direção eram exemplos de ética, moral e correção profissional.

* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: O Globo - Economia
Petrobras vende refinaria de Manaus por US$ 189,5 milhões - Unidade é a segunda a ser privatizada e foi comprada pelo grupo Atem, dono de 300 postos em nove estados do país
Publicado: | On Line 25/08/2021 - 18:29 / Atualizado em 25/08/2021 - 20:05
Por Bruno Rosa

REMAN - Reprodução RIO - Após vender a refinaria da Bahia para o fundo árabe Mubadala,  a Petrobras anunciou que vai se desfazer de sua segunda unidade. A estatal assinou com a Ream Participações, que pertence à distribuidora Atem, contrato para vender a Refinaria Isaac Sabbá (Reman)  e seus ativos logísticos associados, no estado do Amazonas.
O valor da venda é de US$ 189,5 milhões. Desse total, US$ 28,4 milhões serão pagos na assinatura do contrato e US$ 161,1 milhões restantes no momento do fechamento da operação. A Atem é uma distribuidora com atuação no Norte do país.
A Atem conta com cinco bases de distribuição e 300 postos franqueados. A empresa tem atuação nos estados do Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.
Segundo a estatal, a operação está sujeita ao cumprimento de condições precedentes, tais como a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Atualmente, a estatal tem ao todo oito refinarias em processo de venda.
A estatal se comprometeu, em acordo com o Cade, a vender metade de sua capacidade de refino para permitir a concorrência privada no setor.
"Até o cumprimento das condições precedentes e o fechamento da transação, a Petrobras manterá normalmente a operação da refinaria e de todos os ativos associados", disse a estatal em nota.
Após o fechamento, a Petrobras informou ainda que vai continuar apoiando a Atem nas operações da Reman de forma a preservar a segurança e continuidade operacional durante um período determinado, sob um contrato de transição.
Em nota, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) disse que já avalia com seu Departamento Jurídico medidas para impedir a venda da Refinaria em Manaus.
Na avaliação da FUP, a venda das refinarias da Petrobras não é garantia de aumento da concorrência e queda nos preços.

Inauguração com JK
A refinaria em Manaus foi inaugurada em 1957 com a presença do então presidente Presidente Juscelino Kubitschek. A unidade tem uma capacidade de processamento é de 46 mil barris por dia. A refinaria atende aos estados do Pará, Amapá, Rondônia, Acre, Amazonas e Roraima.
Por outro lado, a estatal disse que a venda da refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, não foi bem sucedida. Os interessados no processo “declinaram formalmente de apresentar proposta vinculante para a compra da refinaria”, informou a companhia.

N.daR.: Mais uma vez vão-se os anéis e os dedos.
O que deveria ser um valor esratégico e fonte de receita para o Pais esta sendp desmanchado a toque de caixa.
Grupos privados, nacionias e/ou estrangeiros, estão ávidos para colocar a mão nesse butim.
A mídia, políticos, ex-militares ou não, todos omissos e coniventes com esses crimes de Lesa-Pátria.

Brasil: um País destinado a viver no que há de pior do passado.

* Fonte primária: O Globo
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Fontes: Estadão - E-Investidor
Mesmo sem Petrobrás, Vibra descarta compra de refinarias
Publicado: | On Line 25 de agosto de 2021 | 05h10
Por Fernanda Nunes

VIBRA A Vibra Energia, ex-BR Distribuidora, vai apresentar sua estratégia a investidores na quarta-feira da semana que vem, dia 1º. Aos acionistas, a empresa vai detalhar o que pretende ser, sem a Petrobrás como acionista. Uma das premissas é trilhar um rumo particular, diferente das suas principais concorrentes – Raízen e Ipiranga. A Vibra não quer participar de todos os elos da cadeia. Na prática, isso significa que a compra de refinarias da Petrobrás está fora de seu radar.
Enquanto tinha a estatal como acionista, essa perspectiva era impossível para a então BR. Mesmo sem a amarra, a avaliação é que esse modelo de negócio tem risco elevado e pode engessar seu crescimento, ao vincular o suprimento de produtos a um único fornecedor. O mesmo vale para ativos de produção de etanol.
A Vibra, na verdade, não quer mudar muito de rumo, apenas seu cardápio de produtos. A empresa vai reafirmar aos investidores que sua prioridade continua a ser a logística e que pretende ampliar ainda mais sua capacidade de entrega. Mesmo que, para isso, tenha de recorrer ainda mais a fornecedores externos.
Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 24/08/21 às 13h36.

N.daR.:
* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: Estadão - E-Investidor
Petrobras recebe US$2,9 bilhões de sócias por coparticipação em Búzios - O pagamento é referente às obrigações das parceiras chinesas CNODC e CNOOC
Publicado: | On Line 24/08/2021, 18:39
Por E-Investidor einvestidor@estadao.com

Petrobras (Reuters) – A Petrobras recebeu nesta terça-feira, 24, o pagamento à vista de 2,9 bilhões de dólares referente às obrigações das parceiras chinesas CNODC e CNOOC no acordo de coparticipação do campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, informou a empresa em fato relevante.
Agora, a estatal emitirá o certificado de adimplência para a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), última etapa para que o acordo entre em vigência em 1º de setembro.
O acordo já havia sido aprovado pela ANP no início deste mês.
“A partir da vigência do acordo, as empresas CNODC e CNOOC têm até 30 dias corridos para manifestarem interesse no exercício da opção de compra de parcela adicional, de 5% cada uma, no Contrato de Partilha de Produção do Excedente da Cessão Onerosa”, afirmou a Petrobras.
Atualmente, a petroleira brasileira detém 90% dos direitos de exploração e produção do volume excedente da cessão onerosa do campo de Búzios, enquanto CNODC e CNOOC possuem 5% cada.

N.daR.:
* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: Estadão - Economia
Consumidor já paga mais de R$ 7 pelo litro da gasolina, diz ANP; veja preços nos Estados - Dólar alto e cenário interno conturbado influenciam no preço do combustível, que já subiu 0,60% no mês; maior valor é encontrado no Rio Grande do Sul, de R$ 7,189 - mas preço médio subiu em todo o País
Publicado: | On Line 21 de agosto de 2021 | 05h00
Por Anne Warth e Marlla Sabino

ANP BRASÍLIA - O preço da gasolina comum já ultrapassou R$ 7 no Rio Grande do Sul e chegou a R$ 6,99 o litro no Acre na semana passada, segundo a pesquisa semanal da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O preço médio praticado em todo o País, de R$ 5,866, subiu 0,22% entre os dias 8 e 14 de agosto (últimos dados disponíveis) e acumula alta de 0,60% no mês. Para especialistas, o dólar tem grande influência nesse comportamento e não há sinal de que o real possa ganhar valor no curto e médio prazo. Outros fatores, no entanto, também influenciam no preço final do combustível.
Os derivados de petróleo sobem sempre que o câmbio sofre desvalorização (ou seja, o real fica mais barato) e o preço do barril aumenta, explica o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires. Nesta sexta-feira, 20, o dólar à vista fechou a R$ 5,3848, e o petróleo do tipo Brent negociado em Londres para outubro fechou a US$ 65,18 o barril - ele é utilizado como referência pela Petrobras. “Estamos vivendo um período eleitoral e há uma confusão muito grande no governo. Acho que vai continuar tendo uma pressão via câmbio”, afirmou.
Pires destaca ainda que também deve haver pressões pelo aumento do preço do petróleo ao longo deste ano em razão da recuperação da economia mundial. “Houve uma redução muito grande da oferta de petróleo em 2020 e não se consegue aumentar a produção rapidamente. Neste ano, porém, temos uma demanda crescendo mais que a oferta e isso acontece com todas as commodities”, afirmou Pires.
O cenário pode mudar conforme o avanço da variante Delta do novo coronavírus, que tende a conter o crescimento e, consequentemente, aliviar os preços. Por outro lado, os conflitos no Afeganistão, que não é produtor de petróleo, mas está no Oriente Médio, região rica em reservas, puxam os custos para cima, explica Pires.

Petrobras
Na composição do preço da gasolina, a fatia da Petrobras é a maior, com 32,9%. A companhia detinha 98% do mercado de refino até 2019, quando se comprometeu com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a vender metade de suas refinarias. Por enquanto, a única que já foi vendida é a da Bahia, que ficou com o Mubadala, o fundo soberano dos Emirados Árabes, mas a companhia tem prazo até dezembro deste ano para cumprir o acordo.
Manter a paridade de preços internacionais é considerado fundamental para atrair interessados para as outras refinarias. Outro fator que reforça a necessidade de manter a política da Petrobras de paridade de preços internacionais é o fato de que o Brasil precisa importar combustíveis para abastecer o mercado interno. Quase 7% da gasolina consumida no País entre janeiro e junho deste ano foi importada, afirma a diretora executiva de Downstream do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Valéria Lima. “Não adianta procurar culpar a Petrobras. Certamente o câmbio pressiona bastante, e se estivesse mais baixo, a gasolina também estaria. E isso é resultado da política econômica, afinal, o câmbio reflete nossas condições macroeconômicas”, afirmou.
Para Valéria Lima, o preço dos combustíveis é uma questão sensível no País e precisa ser discutida a fundo. “Não dá para termos apenas uma discussão técnica sobre esse assunto. Também precisamos ser sensíveis à demanda da sociedade por preços mais acessíveis”, afirmou. “Não existem respostas simples para problemas complexos. Mas certamente não vamos reduzir o preço a machadadas”, acrescentou.

N.daR.: Repetindo.
Sai diretoria, entra diretoria, e a ANP é um mal que se criou a exemplo da maioria das outras agências.
Servem para atender intereses específicos, interesses esses que não são os da sociedade brasileira.

Brasil: um País destinado a viver no que há de pior do passado.

* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: Estadão - Política
ANP faz propaganda para estrangeiros de áreas do Norte e Nordeste que o Ibama resiste em licenciar - Diretor-geral da agência, Rodolfo Saboia, disse a executivos que o País é uma das últimas fronteiras exploratórias antes da transição energética se consolidar e as fontes renováveis tomarem o mercado
Publicado: | On Line 20 de agosto de 2021 | 16h46
Por Fernanda Nunes

ANP RIO - O governo aproveitou a realização da maior feira do setor de petróleo e gás do mundo, a OTC, para fazer propaganda de oportunidades no Brasil. A executivos do setor, o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Rodolfo Saboia, afirmou que o País é uma das últimas fronteiras exploratórias antes da transição energética se consolidar e as fontes renováveis tomarem o mercado de energia.
A grande riqueza nacional, no entanto, não se restringe ao pré-sal, disse ele. O cardápio brasileiro de oportunidades para os investidores estrangeiros inclui também bacias pouco exploradas, no litoral do Norte e de parte do Nordeste do País.
A inclusão dessa região, conhecida como margem equatorial, em leilões de áreas exploratórias da ANP, tem sido motivo de desentendimento entre a indústria petrolífera, o Ibama e ONGs de preservação do meio ambiente, principalmente, o Greenpeace.
Algumas empresas, entre elas a Petrobras, chegaram a comprar blocos nessa região, mas não tiveram o licenciamento liberado pelo Ibama. Com isso, correm o risco de ter desperdiçado o dinheiro investido até agora nessas áreas, como os bônus de assinatura pagos logo após vencerem os leilões da agência.
"Com a transição energética, temos a última oportunidade de contribuir com esse cenário (de crescimento da produção no longo prazo). Os últimos resultados exploratórios mostram que não só o pré-sal será importante para a produção no longo prazo, mas também as novas bacias de fronteira, como as da margem equatorial, Sergipe-Alagoas, etc.", informa a apresentação de Saboia.
O evento montado para o público estrangeiro, na quarta-feira, 18, recebeu o nome de "Navegando na nova década da indústria de óleo e gás brasileira: um oceano de oportunidades em terra e no mar, de transferência de direitos e muito mais".
Em sua apresentação, Saboia falou também da abertura do mercado de gás natural, com a saída da Petrobras dos segmentos de transporte e distribuição do insumo. A estatal já se desfez de duas redes de transporte de gás - a TAG, que interliga as regiões Sudeste e Nordeste do País, e a NTS, localizada no Sudeste.
Recentemente, a companhia também anunciou ter fechado um contrato de compra e venda da sua participação na Gaspetro, detentora de ações em distribuidoras estaduais de gás, para o grupo paulista Compass. O negócio está sendo analisado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A Petrobras ainda comunicou, no mês passado, a suspensão do fornecimento de gás a distribuidoras do Nordeste a partir de 2022.
Além da oportunidade de ocupar o espaço deixado pela petrolífera estatal, Saboia afirmou que o mercado brasileiro de gás é pouco desenvolvido, o que representa chance de crescimento para as empresas. Entre os entraves locais, ele citou o alto preço do gás. "Apenas cerca de 40% da produção nacional é consumida pelo mercado brasileiro por falta de demanda/infraestrutura e altos preços do gás", disse.
Uma agenda regulatória voltada à abertura desse mercado deve ser concluída neste ano, segundo Saboia.

N.daR.: Repetindo.
Sai diretoria, entra diretoria, e a ANP é um mal que se criou a exemplo da maoiria das outras agências.
Servem para atender intereses específicos, interesses esses que não são os da sociedade brasileira.

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Fontes: Estadão - Política
Governo confunde concorrência com desorganização e promove instabilidade com MP dos Combustíveis - Meta deveria ser a simplificação do mercado de combustíveis, mas medida vai aumentar a sonegação e, com isso, criminalizar mais ainda o setor de etanol
Publicado: | On Line 21 de agosto de 2021 | 04h00
Por Adriano Pires

Adriano Pires Na quarta-feira (11/8), o presidente Bolsonaro assinou a Medida Provisória (MP) 1.063/2021, que autoriza a venda direta de etanol por produtores ou importadores aos postos de combustíveis. Isso significa a possibilidade de retirar da cadeia a participação das distribuidoras na entrega de etanol aos postos de abastecimento. A discussão da venda direta de etanol já vem ocorrendo há algum tempo e todo o mercado é a favor, desde que houvesse a criação de uma tributação isonômica. Liberar a venda direta sem esse tributo isonômico vai aumentar a sonegação e, com isso, criminalizar mais ainda o setor de etanol. Também vai haver maior dificuldade na fiscalização da qualidade do etanol e problemas de logística na entrega nos postos de revenda. A tão desejada queda no preço do etanol na bomba não deve ocorrer como o anunciado pelo governo. O que deve ocorrer é um aumento da concorrência desleal, com a sonegação e a adulteração, em prejuízo dos contribuintes e consumidores. A MP proposta vai propiciar brechas para a sonegação, queda na arrecadação, dificuldades no controle da qualidade do etanol e, pior, seriam criadas enormes dificuldades para a implantação e sucesso do RenovaBio.
No caso específico do RenovaBio, a liberação pode mesclar o papel das usinas e dos distribuidores na cadeia de valor dos combustíveis, comprometendo a realização do programa, que define o distribuidor como o agente responsável pelas metas de descarbonização da matriz nacional de combustíveis. A logística, de extrema importância para a competitividade da cadeia, também pode ser afetada. A adoção dessa nova configuração pode levar ao aumento do custo logístico no total da distribuição de derivados e etanol. Isso porque as usinas produtoras de etanol se concentram nas localidades produtoras de cana-de-açúcar, limitando a comercialização direta com as localidades afastadas. Já os agentes de distribuição atuam em todos os Estados com estrutura adequada de armazenamento e logística, o que assegura a entrega a todas as regiões de forma eficiente, inclusive às regiões produtoras de etanol.
A novidade regulatória trazida pela MP fica por conta da criação de mais um modelo de contrato de revenda que se revela ineficaz, pois não haverá flexibilização da fidelidade dos postos à bandeira para contratos futuros. Os contratos vigentes assim permanecerão, com sua cláusula de exclusividade e fidelidade à cia. que investiu naquela relação contratual e colocou sua marca comercial na testeira do posto. E é assim que deve ser. Para o futuro, como agora, aqueles postos revendedores que não se comprometerem com a exclusividade seguirão operando com bandeiras livres, desvinculados de qualquer distribuidora, e isso já devidamente sinalizado ao consumidor. A manutenção da fidelidade à marca exposta nos postos revendedores dá ao consumidor a certeza da origem dos produtos. O cliente tem o direito, assegurado pelo Código de Defesa do Consumidor, de identificar a marca comercial da distribuidora com a qual se relaciona frequentemente e tem mais confiança nos produtos e serviços ofertados. No Brasil, os postos de combustíveis já têm a opção de ostentar ou não marcas comerciais de distribuidora. Os chamados postos bandeira branca representam cerca de 47% do mercado, o que mostra a competição entre os modelos.
Trazer concorrência na comercialização de combustíveis é sempre bem-vindo. Mas a forma como a MP quer introduzir a concorrência é, no mínimo, equivocada. Não se introduz concorrência promovendo o aumento da sonegação, da adulteração, não respeitando contratos e incentivando o free-rider. Ao confundir concorrência com a promoção da desorganização do mercado de combustíveis, o governo cria instabilidade regulatória e insegurança jurídica, que acabam por afastar investidores na venda das refinarias da Petrobras. A meta deveria ser a simplificação tributária, regulatória e operacional do mercado de combustíveis. Por fim, é preciso que a ANP exerça seu papel de coibir práticas anticompetitivas e fraudulentas e deixe de promover ativismos regulatórios/populistas, o que acabou por levar as decisões que deveriam ser tomadas pela agência para o Congresso.
Adriano Pires -Diretor do Centro Brasileiro de Indraestrutura CBIE)

N.daR.: O artigo tem posição idênctica a que aqui, nesta seção, destacamos.
Em resumo: a sonegação aumentará e o produto deixará de ter a qualidade assegurada.
Sai diretoria, entra diretoria, e a ANP é um mal que se criou a exemplo da mairia das outras agências.
Servem para atender intereses específicos, interesses esses que não são os da sociedade brasileira.

Brasil: um País destinado a viver no que há de pior do passado.

* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: Estadão - Política
Petrobrás lança projeto de ESG em parceria com administrações municipais beneficiadas por royalties de petróleo - Segundo a estatal, a iniciativa segue o alinhamento da empresa com os conceitos Ambiental, Social e Governança previsto no Plano Estratégico 2021-2025; companhia prevê expansão do programa para novos municípios em 2022
Publicado: | On Line 20 de agosto de 2021 | 06h00
Por Wesley Gonsalves

Petrobras A Petrobras decidiu lançar um programa de governança, boas práticas, controles internos e integridade com as administrações públicas de municípios beneficiados pela transferência de rendas petrolíferas, royalties e participações especiais. A assinatura do convênio entre a empresa de petróleo e a prefeitura de Quissamã, a 190 km do Rio, marca o início do projeto “Cooperar para Transformar”.
Segundo informou a estatal, em 2020, a companhia destinou cerca de R$ 32,2 bilhões para o pagamento de rendas petrolíferas, o que representou cerca de 60% do total recolhido pela indústria do setor.
Com o projeto, a Petrobras pretende apoiar a administração municipal no aperfeiçoamento de soluções de governança pública, controles internos e integridade, a fim de aprimorar a gestão desses recursos provenientes de royalties e participações especiais.
A companhia espera garantir o melhor uso do dinheiro recebido através da exploração do petróleo em benefício às cidades que recebem essa verba, como explica o diretor de Governança e Conformidade da Petrobras, Salvador Dahan. “Acreditamos que uma melhor governança aprimora o diálogo do governo com os governados, por meio de novas formas de participação social, além de proporcionar redução de custos, aumento de receitas e qualidade dos investimentos, produzindo melhorias nos gastos, especificamente os oriundos das rendas petrolíferas”, Salvador Dahan.
Conforme divulgado, após avaliação prévia das equipes multidisciplinares da companhia, em conjunto com os gestores e servidores municipais, serão elaboradas propostas para melhoria dos processos de governança; gestão de risco; controles internos; integridade; ouvidoria; corregedoria; portal da transparência e lei de acesso à informação; além do monitoramento de indicadores e apoio no planejamento de comunicação e treinamento.
A expectativa é de que a experiência de parceria com o município de Quissamã subsidie a Petrobras na consolidação do projeto e expansão da iniciativa para municípios dos demais Estados no próximo ano, esclarece o diretor de Relações Institucionais, Roberto Ardenghy. “Após termos consolidado nossos próprios mecanismos de governança com um sistema robusto de controle e adoção de medidas que vão além da legislação, pretendemos agora subsidiar o aprimoramento dos sistemas de governança, controles internos e integridade desses municípios, proporcionando a eles fortalecimento da gestão e melhores resultados”, ressalta Roberto Ardenghy.
O projeto “Cooperar para Transformar” é uma ação conjunta das diretorias de Relações Institucionais e Sustentabilidade (DRIS) e de Governança e Conformidade (DGC) da petrolífera. A iniciativa segue o alinhamento da empresa com o conceito de ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança), previsto no Plano Estratégico 2021-2025. Desta forma, segundo a estatal, a empresa reforça o compromisso de dar retorno à sociedade e aos demais interlocutores, como no caso das prefeituras das localidades onde atua.

N.daR.:
* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: Estadão - Economia & Negócios
Prevista inicialmente para este ano, venda da Braskem deve ser postergada - O conselho da Exxon está considerando um compromisso de cortar as emissões de carbono para zero até 2050
Publicado: | On Line 20 de agosto de 2021 | 05h15
Por Cynthia Decloedt, Altamiro Silva Junior e Cristiane Barbieri

Braskem - Foto: Luke Sharrett / Bloomberg A venda da fatia da Novonor (antiga Odebrecht) na Braskem, deve ser postergada. A princípio, a ideia era concretizar o negócio este ano para aproveitar a alta no ciclo da petroquímica e das commodities – uma vez que não é certeza que o patamar se mantenha por mais tempo. Quando o plano de recuperação judicial da então Odebrecht foi desenhado, a expectativa era de que o grupo levantasse R$ 18 bilhões com sua parte, que equivale a 50,1% do capital votante e 38,3% do capital total da empresa. Graças ao ciclo positivo do setor e ao enquadramento dos problemas em suas operações em Alagoas e no México, a Braskem vale hoje mais de R$ 40 bilhões em Bolsa.
A queda nas cotações do minério de ferro e outros produtos, por conta de uma nova retração no consumo da China, indica a possibilidade de o ciclo de alta estar mudando de trajetória. A postergação na venda que entrou no radar, porém, seria reflexo da dificuldade em fechar as negociações. Atualmente todas as possibilidades estão na mesa. Desde o fatiamento – ou não – das operações, com a separação das fábricas no hemisfério Norte (EUA e México) das do Brasil, até o modelo de saída do negócio.

Prazo para a venda
A princípio, poderia haver uma venda direta a interessados, que incluem investidores estratégicos e financeiros, de olho tanto nas partes quanto pelo todo. Não foi descartada também uma oferta via mercado de capitais. A Novonor tem dado preferência à venda de todas suas ações. Pelo acordo com os credores da recuperação judicial, a venda tem de ser feita até o início de 2023.
Enquanto o banco de investimento Morgan Stanley tenta vender a parte da Novonor, a Petrobrás, que tem os outros 50% da Braskem, contratou o JPMorgan para estudar sua saída da petroquímica. O martelo sobre se essa seria a melhor solução à estatal não foi batido.
Caso as ações da Braskem sejam vendidas pelo preço atual, a Petrobras corre o risco de questionamento pelo Tribunal de Contas da União, em relação à possibilidade de subirem mais à frente. Se acompanhar a Novonor no negócio, opção que tem direito pela cláusula de ‘tag along’, pode conseguir um prêmio sobre às cotações na B3. Procuradas, Braskem, Novonor e Petrobrás não comentaram.
Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 19/08/21 às 18h37.

N.daR.:
* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: Estadão - Economia & Negócios
Vibra Energia vai oferecer o combustível que o consumidor precisar, diz Wilson Ferreira Júnior - Presidente da companhia, a antiga BR Distribuidora, disse que apesar do novo foco na transição energética, grande capilaridade logística e agilidade na entrega vão continuar sendo o diferencial do negócio
Publicado: | On Line 19 de agosto de 2021 | 20h12
Por Fernanda Nunes

Logo: Exxon RIO - A Vibra Energia, novo nome da BR Distribuidora, foi lançada, na quarta-feira, para oferecer ao consumidor o “combustível que ele precisar”, disse Wilson Ferreira Júnior, presidente da empresa, ao Estadão/Broadcast. Os postos varejistas vão continuar ostentando o nome da Petrobras, da qual é originária. Mas os negócios que vierem pela frente vão nascer com a nova identidade. A intenção é inserir a companhia - há 50 anos vendedora de produtos fósseis e poluentes, como gasolina e óleo diesel - no mapa da transição energética. Uma das alternativas em análise, por exemplo, é comercializar gás metano, ‘mais limpo’. Parcerias nessa área devem ser anunciadas em breve, antecipou Ferreira Júnior.
O gás metano é produzido a partir da decomposição de materiais orgânicos. Por isso pode ser extraído do lixo. Como as conversas com possíveis parceiros ainda estão acontecendo, Ferreira Júnior preferiu não detalhar como a empresa vai entrar nesse mercado.
“Somos o cara que vai comprar no mundo, vai comprar aqui (no Brasil) e vai entregar. Somos quem vai atrás do que você precisa e te entrega, no prazo mais rápido, e com o melhor preço. Isso é o que torna a gente muito útil”, disse o executivo, enfatizando que a BR mudou de nome, mas pretende continuar se diferenciando pela sua grande capilaridade logística, por ter uma infraestrutura de armazenamento e transporte maior do que a das suas principais concorrentes.
Num primeiro momento, os combustíveis derivados do petróleo continuam a ser o carro-chefe da distribuidora. Mas a empresa já prepara o terreno para uma virada que deve se consolidar, definitivamente, num horizonte de, no máximo, duas décadas. Até lá, a Vibra tem a garantia de poder ostentar a marca BR em seus postos, como previsto em contrato com a Petrobras. Depois disso, ela vai poder escolher usar seu próprio nome ou renovar o acordo com a petrolífera estatal. Mas isso ainda não está definido.
"Esse relacionamento que a companhia tem no Brasil e no exterior (como importadora de combustíveis) e nossa capacidade de entregar é o nosso jeito de ser. Vamos fazer assim com o GNL (gás natural liquefeito), com energia elétrica, com hidrogênio... Queremos escalar por aí”, acrescentou o presidente da Vibra.
No setor elétrico, a empresa é dona de 70% de uma comercializadora. E, assim como desenvolveu uma operação de grande porte nessa área, o mesmo deve ser feito no segmento de GNL, segundo Ferreira Júnior. “Não precisamos produzir. Temos escala para distribuir. A importação de GNL é só o começo. Tem que liquefazer no terminal, transportar no caminhão, que é uma coisa que a gente já faz, e regaseificar para entregar ao consumidor. Esse é o nosso negócio”
A Vibra será o guarda-chuva dos ativos e serviços tradicionais e dos que serão incorporados. Em breve, a empresa será também negociada na B3, no lugar das ações BRDT, que vão desaparecer. Mas só o nome vai ser substituído, o papel continuará o mesmo.

Planejamento
A mudança de nome começou a ser preparada, na verdade, antes mesmo de a Petrobras vender sua participação remanescente na empresa, no início de julho deste ano. Mas, Ferreira Júnior conta que o projeto de inserir a distribuidora na transição energética foi idealizado por ele e apresentando ao conselho de administração quando ainda era presidente da Eletrobras. O executivo assumiu o cargo em março.
“Eu estudava muito o tema do meio ambiente e acho isso inexorável. Na minha conversa com os conselheiros que me entrevistaram, eu coloquei essa história.
Esse é o papel que a gente vai poder exercer e bem. Fica sempre mais difícil para um produtor (de combustíveis, como a Petrobras) fazer diferente. O produtor se vicia naquilo. Ele fica comprometido a vender aquilo, seja isso bom ou ruim, seja uma refinaria ou uma plantação de etanol. Do nosso lado, ter a liberdade de, junto com o cliente, estudar o que é melhor para ele, não tem preço. É nisso que quero ser diferente”, disse o presidente da Vibra.

N.daR.:

Brasil: um País destinado a viver no que há de pior do passado.

* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: O Globo - Economia
Sem Petrobras, BR muda de nome para Vibra Energia - Mas empresa vai manter o nome BR para seus oito mil postos no Brasil
Publicado: Impresso 20.08.2021 Pág. 15 | On Line 19/08/2021 - 16:06 / Atualizado em 20/08/2021 - 07:05
Por Bruno Rosa

Logo VIBRA RIO - Com a saída da Petrobras de seu capital, a BR Distribuidora anunciou hoje mudança de seu nome corporativo. Passa a se chamar Vibra Energia. A estratégia é iniciar o processo de desvinculação com a estatal brasileira. Porém, a companhia vai manter o nome BR em seus oito mil postos espalhados pelo Brasil. Também continuam as marcas BR Mania para as lojas de conveniência e Lubrax+ nos centros automotivos.
O lançamento da nova marca ocorre em um momento em que a empresa quer diversificar seus investimentos em energia renovável, comercialização e distribuição de gás. A oferta de ações na B3, que marcou a saída histórica da Petrobras, ocorreu no início de julho.
A mudança está sendo comandada por Wilson Ferreira Junior, que saiu da Eletrobras para assumir a BR em março deste ano. A notícia foi antecipada pelo colunista Lauro Jardim em seu blog.
Em entrevista recente ao GLOBO, o ex-banqueiro e ex-deputado federal Ronaldo Cezar Coelho, que é o maior acionista individual da BR, disse que a saída da estatal destrava valor da empresa.
Em comunicado, Wilson Ferreira disse que a mudança na marca é mais um "passo na jornada rumo à economia de baixo carbono". A nova marca foi criada pelo escritório de design Tátil e vai atingir nesse primeiro momento os cerca de 18 mil clientes empresariais da companhia, como indústrias, transportadoras e usinas termelétricas.
- A Vibra marca não somente a saída da Petrobras, mas o futuro da transição energética, com investimentos da empresa em energia elétrica, em GNL (gás em estado líquido) e mirando outros combustíveis como o hidrogênio - disse Wilson Ferreira.
A empresa deve iniciar uma mudança visual em sua estrutura logística, que inclui 95 bases de armazenamento, 13 depósitos e uma fábrica de lubrificantes. Já no mercado de energia, a Vibra vai atuar por meio da comercializadora Targus, da qual possui 70%.

'Vibra Day' em setembro
O executivo explicou que tem contrato de licenciamento com a Petrobras para usar a marca BR até 2040. O prazo inclui também a BR Aviation na venda de querosene de aviação (QAV) para o setor aéreo. Ferreira lembrou ainda que em 1 de setembro fará o "Vibra Day" para apresentar o novo plano estratégico da empresa, feito em parceria com a Boston Consulting Group.
-Vamos apresentar o volume de redução de emissão de gases do efeito estufa até 2050. Queremos também ampliar o número de lojas de conveniência das atuais 1.200 para 2.200 em quatro anos com a nossa parceria com a Americanas - exemplificou ele.
A estratégia é vender produtos mais saudáveis e itens frescos nas lojas de conveniência, lembrou Leonardo Burgos, diretor de Marketing da Vibra. Para os próximo cinco anos, os executivos lembraram que a meta é ampliar em cerca de 3% o número de postos por ano, mesmo patamar de crescimento atual.

N.daR.: Mais uma empresa que deixa de trazer lucro para o governo e o passa para grupo privado.
Ao invés de aumentar a concorrência, que seria o objetivo - falaciosamente divulgado pelo governo -, pemite a concentração do mercado.
Agora muda-se o nome da BR Distribuidora para que mais rápido o crime de Lesa-Pátria seja esquecido.

Brasil: um País destinado a viver no que há de pior do passado.

* Fonte primária: O Globo
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Fontes: Estadão - E-Investidor
Exxon vê ‘boa oportunidade’ no Brasil para produção de petróleo - O conselho da Exxon está considerando um compromisso de cortar as emissões de carbono para zero até 2050
Publicado: | On Line 18/08/2021, 17:40 ( atualizada: 18/08/2021, 16:53 )
Por E-Investidor einvestidor@estadao.com

Logo: Exxon (Reuters) – A Exxon Mobil Corp vê seus investimentos no mar do Brasil ajudando a empresa a alcançar seu objetivo de diminuir as emissões de carbono na produção de petróleo e gás, disse o diretor do país, Juan Lessmann, nesta quarta-feira, 18.
O conselho da Exxon está considerando um compromisso de cortar as emissões de carbono para zero até 2050, em meio à pressão de grandes investidores para tratar de preocupações com as mudanças climáticas.
Anteriormente, a empresa prometeu reduzir a intensidade das suas emissões na produção de petróleo e gás de 15% para 20%, até 2025.
(Reuters) – A Exxon Mobil Corp vê seus investimentos no mar do Brasil ajudando a empresa a alcançar seu objetivo de diminuir as emissões de carbono na produção de petróleo e gás, disse o diretor do país, Juan Lessmann, nesta quarta-feira, 18.

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O conselho da Exxon está considerando um compromisso de cortar as emissões de carbono para zero até 2050, em meio à pressão de grandes investidores para tratar de preocupações com as mudanças climáticas.
Anteriormente, a empresa prometeu reduzir a intensidade das suas emissões na produção de petróleo e gás de 15% para 20%, até 2025.
“Esse é o foco agora: redução de emissões”, disse Lessmann em evento organizado pela Câmara de Comércio Brasil-Texas. “O Brasil traz uma grande oportunidade para isso”. Nos últimos quatro anos, a Exxon emergiu como a segunda maior proprietária de áreas offshore no Brasil, depois da Petrobras.
A maior companhia de petróleo dos Estados Unidos adquiriu mais de 20 blocos e lista o país da América do Sul como uma de suas principais áreas de expansão.
Lessmann disse que o petróleo do pré-sal gera menos emissões por barril produzido devido à maior qualidade e a tecnologia de produção empregada.
Cada barril de petróleo produzido no campo de Búzios, por exemplo, resulta em 9 kg de CO2, menos da metade da média da indústria.
O Brasil está organizando duas rodadas de petróleo este ano, a primeira em outubro sob modelo de concessão.
Em dezembro, o país irá oferecer dois blocos no pré-sal sob regras de partilha, em que os produtores dividem parte da produção com o governo. Lessmann não comentou sobre a potencial participação da Exxon nas duas rodadas.
Os blocos que serão licitados em dezembro – Sépia e Atapu (no excedente da cessão onerosa) – foram disponibilizados a primeira vez em 2019, em um leilão de petróleo que não conseguiu atrair empresas, incluindo a Exxon. Autoridades brasileiras, desde então, melhoraram as condições para atrair interessados além da Petrobras.
A produção de petróleo dos volumes excedentes da cessão onerosa, que inclui também Búzios e Itapu (já leiloados), deverá atingir 4 bilhões de barris até 2030, ou o equivalente a 56% do bombeamento da commodity em regime de partilha no Brasil, apontou nesta quarta-feira a estatal Pré-sal Petróleo (PPSA).

N.daR.: Pergunta que não cala: O que é bom para a Exxon não é bom para a Petrobras, que está "vendendo" seus ativos?
É uma sucessão de crimes de Lesa-Pátria em concecução.
Um país em que ética, moral e patriotismo são conceitor em absoluto desuso.

Brasil: um País destinado a viver no que há de pior do passado.

* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: Estadão - Economia
O triunfo da impunidade
Publicado: Impresso 19.08.21 Pág. B11 | On Line 19 de agosto de 2021 | 05h00
Por Carlos Cardoso de Oliveira Júnior

Carlos Cardoso de Oliveria Junior Com o advento da Constituição Federal de 1988 e a lenta edição de uma legislação voltada para a realização dos seus princípios e das suas determinações, teve início um ciclo histórico que permitiu vislumbrar uma crescente redução da impunidade reinante na área da criminalidade consistente na prática de delitos de corrupção, até então quase nunca incomodada para valer pelas nossas instituições de controle e fiscalização.
No decorrer desse processo, a nação acompanhou com um misto de perplexidade e indignação o desenrolar do famigerado caso do Mensalão, que resultou na condenação criminal e encarceramento de vários parlamentares, dirigentes políticos e empresários, principalmente por atos de corrupção e lavagem de dinheiro.
Esse julgamento projetou o Supremo Tribunal Federal como uma instituição cujo posicionamento doutrinário majoritário se achava em linha com o sentimento médio de justiça da sociedade brasileira.
Pouco tempo depois, mais um gigantesco caso de corrupção sacudiu a nossa sociedade, a partir do conhecimento público de inúmeros episódios de malversação de recursos públicos que tiveram como palco a Petrobras, até então tida como a maior empresa brasileira e uma das maiores do mundo. Esse caso ficou conhecido como Petrolão.
Também desta feita, evidenciou-se que os prejuízos de bilhões de reais infligidos à Petrobras tiveram como responsáveis e beneficiários parlamentares, agentes públicos e dirigentes empresariais, inclusive de grandes empresas.
Constituiu-se, então, a Operação Lava Jato, designação pela qual tornou-se conhecida a Força-Tarefa encarregada de investigar e esclarecer a maior parte dos delitos praticados no âmbito dos desmandos perpetrados na mencionada empresa.
Os processos criminais resultantes do profícuo trabalho desenvolvido por essa força-tarefa ensejaram inúmeras condenações criminais e muitos acordos de leniência – estes responsáveis pela devolução à Petrobras de mais de quatro bilhões de reais, de um total previsto que deverá se aproximar de vinte bilhões, com as devidas atualizações monetárias. Dentre os condenados, destacou-se a de um ex-presidente da república, cuja sentença se deu em primeira instância e foi confirmada por dois outros tribunais.
Entretanto, com mudanças no posicionamento jurídico de alguns ministros do Supremo Tribunal Federal, foram aí proferidas polêmicas decisões que, acolhendo uma visão doutrinária que prefere a forma ao conteúdo, anularam várias daquelas condenações criminais, todas elas por questiúnculas procedimentais de nenhuma relevância jurídica e não causadoras de nenhum prejuízo ao direito de defesa dos condenados, reinterpretando regras processuais que há décadas vinham sendo estritamente observadas e aplicadas pelo conjunto da nossa justiça criminal.
Mais do que isso, uma das controvertidas decisões dessa corte suprema consistiu em reconhecer, implicitamente, a validade como prova de “evidências e informações” comprovadamente de origem criminosa, nunca tidas como autênticas por perícia oficial e obtidas por quadrilha de criminosos digitais, com base no que julgaram parcial a decisão de um juiz de direito que, no caso examinado, fundamentou a sua decisão na estrita observância da legalidade em vigor e em consonância com a jurisprudência pacificada e consolidada à época. Não por acaso, a sua decisão foi confirmada por duas outras instâncias judiciais, incluindo as questões de mérito.
Decisões como essa acabam por reduzir a credibilidade da nossa justiça criminal, passando a questionável imagem de que ela é mais benevolente para os acusados mais bem situados socialmente.
Não bastassem decisões criminais tão equivocadas quanto inconsequentes no campo da delinquência econômica, estamos assistindo a um verdadeiro arrastão contra o combalido e já tímido sistema anticorrupção existente no Brasil, consubstanciado em iniciativas legislativas em tramitação no Congresso Nacional.
Entre as principais dessas iniciativas estão aquelas tendentes a desfigurar a Lei Anticorrupção e a Lei de Improbidade Administrativa, bem como o projeto de lei do Novo Código de Processo Penal, cujos retrocessos, pela sua quantidade e complexidade, não comportam uma análise mais aprofundada neste espaço.
Acrescente-se a isso a “reforma política e eleitoral” em vias de ser consumada, que contempla uma ampla reforma do Código Eleitoral e a abolição dos avanços arduamente alcançados na minirreforma política aprovada em 2017.
Só o projeto de reforma do Código Eleitoral prevê a descriminalização de 44 (quarenta e quatro) condutas hoje consideradas criminosas, o que, na prática, significará uma anistia aos já condenados por esses delitos.
O pior é que tudo isso está acontecendo num contexto de pandemia ainda fora de controle e com a população totalmente desmobilizada para questões tão importantes para o seu futuro.
Uma vez consumadas essas nefastas iniciativas legislativas, teremos um agravamento do quadro de impunidade que já emoldura, em grande medida, as nossas práticas políticas e eleitorais, sobretudo no tocante ao emprego ilícito dos recursos financeiros do estado brasileiro, nas suas três esferas de governo.
Carlos Cardoso de Oliveira Júnior, procurador de Justiça aposentado do Ministério Público de São Paulo e membro da diretoria do MPD

N.daR.: Texto objetivo, claro e realista.

Brasil: um País destinado a viver no que há de pior do passado.

* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: Estadão - E-Investidor
'Feirão' de campos produtores da Petrobras pode acabar em dezembro deste ano - Prazo legal que a ANP deu para estatal se desfazer de ativos termina em 31 de dezembro, mas parte do mercado aposta em uma extensão; nos últimos anos, venda de campos fortaleceu petrolíferas de médio porte
Publicado: Impresso 19.08.21 Pág. B11 | On Line 19 de agosto de 2021 | 05h00
Por Fernanda Nunes,

Plataforma da Petrobras RIO - O grande “feirão” de campos produtores de petróleo e gás da Petrobras tem data marcada para acabar: 31 de dezembro de 2021, segundo determinação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Nos últimos anos, empresas petrolíferas de médio porte ganharam musculatura ao adquirir ativos da estatal. Mas, a partir de 2022, vão precisar buscar outra estratégia. Outra mudança esperada é o surgimento de um mercado secundário, de sobra de ativos adquiridos da estatal pelas independentes, mas considerados menos adequados à estratégia desses negócios.
A Petrobras intensificou o programa de desinvestimento de concessões a partir de 2016, quando colocou a reorganização das suas finanças no centro das preocupações e passou a se concentrar no pré-sal. Dezenas de campos produtores em terra e águas rasas foram colocados à venda, além de áreas exploratórias, ainda sem descobertas. A maioria delas está localizada na região Nordeste do País.
Parte desse esforço de desinvestimento partiu também da ANP, que exigiu da Petrobras um posicionamento sobre 183 campos paralisados, sem decisão de investimento. A reguladora deu à empresa a opção de reter alguns deles ou de devolvê-los. A estatal decidiu, então, retomar o investimento em alguns, devolver outros e vender o restante. O prazo para se desfazer das últimas áreas termina no dia 31 de dezembro.

Prorrogação
O prazo inicial de devolução se esgotou, na verdade, no fim do ano passado. Mas a companhia argumentou à ANP, na época, que estava com dificuldade de concluir as negociações e conseguiu estender o prazo por mais um ano. Procurada, a agência não se manifestou se irá prorrogar a data mais uma vez.
Atualmente, a Petrobras tem seis ativos de exploração e produção de óleo e gás à venda. Apenas um deles – o do campo de Marlim, na Bacia de Campos (RJ) – está em fase final de licitação. Os demais entraram em fase vinculante, de negociação direta com os interessados.
O mercado de campos da Petrobras tem atraído petrolíferas independentes com foco em áreas que não exigem esforço de exploração e, por isso, também não impõem ao investidor o risco de colocar dinheiro para perfurar um poço e não encontrar nada.
Boa parte dessas áreas é madura, ou seja, já está em fase de declínio da produção. Para prolongar a vida útil dessas concessões, as independentes só precisam investir em tecnologias de recuperação, além de construir um plano de redução de custo, como faz toda petrolífera.
Essa tem sido a estratégia adotada por petrolíferas independentes que despontaram no mercado brasileiro recentemente. É o caso de PetroRio, Enauta, 3R Petroleum, PetroRecôncavo, Trident, Perenco, Origem, Imetame e Petro-Victory
Esses negócios se diferenciam em tamanho e caixa, o que interfere na qualidade dos ativos dos seus interesses. As maiores costumam apostar em águas rasas e as menores, em terra. Esse grupo de empresas compartilha, no entanto, o apetite por uma fatia do mercado que antes estava nas mãos das gigantes do segmento.
Mauro Destri, diretor de Óleo e Gás da consultoria Alvarez & Marsal, ressalta que a produção em concessões não operadas pela Petrobras em bacias maduras saltou de 4,7 mil barris de óleo equivalentes ao dia (boe/dia), em junho de 2016, para 23,4 mil boe/dia em igual mês deste ano. Os dados são do último boletim de produção divulgado pela ANP.
“Hoje, estamos todos ansiosos com os desinvestimentos dos campos de Albacora e Albacora Leste, polos terrestres na Bahia, Sergipe, Alagoas e Potiguar (Mar e Terra)”, afirmou. 

Incerteza
Alguns investidores questionam, no entanto, se a Petrobras vai conseguir concluir a venda dos ativos ainda neste ano. “São processos complexos e, como são poucas as informações oficiais, especula-se que dificilmente serão encerrados ainda este ano, apesar do prazo estabelecido pela ANP e dos sucessivos adiamentos”, diz Anabal Santos Júnior, diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (Abpip).
Ele acredita que, concluídos os desinvestimentos da Petrobras, os investidores devem recorrer ao leilão de oferta permanente de áreas para exploração, promovida pela ANP, no qual são oferecidas áreas que ficaram sem oferta em licitações passadas ou foram devolvidas. Para as empresas que focam exclusivamente em campos produtores, a melhor saída será a compra de ativos de outras petrolíferas, além da Petrobras.
A PetroRio, por exemplo, diz que o seu crescimento não está condicionado às vendas da estatal. De acordo com Emiliano Fernandes, diretor de recursos humanos, regulação e jurídico da PetroRio, a empresa não comprou muitos ativos da estatal. “É indiscutível que ela tem mais de 90% do mercado e seus desinvestimentos são uma oportunidade. Mas a gente tem um território profícuo e esse é um mercado gigante”, afirma.

N.daR.: No Brasil vão-se os anéis e os dedos.

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* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: Folha de São Paulo - mercado
Por falta de gás, térmicas podem passar a usar óleo diesel, mais caro e poluente - Primeiro projeto autorizado, no Ceará, terá custo de geração triplicado
Publicado: | On Line 17.ago.2021 às 20h54 Atualizado: 17.ago.2021 às 21h13
Por Nicola Pamplona

Usinas Térmicas - Reuters Rio de Janeiro - A falta de gás natural para abastecer térmicas levou o governo a pedir a autorização para uso de óleo diesel, mais caro e poluente, como combustível em algumas usinas do país. A mudança deve pressionar ainda mais a conta de luz.
Nesta terça (17), a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) autorizou a troca de combustível da Termoceará, da Petrobras, que estava parada por falta de combustível. Com a mudança, o custo de geração da usina passa a ser de R$ 1.551 por MWh (megawatt-hora), mais do que o triplo dos R$ 431atuais.
A troca havia sido solicitada pela Creg (Câmara de Regras Excepcionais para a Gestão Hidroenergética) após reunião na semana passada, em que elencou uma série de medidas para enfrentar a falta de gás natural para térmicas.
No Ceará, o problema é a falta de navios para regaseificar gás importado na forma líquida, que afeta também uma segunda térmica no estado, chamada Termofortaleza. A terceira, Vale do Açu, está recebendo gás de outras fontes.
Na autorização desta terça, a Aneel determinou que a Petrobras desloque um navio que está hoje no Rio de Janeiro para o Ceará, também atendendo a pedido da Creg.
O problema, porém, se alastra por outros estados, como reflexo da parada para manutenção do polo de Mexilhão, um dos principais produtores de gás natural do país, localizado no litoral paulista. O sistema ficará parado por 30 dias, a partir do próximo dia 29.
Em sua última reunião, a Creg também pediu à Aneel que reconheça "como prioritária e estratégica a disponibilização de gás natural" para térmicas e que determine aos fornecedores do combustível que encontrem soluções para o suprimento, incluindo a substituição por óleo diesel onde possível.
Nesse sentido, a Aneel avalia também pedido da Delta Energia para permitir o uso de diesel na usina William Arjona, a mais cara do país, localizada no Mato Grosso do Sul. O projeto foi reinaugurado em julho, como reforço contra a crise, mas corre o risco de ficar sem gás com a parada de Mexilhão.
A Delta diz que a operação com óleo diesel não vai encarecer o custo da energia, já que a operação a diesel seria mais barata. A térmica foi inaugurada com custo de geração de R$ 1.741 por MWh, mas hoje já custa R$ 2.075 por MWh. Segundo a empresa, a alta acomoda elevação no preço do gás.
Além da William Arjona, a Creg citou no documento outras três usinas que correm risco de ficar sem gás: Araucária, no Paraná, Cuiabá, no Mato Grosso, e Santa Cruz, no Rio de Janeiro. Hoje, elas custam, respectivamente, R$ 1.083, R$ 701 e R$ 259 por MWh. Com óleo, a expectativa é que os valores sejam elevados.
O custo das térmicas é bancado pelas bandeiras tarifárias cobradas na conta de luz e pelo ESS (encargo de serviços do sistema), que também compõe a fatura paga pelos consumidores. Com o elevado uso de térmicas, a Aneel já prevê maior pressão sobre as tarifas, que hoje são o principal componente de pressão inflacionária.
A busca de novas fontes de geração é um dos focos da câmara criada pelo governo para enfrentar a crise energética. Em outra frente, o grupo flexibilizou restrições de vazão de água em hidrelétricas, para tentar recompor os reservatórios.
Especialistas, porém, classificam a postura do governo como "negacionista" e pedem programas de economia no consumo em busca de resultados mais rápidos sem tanta pressão na conta de luz. Dois programas desse tipo já foram anunciados, mas nenhum entrou em vigor ainda.
Em comunicado ao mercado na semana passada, a Petrobras diz que "segue envidando todos os esforços para maximizar a disponibilidade de gás ao mercado durante a parada programada, observando sempre a segurança de suas operações e o respeito ao meio ambiente".
A companhia diz que já ampliou a capacidade de importação de gás no Rio de Janeiro, transferiu o navio do Ceará para a Bahia e vem buscando no mercado cargas de gás importado.

N.daR.:

Brasil: um País destinado a viver no que há de pior do passado.

* Fonte primária: Folha de São Paulo
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Fontes: Estadão - E-Investidor
Petrobras investe cerca de R$ 10 mi para aprimorar centro de operações - Investimento é para aprimorar o Centro de Operações Integradas (COI) da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro
Publicado: | On Line 17/08/2021, 14:30 ( atualizada: 17/08/2021, 12:59 )
Por E-Investidor - einvestidor@estadao.com

Petrobras (Estadão Conteúdo) – A Petrobras investiu cerca de R$ 10 milhões para aprimorar o Centro de Operações Integradas (COI) da Bacia de Campos (RJ), de onde toda atividade é acompanhada remotamente. O próximo passo da empresa será incorporar tecnologias digitais para encontrar padrões entre as diferentes classes de informação, para aumentar a eficiência da atividade de exploração e produção de petróleo.
“Processamento mais rápido e algoritmos mais eficientes nos ajudam a reduzir riscos e antecipar decisões, elevando o retorno econômico dos nossos processos”, afirma Fernando Borges, diretor de Exploração e Produção da Petrobras, em comunicado da empresa.
O COI conta, atualmente, com mais de 50 monitores de TV, utilizados no acompanhamento, em tempo real, dos processos de produção de petróleo e escoamento de óleo e gás na Bacia de Campos, a dezenas de quilômetros de distância do município de Macaé, no norte fluminense.
A partir do centro de operação, é possível visualizar os parâmetros de produção de 190 poços da Bacia de Campos. O COI também monitora os estoques e traça estimativas de produção e de escoamento do óleo, “o que evita a parada temporária das plataformas; além de acompanhar as operações e localização dos navios-tanques e embarcações de suprimentos”, segundo a estatal.
“Os sistemas reconhecem qualquer alteração no processo de produção e, quando necessário, um alerta é enviado imediatamente ao COI, permitindo maior agilidade nas tomadas de decisões e ampliando o patamar de confiabilidade e de segurança”, informa a empresa.

N.daR.:
* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: Estadão - E-Investidor
Petrobras investiu US$ 2,4 bilhões no segundo trimestre deste ano - Nos últimos 12 meses, a Petrobras ampliou em 22% o total investido em relação ao ano anterior
Publicado: | On Line 17/08/2021, 9:30 ( atualizada: 17/08/2021, 8:55 )
Por E-Investidor - einvestidor@estadao.com

Petrobras (Estadão Conteúdo) – A Petrobras ampliou em 22% o total investido em 12 meses, informou a empresa em comunicado. No segundo trimestre deste ano, o orçamento ficou em US$ 2,4 bilhões, superior aos US$ 301 milhões recebidos com a venda de ativos. Com esses números, a empresa reverte o quadro de retração do ano passado, período em que a economia foi mais fortemente impactada pela pandemia de Covid-19.
“Isso demonstra que a Petrobras está investindo mais que desinvestindo, realocando melhor seus recursos e construindo um portfólio de projetos e ativos de alta qualidade, rentáveis, resilientes e que geram valor”, destacou, no comunicado, o diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Rodrigo Araujo.
Segundo a Petrobras, mais da metade dos investimentos realizados no segundo trimestre de 2021 foram aplicados em projetos de expansão, principalmente, para aumentar a capacidade de ativos existentes, implantar novos ativos de produção, escoamento e armazenagem, aumentar eficiência ou rentabilidade do ativo e implantar infraestrutura essencial para viabilizar outros projetos de crescimento.
Dos US$ 2,4 bilhões investidos, o segmento de Exploração e Produção ficou com US$ 1,9 bilhão, dos quais aproximadamente 60% foram gastos em projetos de expansão. Esses investimentos concentraram-se no desenvolvimento da produção em águas ultraprofundas do polo pré-sal da Bacia de Santos (US$ 900 milhões) e no desenvolvimento de novos projetos em águas profundas.
Além do FPSO Carioca que inicia a produção no Campo de Sépia em agosto, a Petrobras ainda prevê a entrada em operação de mais 12 FPSOs até 2025. O FPSO do Projeto Integrado do Parque das Baleias, em fase de contratação, e outras 11 novas plataformas que já estão em fase de execução.

N.daR.:
* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: Estadão - Economia & Negócios
Cosan e empresa norte-americana demonstram interesse na ES Gás
Publicado: | On Line 18 de agosto de 2021 | 05h10
Por Wilian Miron

Estação de gás, Gaspetro - Foto: André Valentim Após acertar com a BR Distribuidora os últimos detalhes para uma venda conjunta de suas participações na Companhia de Gás do Espírito Santo (ES Gás), o governo capixaba já tem recebido sondagens de potenciais compradores da concessionária de gás natural do Estado. Ao menos três empresas, entre elas o Grupo Cosan e uma companhia norte-americana, teriam demonstrado interesse no ativo.
O Estado tem 51% das ações ordinárias e 2% das preferenciais, enquanto as participações restantes pertencem à BR Distribuidora.
Os próximos passos para levar a empresa a leilão devem ser concluídos nas próximas semanas, quando os acionistas da ES Gás assinarão o contrato com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que passará a ser o responsável pela modelagem e precificação da empresa, que deve ficar entre R$ 1 bilhão e R$ 1,2 bilhão, segundo fontes consultadas pelo Broadcast Energia.

Valorizada
O valor estimado para a venda da concessionária é significativamente maior do que a faixa entre R$ 700 milhões e R$ 800 milhões estimados em 2019. Isso porque, a empresa fez investimentos na interligação da rede de distribuição de Linhares ao gasoduto de transporte Cacimbas-Vitória, que aumenta a capacidade de fornecimento de gás natural no Norte do Estado. As obras começaram em junho e têm prazo de conclusão de 12 meses. Além disso, a empresa obteve no ano passado a renovação do contrato de concessão pelo prazo de 25 anos.
Quem levar a concessão passará a administrar uma rede de 465 quilômetros de malha de gasodutos em 13 municípios, onde a ES Gás atende a 67,087 mil consumidores.
Segundo o secretário de Inovação e Desenvolvimento do Espírito Santo, Tyago Hoffmann, com o avanço na negociação com a BR Distribuidora, o leilão para a venda de 100% da companhia deve acontecer no primeiro semestre do ano que vem, possivelmente entre março e abril.
Hoffmann disse também que a venda da empresa é conceitual, e não porque o Estado esteja endividado. “Queremos ampliar e fomentar parcerias com o setor privado, e entendemos que com um investidor assumindo a concessão, será possível ampliar o nível de investimentos no Estado e beneficiar grupos que precisam do acesso a um gás mais barato”, disse.
Procurado, o Grupo Cosan não comentou o assunto. O BNDES e a BR Distribuidora não responderam.
Esta nota foi publicada no Broadcast Energia no dia 16/08/21 às 16h16.

N.daR.: E os oligopólios continuam se concentrando em decorrência do desmanche da Petrobras.
* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: Folha de São Paulo - colunas e blogs
Lava Jato do Rio tenta driblar desmonte, assina delação milionária e oferece denúncias - Transformada em Gaeco, força-tarefa não tem dado publicidade a ações com medo de novas represálias
Publicado: | On Line 16.ago.2021 às 12h45
Por Camila Mattoso com Fabio Serapião e Guilherme Seto.

Charge: Spn Holz - Fundos de Pensão Na mira do Conselho Nacional do Ministério Público, sem apoio da Procuradoria-geral da República e com investigações anuladas pelas cortes superiores, os procuradores da Lava Jato do Rio Janeiro fecharam um acordo de delação premiada milionário e ofereceram ao menos três denúncias nos últimos meses.
Os casos, entretanto, não têm sido divulgados por causa do receio de novas investidas contra os procuradores como a em andamento no CNMP.
O corregedor-geral do conselho, Rinaldo Reis Lima, pediu em julho a demissão de 11 procuradores que atuaram na Lava Jato do Rio sob a alegação de que eles publicaram no site do MPF dados sigilosos de uma investigação sobre o ex-ministro Edison Lobão e de seu filho, Márcio Lobão.
Transformada em Gaeco (grupo de atuação contra o crime organizado) pela gestão de Augusto Aras, a antiga força-tarefa chefiada pelo procurador Eduardo El Hage tem em seus quadros atualmente 9 procuradores e 3 assessores.
A quantidade é classificada por investigadores como insuficiente para dar conta da análise de todo material amealhado nos últimos anos.
Na quinta (12), os procuradores denunciaram o almirante Othon Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, e mais cinco pessoas.
Eles são acusados pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção relacionados ao Prosub (Programa de Desenvolvimento de Submarinos) da Marinha.
O caso teve origem no acordo de delação de executivos da Odebrecht. Além da condenação pelos crimes, o Gaeco pede o confisco de US$ 165 milhões para reparação dos danos causados. Na cotação atual, o valor alcança R$ 939 milhões, aponta o MPF.
A denúncia é a terceira dos últimos dois meses e soma-se a um acordo de delação fechado com um doleiro alvo da operação Câmbio, Desligo que confessou seus crimes e pagou cerca de R$ 200 milhões como ressarcimento aos cofres públicos.
O grupo também denunciou um auditor da Receita estadual que atuava para a organização criminosa chefiada pelo ex-governador Sérgio Cabral e apresentou uma acusação por tráfico internacional de armas contra Ronnie Lessa, preso pela morte da vereadora Marielle Franco.
As denúncias e acordos se dão no pior momento do grupo responsável pela prisão de Cabral, do ex-presidente Michel Temer e por desarticular o banco de doleiros chefiado por Dário Messer, conhecido como “doleiro dos doleiros”.
Além da investida do CNMP, os procuradores não tem o apoio da PGR como no auge da Lava Jato e tem visto seus casos serem revertidos nas instâncias superiores,
Na terça (10), a 2ª turma do Supremo Tribunal Federal anulou todos os atos do juiz Marcelo Bretas e enviou para a Justiça estadual o material da operação Esquema S.
A investigação mira escritórios de advocacia contratados pela gestão de Orlando Diniz na Fecomércio do Rio de Janeiro, alguns ligados a parentes de ministros do Superior Tribunal de Justiça.

N.daR.: O texto é mais uma demontração de como se faz no Brasil para acultar corrupção ou manter seus promotores protegidos.

Brasil: um País destinado a viver no que há de pior do passado.

* Fonte primária: Folha de São Paulo
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Fontes: Folha de São Paulo - mercado
Guedes defende delivery de combustível após abertura de mercado de revenda - Massificação de aplicativos de gasolina e etanol podem baixar preço ao consumidor
Publicado: Folha de São Paulo | On Line 15.ago.2021 às 20h00
Por Julio Wiziack

Julio Wiziack - equipe do ministro Paulo Guedes (Economia) defende agora a massificação dos aplicativos de delivery de gasolina e etanol, uma espécie de iFood dos postos hoje em fase de testes em três bairros do Rio de Janeiro.
Seria mais um passo em favor da ampliação da concorrência e da derrubada do preço de combustíveis após a abertura completa do mercado de revenda.
A ideia já tinha sido defendida pelo ministério em uma nota técnica enviada em julho para a ANP (Agência Nacional de Petróleo) em resposta à minuta de uma consulta pública sobre o novo marco regulatório do setor.
No entanto, a agência foi atropelada pelo governo que baixou uma medida provisória na semana passada acabando com as restrições à compra de combustíveis pelos postos.
Antes, os postos com bandeira —que têm a marca da distribuidora— eram proibidos de vender combustíveis de outros fornecedores.
À Folha a Economia disse ter verificado a existência de "demanda e a possibilidade de oferta ou fornecimento dos produtos com segurança e qualidade [via aplicativos], razões suficientes para que não se impeça a livre iniciativa empresarial".
"Essa tecnologia já é corriqueira em entregas e, talvez, resulte em um controle até maior das atividades de abastecimento da solução de delivery de combustíveis, surgida por meio da ampliação do uso de aparelhos celulares."
Essa modalidade de venda surgiu sem anuência da ANP em 2019.
O aplicativo continua sendo monitorado pela agência, mas os técnicos da Economia afirmam que a Lei de Liberdade Econômica e uma resolução do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) já abriram espaço para o uso massificado de novas tecnologias que estimulem a concorrência no setor.
Os técnicos da agência também consideram que esse tipo de serviço deveria ser difundido dentro da chamada regulação Sandbox.
Por ela, uma empresa pode oferecer um produto ou serviço ainda sem regulação, desde que o órgão de controle acompanhe de perto o processo com o intuito de desenvolver regras específicas para aquela inovação, caso seja necessário.
Em um parecer enviado à Superintendência de Fiscalização do Abastecimento da ANP, os técnicos da agência mencionam casos do Reino Unido, Austrália e Singapura.
Nos EUA, empresas como Filld, WeFuel, Yoshi, Purple e Booster Fuels passaram a operar com o delivery de combustível sem que houvesse regulação sobre o serviço. Posteriormente, o regulador definiu limites para o tamanho dos tanques e locais permitidos para o abastecimento por essas empresas.
No Brasil, a ANP submeteu a consulta pública algumas regras pré-definidas para o funcionamento desses aplicativos.
Dentre elas, a agência exige que o dono do serviço de delivery também tenha um posto e restringe a venda à gasolina e ao etanol.
O veículo que fará o delivery só poderá carregar até 2.000 litros de combustível e a venda só poderá ser realizada dentro do mesmo município.
Também precisará ser equipado com equipamentos para a realização da análise de amostras de combustível, para verificação de sua qualidade, caso sejam abordados por fiscais. O sistema de venda precisa estar conectado com a ANP.
Hoje, o único aplicativo em funcionamento é o GoFit. Ele foi lançado pelos donos da Refit (antiga Refinaria de Manguinhos) e está instalado em 90 mil celulares. Por enquanto, atende somente três bairros do Rio de Janeiro.
A solução funciona para aqueles que não querem ir até o posto para abastecer o veículo. Neste caso, aciona o GoFit e pesquisa o melhor preço.
Ao fechar a compra, uma caminhonete leva o combustível até o local do comprador e efetiva o abastecimento.
Os aplicativos têm apoio das revendas porque, por essa opção, em vez de atender somente no varejo, elas podem vender também no atacado. Isso multiplica, e muito, as vendas de cada posto.
Outra vantagem é a pressão que esses aplicativos poderão exercer pela queda do preço do combustível nas revendas. Ganharão a preferência os postos que oferecerem os melhores preços já que o dono do aplicativo só vai ganhar com a taxa de intermediação.

Combustível via aplicativo
ANP propõe regras para venda de combustível por delivery

Atuação
    Empresa dona do aplicativo não poderá operar somente o delivery
    Será preciso ter posto físico

Cobertura
    O delivery só pode ser feito dentro dos limites do município onde se encontra o posto revendedor

Produtos
    Os únicos combustíveis permitidos no delivery serão gasolina e etanol
    Diesel e GNV ficam de fora
    Somente postos que estejam em dia com o Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis poderão operar delivery

Abastecimento
    O veículo que fará o delivery somente poderá carregar, ao todo, 2.000 litros de combustível (ou somente gasolina, ou somente álcool, ou os dois em recipientes separados)

Locais
    O abastecimento não pode ser feito em superfícies que não sejam impermeáveis
    Também fica vedado o abastecimento em garagens, em "áreas subterrâneas" e em locais onde seja necessário parar em fila dupla ou em local proibido de estacionar

Fatura
    A venda deve ocorrer somente em "sistema, plataforma eletrônica ou aplicativo" cujos dados possam ser acessados pela ANP para fiscalização

Qualidade
    O veículo usado no delivery deverá possuir "os materiais e equipamentos necessários" para a realização da análise de amostras de combustível, para verificação de sua qualidade

Fonte: ANP (Agência Nacional de Petróleo)

N.daR.: Esse modelo, caso adotado, significará sonegação, falta de qualidade, tudo numa bomba móvel.
A agência ANP descumpre continuadamente seus objetivos e só serve para demonstrar a inutilidade das agências governamentais.
Estas servem apenas apara atender uma clientela específica.
Porém, não atendem aos reais interesses da população e do País.

Como temos dito: "Brasil é um País destinado a viver no que há de pior do passado".


* Fonte primária: Folha de São Paulo
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Fontes: Estadão - Economia & Negócios
‘Conselheiros’ deixam digitais em várias medidas do governo - Subsídio do gás de cozinha, Plano Pró-Brasil e atraso no envio da reforma administrativa foram alguns dos efeitos do 'gabinete paralelo'
Publicado: | On Line 16 de agosto de 2021 | 05h00
Por José Fucs

PETROBRAS Olhando retrospectivamente, é possível detectar as digitais do grupo de “conselheiros” do presidente Jair Bolsonaro em diversas medidas que o ministro da Economia, Paulo Guedes, teve de “agasalhar”. Uma delas foi a decisão de subsidiar o gás de cozinha e o óleo diesel, em troca do aumento dos tributos pagos pelos bancos.
Outra foi o atraso no envio da reforma administrativa ao Congresso, inicialmente previsto para o fim de 2019, sob a alegação de que o “timing político” era inadequado. Depois, quando a proposta foi finalmente enviada ao Legislativo em setembro do ano passado, integrantes do grupo agiram para excluir os atuais servidores da proposta oficial.
Também é possível identificar as suas digitais no Plano Pró-Brasil, elaborado com o aval de Bolsonaro pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, chamado de “fura-teto” por Guedes, por defender a flexibilização do limite de gastos. No fim, o plano não foi implementado, mas gerou muita confusão na praça e escancarou a oposição feroz enfrentada por Guedes dentro do próprio governo. 
O mesmo aconteceu com as demissões dos presidentes da Petrobras, Roberto Castello Branco, e do Banco do Brasil, André Brandão. O primeiro, indicado por Guedes, apesar de a empresa ser ligada ao Ministério das Minas e Energia, por defender uma política de preços para os combustíveis com base nas variações de mercado. O segundo, diretamente ligado a Guedes, por propor o fechamento de agências deficitárias da instituição. 

Adversidades
De certa forma, é natural que o presidente discuta os principais assuntos da República com o grupo que lhe é mais próximo. O problema é que Bolsonaro, talvez mais do que os seus antecessores no Planalto, parece ser mais suscetível a tudo o que lhe chega aos ouvidos. Além disso, nem ele nem seus interlocutores mais frequentes compartilham com Guedes uma visão liberal da economia, ainda que, em público, muitas vezes, procurem demonstrar o contrário.
É certo também que, em Brasília, não é de hoje que o ministro da Economia (ou da Fazenda, até 2018), por ter a chave do cofre, torna-se alvo do “fogo amigo”. Foi assim no governo Lula, quando a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, atracou-se com Antonio Palocci, seu colega da Fazenda, por causa de seu programa fiscal. 
Foi assim, também, no governo FHC, quando o então ministro do Planejamento, José Serra, torpedeava o ministro da Fazenda, Pedro Malan, por sua política fiscal austera, e até no governo militar, quando o então ministro da Agricultura, Antônio Delfim Netto, se estranhava com o seu colega da Fazenda, Mário Henrique Simonsen, por não liberar recursos para a pasta. A diferença, agora, é que o próprio Bolsonaro “põe pilha” nos ataques de seus colaboradores mais próximos à política econômica – e ainda faz isso publicamente, sem qualquer embaraço. 
Diante das adversidades, porém, Guedes está mostrando que prefere contemporizar, para fazer o que for possível no governo, em vez de se manter fiel às suas ideias e convicções fora do ministério.

N.daR.:

Como temos dito: "Brasil é um País destinado a viver no que há de pior do passado".

* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: O Globo - Economia
Ministro de Minas e Energia vai aos EUA convencer petroleiras a participar de leilão do pré-sal - Bento Albuquerque se reúne com empresas na maior feira do setor de petróleo para apresentar a nova licitação da cessão onerosa, marcada para dezembro
Publicado: Impresso 12.08.2021 Pág. 16 | On Line 16/08/2021 - 04:30
Por Manoel Ventura

Charge: Privatização BRASÍLIA - Na tentativa de evitar que o leilão de dois grandes campos do pré-sal na Bacia de Santos, no litoral fluminense, em dezembro, volte a fracassar, como ocorreu em 2019, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, faz um road show pelos EUA em busca de investidores.
Acompanhado dos ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas e Walton Alencar, de representantes da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e da estatal PPSA (que cuida dos contratos do pré-sal), Albuquerque participa da OTC, principal evento mundial do setor de óleo e gás.
Ele diz já ter marcados encontros com quatro petroleiras, a pedido das companhias, para tratar do leilão: a americana ExxonMobil, a colombiana Ecopetrol, a francesa Total e a chinesa CNOOC.
— É importante apresentarmos as características do leilão após eliminarmos as incertezas que tiveram em 2019. Isso é importante, porque certamente haverá empresas interessadas em participar do leilão, e é bom que elas conheçam o projeto — disse Albuquerque ao GLOBO.

Desconto de 70%
O governo quer licitar os campos de Atapu e Sépia, na Bacia de Santos, em dezembro. Os blocos não receberam ofertas no megaleilão da área original da chamada “cessão onerosa”, em novembro de 2019. Um consórcio liderado pela Petrobras levou os outros dois blocos, por R$ 70 bilhões, sem lances de concorrentes.
As petroleiras interessadas pagam um valor fixo de bônus, mas o vencedor da disputa é quem oferece o maior percentual da produção que pretende dividir com o governo, o chamado óleo-lucro, que equivale à produção de petróleo e gás descontados os royalties e custos de exploração.
O governo pretende arrecadar R$ 11 bilhões com o leilão, uma redução de cerca de 70% na comparação com o certame de 2019. A previsão é de R$ 200 bilhões em investimentos ao longo dos 35 dos contratos. A Petrobras já declarou interesse em ser operadora dos consórcios vencedores do leilão, prerrogativa prevista em lei.
— Eu estou muito otimista com o leilão pela forma como as empresas têm nos procurado. Esse leilão é diferente, porque é onde os campos já estão produzindo. Então, há um interesse muito grande, pela qualidade desse óleo e pela produtividade — disse Albuquerque.

O ministro acrescentou:
— As maiores empresas de petróleo do mundo estarão aqui presentes e nós faremos um road show para apresentarmos as características do leilão.
O ministro também terá encontros com representantes do Departamento de Energia dos EUA e reuniões para tratar da privatização da Eletrobras.
Enquanto isso, o ministério está finalizando o programa que dará um “bônus” aos consumidores que reduzirem o consumo de energia elétrica, por conta da crise hídrica. O programa deve começar a funcionar em setembro.
— Estou muito otimista pela forma como as empresas têm nos procurado. Esse leilão é diferente, porque é onde os campos já estão produzindo. Há um interesse muito grande, pela qualidade desse óleo e pela produtividade — disse o ministro, que também terá reuniões com o Departamento de Energia dos EUA e com interessados na privatização da Eletrobras.

N.daR.: Se isso não é crime de Lesa-Pátria, é o quê?
Além de se desfazerem de ativos estratégicos para o Páis, dão desconto de até 70%?
Se essas operçõe não são supeitas, devemos colocar aqueles que ainda se pautam com ética, moral e patriotismo em que posição na sociedade?
Sem dúvida está instituída a república do entreguismo sem desafaçatez, o entreguismo "cara-de-pau", do "que se dane o mundo (leia-se Brasil) por que meu nome não

Brasil: um País destinado a viver no que há de pior do passado.

* Fonte primária: O Globo
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Fontes: Folha de São Paulo - mercado - Empresas
TCU aponta 'ação discriminatória' da Petrobras na abertura do mercado de gás natural - Empresa se comprometeu com Cade a vender seus ativos de distribuição e transporte
Publicado: Folha de São Paulo | On Line 13.ago.2021 às 18h04
Por Reuters

Charge: Genildo - Os chacais da Petrobras TCU- Tribunal de Contas da União Rio de Janeiro | Reuters - O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou "ação discriminatória" da Petrobras na abertura do mercado de gás natural, após realizar auditoria de natureza operacional para verificar se a estratégia da companhia estaria em consonância com as novas diretrizes governamentais de promoção da concorrência nesse mercado.
Em nota publicada em seu site na véspera, o órgão afirmou que a auditoria avaliou aspectos diretamente relacionados ao papel da Petrobras na abertura do mercado, a exemplo da alienação de ativos, acesso a infraestruturas essenciais, acesso a capacidade de transporte, dentre outros.
A empresa se comprometeu com o órgão antitruste Cade a vender seus ativos de distribuição e transporte de gás natural, além de outras ações, como parte de um amplo programa de abertura do mercado promovido pelo governo federal, que busca estimular investimentos e concorrência.
"A auditoria do TCU concluiu que o acesso às infraestruturas essenciais foi realizado de maneira discriminatória e que não há ampla publicidade e transparência no cumprimento dos termos do TCC (acordo com o Cade)", disse o TCU em nota.
"Além disso, constatou-se lacuna na regulamentação de pontos chave das recomendações propostas pelo CNPE, os quais têm a possibilidade de gerar grande assimetria de informações, favorecendo determinados atores em detrimento de outros no processo de abertura do mercado."
Em seu voto, o relator do processo ministro Walton Alencar Rodrigues frisou que "a celebração de contratos de acesso aos gasodutos de escoamento da produção, às instalações de tratamento ou processamento de gás natural e aos terminais de GNL, sem observar todos os requisitos a configurar a cessão não discriminatória de terceiros, bem como a ampla divulgação de todos os documentos, viola o previsto no art. 28 da Lei 14.134/2021".
Dessa forma, gestores responsáveis poderão ser multados, adicionou Rodrigues.
Segundo o TCU, a Corte de Contas emitiu ciência à Petrobras, além de recomendações com vistas a melhorias nos procedimentos para concessão de acesso às infraestruturas essenciais, ao aumento da transparência nas ações empreendidas e disponibilização de serviços de flexibilidade.
O tribunal também recomendou à Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) a elaboração de normativos que regulem as lacunas identificadas pela equipe de auditoria. Serão empreendidas, também, audiências aos gestores por potencial omissão de informações à equipe de auditoria.
Procurada, a Petrobras não respondeu imediatamente a pedido de comentários.
Na semana passada, o TCU havia apontado risco ao pleno abastecimento de todos os mercados regionais de combustíveis, tendo em vista os desinvestimentos da Petrobras na área de refino, após realizar uma auditoria sobre o tema. A empresa se compromeu também com o Cade a vender todas as suas refinarias fora dos Estados de Rio e São Paulo.

N.daR.: O TCU confirma nossas denúncias quanto ao processo de "venda" de ativos da Petrobras.
Nada do que cosntou dos discursos proferidos pelos epresentantes do governo se mostru verdadeira.
De verdadeiro somente restou a prática de crimes de Lesa-Pátria.
Em um país em que moral, ética e patriotismo são palavras fracas e em desuso, a consequência é o descalabro a que somos submetidos.

Como temos dito: "Brasil é um País destinado a viver no que há de pior do passado".


* Fonte primária: Folha de São Paulo
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Fontes: Folha de São Paulo - mercado - Empresas
É preciso medir e entender as consequências econômicas da Lava Jato - Estudo do Dieese aponta que operação custou ao país 3,6% do PIB
Publicado: Folha de São Paulo | On Line 13.ago.2021 às 16h31
Por Fausto Augusto Junior

Charge: Zé da Silva - Lava-Jato A Operação Lava Jato já foi considerada a mais eficaz operação de combate à corrupção do país. Investigar, comprovar os crimes e punir os responsáveis era a função. No entanto, ao punir parte dos envolvidos, a operação castigou também as empresas em que eles atuavam, que foram paralisadas, destruindo empregos e causando impactos negativos sobre a economia. Alguns estudos tratam da questão, inclusive um elaborado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), lançado em março de 2021, e parte do livro "Operação Lava Jato: Crime, Devastação Econômica e Perseguição Política" (ed. Expressão Popular).
Desenvolvido com base na matriz insumo-produto e em modelos econométricos, o estudo indica que a Lava Jato custou ao Brasil 3,6% do PIB e até 4,4 milhões de empregos, entre 2014 e 2017, atingindo indústria, construção civil, comércio e serviços, entre outros setores —números tímidos se comparados a outras análises.
É tarefa complexa estimar esse impacto. Considerando apenas a Petrobras, dada a impossibilidade de se utilizar um indicador isolado de endividamento por todo o período, pois haveria perda de consistência estatística, o Dieese optou por variáveis mais abrangentes, como o lucro líquido, que também foi afetado pelas crescentes dívidas da empresa. O aumento do endividamento reduziu o lucro e derrubou investimentos, mas não foi o único fator a incidir sobre os resultados da companhia.
No caso da construção civil, foram utilizadas duas ou mais fontes para identificar as obras paradas e os motivos das interrupções. Uma delas, um relatório do Tribunal de Contas da União, de 2019, mostrava que mais de 14 mil obras estavam paralisadas, com informações sobre locais, valores, períodos e razões para as interrupções.
Sentenças e inquéritos da Lava Jato, disponíveis no site do Ministério Público Federal, também foram guias, além de reportagens da grande imprensa, documentos e decisões judiciais. O Dieese buscou verificar se cada interrupção havia sido motivada pela operação; aquelas que não puderam ser relacionadas à Lava Jato foram desconsideradas. Para evitar dupla contagem, nenhuma obra ligada à Petrobras foi incluída. Sem acordos de leniência no período analisado, empresas da construção civil enfrentaram problemas até para finalizar obras em andamento.
Um aspecto levado em conta no estudo é o papel do Estado e a importância de a Petrobras ser uma empresa pública. O pressuposto é um Estado ativo, que não teria aberto mão da petroleira na recessão de 2015-16. É fato que, a partir de 2015, com a mudança na direção da companhia, a estratégia da petrolífera foi modificada para garantir o lucro acionário, em detrimento de investimentos e desenvolvimento produtivo. A atual política de preços da empresa, que tem causado fortes impactos na vida dos brasileiros, é resultante de decisões daquele período.
O documento produzido pelo Dieese defende o aprimoramento dos instrumentos de combate à corrupção para punir crimes e indivíduos e, ao mesmo tempo, preservar empresas e empregos e evitar que a sociedade pague por delitos que não cometeu.
Fausto Augusto Junio - Sociólogo, é diretor técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos)

TENDÊNCIAS / DEBATES - Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.?



N.daR.: Do Site do DIEESE tiramos: "O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) é uma entidade criada e mantida pelo movimento sindical brasileiro. Foi fundado em 1955, com o objetivo de desenvolver pesquisas que subsidiassem as demandas dos trabalhadores."
Embora a entidade seja reconhecida por alguns trabalhos sérios e relevantes, não consegue se isentar de parcialidade como mais uma vez demonstra através do artigo em pauta.
Dá a entender que melhor teria sido se não houvesse existido a operação Lava-Jato, pois esta teria dado mais prejuízos do que resultados.
Não merece comentários mais estendido, pois seria dar relevância mais destacada a algo despiciendo, desdenhável.
Exceto pela ressalva de que tudo começou através do exercício de sindicatos no poder.
Sindicatos esses que continuam causando estragos no Sistema Petrobras e no Fundo de Pensão PETROS através da liderança da FUP que congrega a mairia dos sindicatos dos petroleiros
Ao contrário, deveriam defender a moral, ética, patriotismo e - o principal - os empregados dessas instituições.
Enquanto décadas se passam, a PETROBRAS é desmanchada em processo de "venda" de ativos altamente questionável e a PETROS rateando prejuízos resultantes de desmandos administrativos para dizer o mínimo) entre seus aposentados e pensionistas que terão que pagá-los até o finl de suas vidas.

Como temos dito: "Brasil é um País destinado a viver no que há de pior do passado".


* Fonte primária: Folha de São Paulo
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Fontes: Estadão - Economia & Negócios
MP do etanol pode gerar riscos de sonegação e não reduzir preços de combustíveis - Antes, distribuidoras compravam o combustível do produtor e o revendia aos postos; com a MP, a logística de distribuição e o recolhimento de impostos passa a ser de responsabilidade dos usineiros, sem a intermediação das distribuidoras
Publicado: | On Line 12 de agosto de 2021 | 17h43
Por Marlla Sabino

Charge: Cicero BRASÍLIA - Promessa do presidente Jair Bolsonaro, a venda direta de etanol para postos corre risco de não atender os objetivos do governo. Na avaliação de especialistas e integrantes do setor, a medida pode não reduzir os preços dos combustíveis e aumenta o risco de sonegação de tributos. A prática foi autorizada por uma medida provisória assinada na quarta-feira, 11. A MP tem força de lei, mas precisa ser aprovada pelo Congresso em 120 dias para não perder a validade.
Apesar de o tema vir sendo discutido pelo governo nos últimos anos, entidades do setor afirmam que receberam com surpresa a publicação da medida provisória. As principais preocupações giram em torno da dificuldade de fiscalização com as alterações feitas pelo texto.
A MP altera a Lei nº 9.478/1997, a Lei do Petróleo, flexibilizando o processo de compra e venda do etanol hidratado, usado pelos veículos flex. Antes, somente as distribuidoras poderiam vender combustíveis aos postos. Ou seja, as distribuidoras compravam o combustível do produtor e o revendia aos postos. Com a MP, a logística de distribuição e o recolhimento de impostos passa a ser de responsabilidade dos usineiros, sem a intermediação das distribuidoras.
Para a diretora executiva do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Valéria Lima, a proposta vai causar uma assimetria tributária, pois haverá diferentes cenários de recolhimento dos impostos. “Nossa questão quando a venda direta é a complexidade tributária, que acaba trazendo bastante distorções no pagamento dos impostos e acarreta a possibilidade de sonegação e, consequentemente, de distorções na competitividade e, no fim, para a sociedade, pois diminui a arrecadação e gera mercado irregular”, afirmou.
Ao permitir a venda do etanol hidratado diretamente pelo produtor ao posto de combustíveis, a MP estabelece um sistema "dual" de tributação. Por meio dele, o produtor terá que recolher todos os impostos federais. O texto altera a cobrança da contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), tributos federais, na venda de álcool anidro importado para adição à gasolina, quando o distribuidor também for importador. Ou seja, ela acaba com a desoneração tributária prevista até então para estes casos. Segundo o governo, isso vai equalizar a cobrança de impostos entre o produto nacional e o importado.
O maior impacto da mudança na cobrança de impostos será para os Estados, que precisarão adequar a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “Se não regularem, vão estão abrindo mão de parte da receita e, além disso, vai criar uma assimetria concorrencial, pois o posto que comprar direto do produtor vai pagar menos ICMS. Isso cria uma assimetria concorrencial, pois o mesmo produto vai ter duas tarifações diferentes”, explica Valéria.
Segundo ela, também não há garantias de que a medida irá de fato reduzir os preços cobrados nas bombas. Ela destaca que nem o próprio governo tem essa certeza e apenas indicou que “pode” resultar na diminuição dos preços. “Tem pouco efeito prático. A tendência será que os produtores vendam o etanol para postos muito perto de suas unidades geradoras”. Isso porque um usineiro do Nordeste, por exemplo, teria que pagar um frete muito alto para levar o seu produto até o Sudeste. Nos grandes centros do País, as distribuidoras também já tem uma logística de entrega do etanol, o que deve favorecer para que elas continuem sendo as principais fornecedoras.
Outro ponto inesperado pelo setor foi a permissão para que postos possam vender combustíveis de outras marcas, desde que devidamente informado ao consumidor - conhecida como “tutela regulatória da fidelidade à bandeira”. Conforme apurou o Estadão/Broadcast, a avaliação no setor é que o governo atropelou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que realizou uma consulta pública nos últimos meses sobre a medida.
Hoje, postos de combustíveis já têm a opção de se vincularem a marcas comerciais de distribuidoras, como Shell, Ipiranga ou BR, ou serem independentes. Esses postos são chamados de “bandeira branca” e representam cerca de 47% do mercado.
Conforme apurou a reportagem, a alteração pode afetar os contratos vigentes, já que muitos trazem cláusulas de exclusividade da comercialização de combustíveis com as distribuidoras. Agentes do setor de distribuição afirmam que a MP pode resultar em judicialização, pois alguns vendedores podem descumprir os contratos para eventualmente assinarem novos ou ficarem livres para comprar de outras empresas.
Também há prejuízos para as empresas, que muitas vezes fazem investimentos em equipamentos, treinamentos e tecnologia. Outros argumentos seriam em relação aos direitos dos consumidores, que hoje podem identificar a marca comercial da distribuidora do combustível, além da dificuldade operacionais de segregar tanques e bombas para produtos de diferentes de diferentes origens. Isso traria novos custos de investimentos, que também seriam repassados ao preço final do produto.

N.daR.: Já afirmamos que o "Brasil é um País destinado a viver no que há de pior do passado".
Senão vejmos.
No passado, não tão distante, as usinas podiam fornecer diretamente álcool aos postos.
A sonegação fiscal foi tão incontrolável que se determinou que o álcool fosse entregue a Petrobras que faria a entrega aos postos e recolheria os impostos antecipadamente (nas refinarias).
Se a solução não foi perfeita - sempre há os que entregavam álcool sem passar pela Petrobras - pelo menso permitiu um controle efetivo dessas operações e o fisco passou os arrecadar valores previstos em quase sua totalidade.
Por outro lado, a disribuição via Petrobras e depois para as Disribuidoras e a seguir para os postos, permetia um controle de qualidade adequado aos consumidores.
Com a entrega direta aos postos perde-se a garantia de que o álcool seja entrega dentro das especificações devidas para o correto desempenho de motores.
Corrosão e danos causados aos veículos pelo uso de álcool fora de especificações era encontrdo com frequência.
Essa MP é no mínimo uma sandice inconsequente e prejudicial a todos.
Como temos dito: "Brasil é um País destinado a viver no que há de pior do passado".

* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: O Globo - Economia
Petrobras anuncia novo reajuste no preço da gasolina, que já subiu 51% este ano - Alta de R$ 0,09 começa a valer a partir de quinta-feira, informou a estatal, que já aumentou o preço nove vezes este ano
Publicado: Impresso 12.08.2021 Pág. 16 | On Line 11/08/2021 - 13:56 / Atualizado em 11/08/2021 - 20:39
Por Bruno Rosa

Gasolinas nas alturas - Editoria de Arte / O Globo
RIO - A Petrobras anunciou que vai reajustar mais uma vez os preços da gasolina em suas refinarias a partir de quinta-feira (dia 12).
De acordo com a estatal, o preço médio por litro do combustível vendido às distribuidoras vai subir de R$2,69 para R$ 2,78. É um avanço de R$ 0,09 ou 3,34% por litro, que deve ser repassado ao preço final ao consumidor por distribuidores e revendedores.
Só neste ano a gasolina acumula uma alta de 51%. Desde janeiro, a Petrobras já aumentou o preço nove vezes.
A Petrobras destacou que até a gasolina chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais (39,1%); custos para aquisição e mistura obrigatória de etanol anidro (15,7%); além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores (12,2%).
A contribuição do preço da Petrobras para o preço na bomba é de 33%, segundo dados da ANP. "Assim, os valores praticados nas refinarias pela Petrobras são diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo", ressaltou a estatal em comunicado.

Sem aumento para o diesel
O diesel não será reajustado dessa vez. A última alta no preço ocorreu no início de julho, quando subiu em média R$ 0,10 por litro.
Em nota, a estatal afirmou que a alta acompanha "a elevação nos patamares internacionais de preços" e foi realizada "de forma a garantir que o mercado siga sendo suprido sem riscos de desabastecimento".
Preocupado com uma possível reação por parte dos caminhoneiros, o governo vem tentanto reduzir os impactos da alta do petróleo no preço do diesel com a redução na carga tributária.
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro  afirmou  que está estudando zerar tributos federais sobre o diesel a partir do ano que vem.
Em julho, o presidente já havia anunciado um corte de R$ 0,04 no PIS/Cofins cobrado sobre o diesel.
Em março, Bolsonaro reduziu temporariamente o PIS/Cofins sobre o diesel e sobre o gás de cozinha, por dois meses, e elevou os impostos cobrados de bancos até o fim deste ano para compensar a perda de arrecadação.

Alinhamento de preços é fundamental, diz Petrobras
A estatal informou ainda que busca evitar o repasse imediato para os preços internos da volatilidade externa causada por eventos conjunturais:
"Nossos preços seguem buscando o equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações do valor dos produtos e da taxa de câmbio, para cima e para baixo".
A companhia disse ainda que o alinhamento dos preços ao mercado internacional "é fundamental" para garantir que o mercado brasileiro siga suprido sem riscos de desabastecimento por parte de distribuidores, importadores e outros produtores.
Com a alta dos preços internacionais do petróleo, o presidente americano, Joe Biden, fez um apelo nesta quinta-feira para que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados elevem a produção. “Em um momento crítico como este de recuperação global, isto não é o bastante,” afirmou Biden em nota.

N.daR.: A primitiva e primária política de preços praticada pela Petrobras conduz a uma explicação lógica: O que se objetiva é denegrir a imagem da empresa para que seu desmanche possa ser conduzido sem maiores óbices.
Ao que os fatos demonstram, esse objetivo já vem sendo executado com pleno êxito.
Vários de seus ativos já foram transformados em monopólios e oligopólos privados. Sejam estes da área de ditribuição de derivados, da área do gás, refinarias e outros.
A mídia, políticos, ex-militares ou não, todos silentes e/ou coniventos.
Ninguém comenta, por exemplo, o custo de produção do petróleo e derivados no Brasil considerando que quase a totalidade é originária do Brasil a preços bem inferiores aos internacionais.
Sem dúvida crimes de Lesa-pátria foram e estão em cometimento.

Brasil: um País destinado a viver no que há de pior do passado.

* Fonte primária: O Globo
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Fontes: Folha de São Paulo - mercado - Empresas
Lucro líquido da BR Distribuidora dobra para R$ 382 mi no 2º tri
Publicado: Folha de São Paulo | On Line 21h55 10.ago
Por (Reuters)

BR Distribuidora, Posto - Foto: Vitória Fernandes - InfoMoney / Charge: Gebildo - Chacais da Petrobras A BR Distribuidora reportou nesta terça-feira lucro líquido de R$ 382 milhões no segundo trimestre de 2021, alta de 103,2% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a companhia foi impactada pelas medidas restritivas impostas em função da pandemia da Covid-19.
A maior distribuidora de combustíveis do país também registrou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado de R$ 1,018 bilhão no trimestre, alta de 24,8% na comparação anual.
Em relação ao primeiro trimestre deste ano, porém, ambos os indicadores apresentaram quedas –o lucro líquido baixou 22,4% nesta base de comparação, enquanto o Ebitda ajustado declinou 13,9%.
Isso ocorre na esteira de uma redução de 5,1% no volume total de vendas da companhia frente ao primeiro trimestre, com quedas de 1,5% na comercialização de produtos do ciclo Otto, de 68,7% no coque e de 22,5% no combustível de aviação.
"(O volume de vendas é) reflexo do efeito da sazonalidade do setor e dos impactos da pandemia da Covid-19, principalmente no mês de abril, seguidos de melhoras progressivas nos meses subsequentes", afirmou a BR Distribuidora em relatório.
A queda geral na variação trimestral foi parcialmente compensada pelo aumento de 3,2% nas vendas de diesel.
Na base anual, a o volume total de vendas da BR Distribuidora apresentou crescimento de 13,2%, a 8,86 milhões de metros cúbicos, dado que o segundo trimestre de 2020 registrou o pico das restrições de mobilidade pela pandemia.
A receita líquida ajustada da empresa atingiu R$ 29,023 bilhões no segundo trimestre, avançando 95% na comparação anual e 11,1% na base trimestral.
Já o endividamento líquido apurou aumento de R$ 1,5 bilhão em relação ao primeiro trimestre deste ano, atingindo R$ 6,6 bilhões, principalmente devido ao pagamento de R$ 1,1 bilhão aos acionistas sob a forma de dividendos e R$ 600 milhões em variação de capital de giro.
Isso resultou, segundo a BR Distribuidora, em alavancagem de 1,4 vez ao final do segundo trimestre.

N.daR.: Esse resultado poderia integrar o da Petrobras.
No Brasil vão-se os anéis e os dedos.
Brasil: um País destinado a viver no que há de pior do passado.


* Fonte primária: Folha de São Paulo
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Fontes: O Globo - Economia
Governo permitirá que postos vendam combustível de qualquer bandeira e comprem etanol diretamente das usinas - MP que será assinada nesta quarta-feira no Palácio do Planalto surpreende distribuidores, que podem questioná-la na Justiça
Publicado: Impresso 11.08.2021 Pág. 18 | On Line 10/08/2021 - 20:28 / Atualizado em 10/08/2021 - 22:37
Por Manoel Ventura e Bruno Rosa

Usina de álcool - Agroolhar / Maio.2015 BRASÍLIA e RIO — O Ministério de Minas e Energia informou ontem que o governo vai publicar uma medida provisória (MP) para permitir a venda de etanol pelos produtores diretamente para postos de combustíveis, sem intermédio de distribuidoras.
A medida faz parte de um plano para reduzir o preço final do etanol na bomba, demanda do presidente Jair Bolsonaro. O governo fará uma cerimônia de assinatura da MP nesta quarta-feira, no Palácio do Planalto.
Mesmo o governo já tendo afirmado diversas vezes que apoia a venda do etanol direto pelo produtor para o posto, só agora a medida será formalizada.
É preciso mudar a legislação sobre o assunto porque a venda direta depende da chamada “monofasia tributária federal”, um mecanismo que atribui a um determinado contribuinte a responsabilidade pelo tributo devido em toda a cadeia de um produto ou serviço.
A norma estava travada no governo porque a a Receita Federal não aceitava o pleito do setor sucroenergético por uma solução que permitisse a monofasia para venda direta e a tributação em duas etapas para venda às distribuidoras.
O governo avalia que será possível reduzir o custo do combustível encurtando a cadeia do setor, eliminando a distribuição, que terá de ser verticalizada, assumida pela usina.
Atualmente, a norma da Agência Nacional do Petróleo (ANP) estabelece que todo combustível deve passar por distribuidora antes de chegar às bombas dos postos. Em diversas ocasiões, Bolsonaro já defendeu a venda direta como forma de reduzir os preços dos combustíveis.
A MP também permitirá que um posto venda combustível de qualquer distribuidor, independentemente da bandeira a qual é associado. Hoje, um posto associado a um distribuidor só pode comercializar combustível desse fornecedor.
A partir da MP, vai ser possível comprar de qualquer distribuidor, desde que devidamente informado ao consumidor.

Quebra de contrato pode parar na Justiça
A inclusão na MP da possibilidade de postos comercializarem combustíveis de diversos fornecedores, surpreendeu agentes desse mercado.
Um executivo de uma distribuidora que preferiu não se identificar avaliou que a medida pode ser questionada na Justiça.
A cerimônia de hoje já era aguardada pelo setor, mas esperava-se que a MP permitisse apenas a compra direta de etanol pelos postos às usinas, afirmaram duas fontes.
Paulo Miranda, presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), afirmou que o governo não pode obrigar os postos a quebrarem contratos com as distribuidoras:
— O contrato prevalece sempre. O governo não pode quebrar contrato já firmado via MP. É preciso mais detalhes sobre isso.

Distribuidora resistiram à iniciativa da ANP
O tema é controverso. Recentemente, a ANP tentou levantar a discussão de que os postos, mesmo com contrato com distribuidoras, pudessem reservar uma das bombas para outras marcas. A proposta foi duramente criticada pelas empresas do setor, mas o tema segue em análise.
Rodolfo Sabóia, diretor-geral da ANP, em entrevista recente ao GLOBO, afirmou que a ideia é estimular a concorrência.
Segundo Miranda, a compra de etanol pelos postos diretamente das usinas é positiva e pode de fato reduzir preços ao consumidor.
Mas ele ressaltou que é preciso controle nas usinas para que os impostos sejam recolhidos, já que a sonegação de etanol é uma umas principais preocupações do setor:
— Hoje, parte do PIS/Confins é recolhido pela usina (R$ 0,12 por litro) e outra parte pelas distribuidoras ( R$ 0,13). Agora, com a MP, tudo será recolhido na usina: R$0,25.

N.daR.: Toda a experiência adquirida vai para o lixo.
Com essa decisão volata-se a precarizar o controle de qualidade e facilitar imensamente a sonegação fiscal.
Como a mídia e técnicos nada comentam e/ou criticam esses tipos de decisões canhestras.

Brasil: um País destinado a viver no que há de pior do passado.

* Fonte primária: O Globo
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Fontes: O Globo - Economia
PEC dos Precatórios abre caminho para governo antecipar receitas do pré-sal - Estatal PPSA prevê arrecadar cerca de R$ 400 bilhões com venda de petróleo até 2032; dinheiro poderia ser antecipado pelo Executivo
Publicado: Impresso 11.08.2021 Pág. 17 | On Line 10/08/2021 - 17:55 / Atualizado em 10/08/2021 - 19:56
Por Manoel Ventura

Pré-Sal Petróleo BRASÍLIA — A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permite o parcelamento de dívidas do Executivo decorrentes de decisões judiciais (os chamados precatórios) abre caminho para o governo antecipar receitas que terá com a exploração de petróleo na camada pré-sal ao longo dos próximos anos.
O texto, divulgado nesta terça-feira, cria um fundo para o pagamento antecipado de precatórios parcelados e para abater a dívida pública. A ideia inicial era que uma parte desses recursos também fosse destinada para pagar um “bônus” para beneficiários do novo Bolsa Família, mas o governo decidiu deixar que o Congresso faça essa mudança ao longo da tramitação da PEC.
O fundo será abastecido com uma série de receitas do governo, como concessões e privatizações. Entre essas receitas, a PEC lista a “antecipação de valores a serem recebidos, pela União, a título do excedente em óleo em contratos de partilha de petróleo”. Não se trata de antecipação de royalties nem de impostos (como fez o Rio no passado).
O regime de partilha de produção rege os principais contatos do pré-sal. Por esse modelo, o governo fica com uma parte do petróleo que é produzido pelas empresas nos campos, descontados os custos de produção. É essa receita que o governo quer antecipar.
Os contratos são geridos pela estatal PPSA, responsável pela venda direta do óleo que cabe ao governo. A PPSA estima que vai receber mais de R$ 400 bilhões entre até 2032 com a comercialização do óleo-lucro dos 17 contratos existentes. O dinheiro não é da empresa, vai para os cofres do Tesouro. E esse valor não leva em conta a receita com royalties de petróleo e impostos.
É esse montante de recursos que, no limite, podem ser antecipados pelo governo, seja em uma ou mais operações Hoje, o dinheiro arrecadado com a venda de óleo pela União vai para o Fundo Social do pré-sal, cuja finalidade legal é destinar recursos para educação, cultura, esporte, da saúde pública, ciência e tecnologia e meio ambiente.
Integrantes do governo, por outro lado, ressaltam que para estruturar a venda antecipada do petróleo seria necessário estudar, por exemplo, tendências de câmbio e de preços de referência para o barril de petróleo e estipular algum tipo de deságio.
O deságio é necessário já que o comprador assumiria o que hoje é risco da União: não saber exatamente qual será a taxa de câmbio, os preços do petróleo e do gás no futuro, além do próprio potencial de alguns campos ainda em exploração.
Durante entrevista nesta terça-feira, o secretário do Tesouro, Jeferson Bittencourt, disse que não há previsão de arrecadação, mas afirmou que o objetivo da PEC é de fato antecipar os recursos do pré-sal.
— É uma porta que ficou aberta para a possibilidade de antecipar os recursos da venda desses contratos (do pré-sal). É uma possibilidade, na linha das outras que estão lá, no sentido de viabilizar, dar eficiência e celeridade aos processos de desestatização. É mais uma medida de redução do tamanho do Estado — disse Bittencourt.
Sempre esteve nos planos do ministro da Economia, Paulo Guedes, antecipar recursos do pré-sal, no que ele chama de privatização da PPSA. Porém, havia muitas dúvidas dentro do governo sobre como isso poderia ser feito. Ao colocar essa possibilidade na PEC, caso ela seja aprovada pelo Congresso, o governo ganha mais segurança jurídica para a medida. Guedes já disse que a PPSA poderia se tornar tão “corrupta”, nas palavras dele, quanto a PDVSA, a estatal de petróleo da Venezuela, se nada fosse feito.
O fundo previsto na PEC dos Precatórios contará também com receitas da alienação de imóveis da União ou de rendimentos de fundos integralizados com esses imóveis, de privatizações, de dividendos (descontado as despesas de estatais deficitárias), de concessões, e da arrecadação decorrente do primeiro ano de redução de benefícios tributários.

Regra de ouro
A PEC muda ainda a regra de ouro, norma fiscal prevista na Constituição segundo a qual o governo não pode se endividar para pagar despesas correntes. Essa regra vem sendo descumprida anualmente desde 2019, depois de sucessivos rombos nas contas públicas.
Hoje, para descumprir a regra, o governo precisa de uma autorização especial do Congresso, que é solicitada ao longo do ano no qual o Orçamento é executado. Em 2021, por exemplo, a autorização especial solicitada foi de R$ 164 bilhões.
O governo propôs abreviar essa autorização. No lugar da autorização especial do Congresso ser dada ao longo do ano, ela passaria a ser feita junto do próprio Orçamento — essa autorização, porém, terá um valor específico, e não será genérica.
Caso a PEC seja aprovada dessa forma, em 2022, o Congresso poderá autorizar o governo a descumprir a regra de ouro na mesma votação em que discutirá o Orçamento anual.
Por outro lado, se a necessidade de crédito foi maior do que o aprovado no Orçamento, o governo seguirá o mesmo caminho de hoje: a solicitação de um crédito extra ao longo do ano.
Ainda há duas regras fiscais que o governo precisa cumprir: o teto de gastos, que limita o crescimento das despesas da União à inflação do ano anterior; e a meta fiscal, que estabelece uma meta de resultado final para as contas públicas.

N.daR.: Esse é mais um dos exemplos negativos da administrção federal.
Só os ineptos e incpazes gastam "gastar por conta".

Brasil: um País destinado a viver no que há de pior do passado.

* Fonte primária: O Globo
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Fontes: InfoMoney
Postalis: como a privatização dos Correios pode mudar os investimentos de 200 mil participantes do fundo de pensão - Sem conseguir bater meta de retorno no 1º semestre, análise interna indica necessidade de readequação do portfólio
Publicado: | On Line 7 ago 2021 08h00 - Atualizado 3 dias atrás
Por Lucas Bombana

Postalis - Foto: Jorge William / O Globo que tratam da privatização dos Correios, o fundo de pensão Postalis tem trabalhado na diversificação da conservadora carteira de investimentos.
Com cerca de R$ 9,5 bilhões sob gestão de 200 mil participantes, o Postalis gerencia dois planos de benefícios: o PostalPrev, com R$ 6,2 bilhões de patrimônio, sendo cerca de 80% em títulos públicos, e o plano Benefício Definido (BD), de R$ 3,3 bilhões, com a metade em renda fixa de baixo risco.
No caso do BD, há ainda um déficit de R$ 7 bilhões a ser equacionado, gerado, entre outras razões, por desvios de conduta em gestões passadas que resultaram em investimentos desastrosos.
Para cobrir o rombo, os segurados precisam fazer uma contribuição extraordinária e podem ainda ver alguns dos benefícios reduzidos, como o valor a ser recebido em caso de pensão por morte.
Apesar das medidas para sanar a insuficiência financeira, os riscos envolvidos para o sucesso da empreitada, como ações judiciais de participantes insatisfeitos, podem vir a atrapalhar as negociações para a venda dos Correios.
Para piorar, no primeiro semestre, os planos PostalPrev e BD tiveram rentabilidade de 5,8% e 3,8%, respectivamente, abaixo da meta atuarial de 6,3% no período, retorno estabelecido para manter a solvência no longo prazo.
Frente à alocação conservadora e em busca de retorno acima da meta, Pedro Pedrosa, diretor de investimentos, diz que os planos para o Postalis no segundo semestre passam por um aporte de quase R$ 2 bilhões em ativos de maior risco.
Fundos de ações no Brasil e no exterior, além de multimercados de diferentes estratégias, estão entre eles. E, um pouco mais à frente, quem sabe até os Fundos de Investimento em Participações (FIPs). “O Postalis precisa adequar seu portfólio para que ele tenha uma alta probabilidade de bater a meta”, afirmou Pedrosa, em entrevista ao InfoMoney.
A previsão é que, mesmo em meio ao ciclo de alta da taxa Selic, a busca por diversificação reduza a parcela de renda fixa consolidada entre os dois planos de aproximadamente 71,5% para 55,4%. O planejamento de médio prazo passa, contudo, pelos rumos do fundo de pensão no contexto da privatização dos Correios.

N.daR.: Tudo semelhante...
Sem outros comentários.

* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: Estadão - Economia & Negócios
Com royalty menor, PetroRio aumenta projeção de vida útil de seus campos
Publicado: | On Line 07 de agosto de 2021 | 10h00
Por Fernanda Nunes

PETRORIO Após ser autorizada a pagar uma alíquota menor de royalty e a interligar os campos de Tubarão Martelo e Polvo numa única estrutura, na semana passada, a PetroRio refez as contas da vida útil de suas áreas. A projeção, agora, é que a produção se estenda até 2040, em alguns de seus ativos.
Isso significa uma reversão de cenário, uma vez que nenhuma gota de petróleo estaria sendo retirada de Tubarão Martelo, por exemplo, não fossem medidas como essas, que vão viabilizar o investimento da empresa em tecnologias de recuperação de reservatórios e compartilhamento de infraestrutura. A PetroRio se consolidou no mercado como uma petrolífera independente ao adquirir projetos em fase madura das gigantes do setor.
A aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para que a empresa pague royalty de 5% e não de 10% em sua produção incremental na Bacia de Campos foi um passo importante para tornar o negócio atrativo e ampliar a atividade das áreas. A projeção é que sejam distribuídos R$ 750 milhões em compensação financeira aos governos em toda vida útil dos seus atuais projetos.
A mais nova aposta da PetroRio é o campo de Albacora, que está sendo licitado pela Petrobrás. O crescimento da empresa não está condicionado, no entanto, às vendas da estatal. Segundo Emiliano Fernandes, diretor de recursos humanos, regulação e jurídico da PetroRio, a empresa não comprou muitos ativos da estatal. “É indiscutível que ela tem mais de 90% do mercado e seus desinvestimentos são uma oportunidade”, diz ele. “Mas a gente tem um território profícuo e esse é um mercado gigante.”
Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 06/08/2021, às 15h33.

N.daR.: Assim são feitosos negocios no Brasil.

Brasil: um País destinado a viver no que há de pior do passado.
Sem outros comentários.

* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: Estadão - Política
Procuradoria no DF vê ‘extenso lastro probatório’ e ratifica denúncia da Lava Jato contra Lula por corrupção e lavagem no Instituto - Procurador Frederico Paiva defende o trabalho da extinta Operação e argumenta que a declaração de suspeição do ex-juiz Sérgio Moro não deve comprometer a investigação; juiz da 12.ª Vara Federal em Brasília vai decidir se acolhe ou não a acusação contra o ex-presidente
Publicado: | On Line 07 de agosto de 2021 | 11h11
Por Redação

GASPETRO A Procuradoria da República no Distrito Federal ratificou à Justiça a denúncia apresentada pela extinta Operação Lava Jato contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-ministro Antônio Palocci, o empresário Marcelo Odebrecht e outras cinco pessoas no caso da suposta compra de um terreno para sediar o Instituto Lula em São Paulo e de um apartamento em São Bernardo do Campo (SP). De acordo com o Ministério Público Federal, os imóveis teriam sido custeados pela Odebrecht em troca do favorecimento da construtora em contratos com a Petrobras.

Documento: A ratificação   PDF

As acusações de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro foram aceitas em dezembro de 2016 pelo então juiz Sérgio Moro. A decisão, no entanto, perdeu efeito depois que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ampliou o alcance da declaração de suspeição de Moro no processo do triplex do Guarujá a todas as demais ações penais da Lava Jato contra Lula.
Ao reiterar as acusações, o procurador Frederico Paiva disse haver ‘extenso lastro probatório’ e defendeu o trabalho da força-tarefa da Lava Jato. Ele argumentou que a declaração de suspeição de Moro não deve comprometer a investigação que levou ao oferecimento da denúncia.
“Os inúmeros procedimentos e elementos probatórios produzidos envolveram diferentes sujeitos processuais, muito além do juiz suspeito, assim como instâncias diversas. A pretensão da defesa de anular todas as provas produzidas, genericamente, vai de encontro aos princípios da celeridade e da cooperação”, diz um trecho do documento.
Cabe agora ao juízo da 12.ª Vara Federal do Distrito Federal, para onde o caso foi enviado, decidir se aceita ou não a denúncia.

N.daR.: Por mais que se queira alterar a verdade ela sempre há de prevalecer.
* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: Estadão - Economia
Compass avança no mercado com Yara, mas diz estar longe de dominar gás
Publicado: | On Line 08 de agosto de 2021 | 05h00
Por Wilian Miron

GASPETRO Um dos principais desafios para que a Compass consiga efetivar a compra da participação da Petrobrás na Gaspetro é provar ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que ainda haverá concorrência no mercado de gás. A venda da fatia de 51% do negócio foi anunciada no fim do mês passado, por R$ 2 bilhões. A empresa que pertence ao Grupo Cosan, porém, continua avançando em outras frentes no mercado de gás natural. Com o destravamento do mercado livre do insumo, a partir das mudanças na legislação que aconteceram em abril, a Compass fechou mais um contrato e se tornará fornecedora da fabricante de fertilizantes Yara. É seu segundo acordo. O primeiro foi feito com a Rhodia, na semana passada.
Segundo o diretor presidente da Compass Comercialização, Sergio Silva, a empresa negocia contratos no mercado livre com mais de uma dezena de empresas, que seriam supridas pelo terminal de regaseificação, a ser implantado no Porto de Santos e que terá potencial para fornecer 14 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d). “A Compass está muito distante de ter qualquer posição dominante no mercado de gás, mas vamos tentar ser um competidor relevante”, afirmou.
Com a estrutura, a empresa pretende participar de chamadas públicas das distribuidoras de energia, a partir de 2023. “Temos dezenas de clientes em São Paulo e outros Estados, entre industriais e distribuidoras de gás”, disse ele.

Acordo
O acordo com a Yara deve suprir a demanda de 700 mil metros cúbicos diários (m³/d) de gás que a fabricante de fertilizantes consome atualmente, daqui dois anos. A ideia é reduzir custos de fertilizantes nitrogenados. Hoje, o gás é a principal matéria-prima para a fabricação desses insumos e responde por até 80% do custo variável de produção.
De acordo com o vice-presidente de soluções industriais da Yara Internacional, Daniel Hubner, a empresa tenta há pelo menos dois anos migrar para o mercado livre. Atendida hoje pela Comgás, também do Grupo Cosan, a Yara terá no mercado livre flexibilidade na indexação dos preços, que poderão ser atrelados ao Brent, Henry Hub, ou índices como TTF e JKM. O contrato com a Compass visa atender a fábrica de Cubatão (SP), mas a Yara já vislumbra consumir o produto gás em outras unidades.
Para a diretora técnica de Economia e Estatística da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Fátima Coviello, a falta de competitividade dos fertilizantes brasileiros é um problema que deve ser mitigado com a abertura no mercado de gás natural. Atualmente, aproximadamente 75% da demanda por fertilizantes no Brasil é atendida produtos importados dos Estados Unidos, Rússia e Oriente Médio. Em algumas categorias, como a ureia, o porcentual pode chegar a 90%.
“A demanda por fertilizantes no Brasil é bastante expressiva, mas tem sido atendida por produtos importados, então vejo essa abertura como oportunidade de novos investimentos para termos novas fábricas e outro padrão de competitividade”, diz ela.
Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 06/08/2021, às 18h23.

N.daR.: Vão-se os anéis e os dedos.
Saímos de uma operação estratégica e rentável para o País - Petrobras - para um oligopólio altamente vantajoso para o adquirente do "negócio".

Brasil: um País destinado a viver no que há de pior do passado.

* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: Folha de São Paulo - mercado
Estudo adotado por Lula infla custo econômico da Operação Lava Jato - Estimativa de perdas com paralisia de investimentos despreza problemas anteriores, como a dívida da Petrobras
Publicado: Folha de São Paulo | On Line 7.ago.2021 às 23h15
Por Ricardo Balthazar

Campo de Baleia Branca - Lula repete gesto de Vargas. - Foto: fabio Rossi / 15.07.2010 /  O Globo São Paulo - Um estudo econômico que o PT tem usado para criticar a Operação Lava Jato e defender o legado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva infla os custos impostos pelas investigações sobre corrupção ao calcular o impacto da paralisação de investimentos da Petrobras e obras públicas.
Produzido pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) por encomenda da CUT (Central Única dos Trabalhadores), o estudo começou a circular em março e foi citado pelo próprio Lula num pronunciamento após a anulação das ações da Lava Jato contra ele, em abril.
O trabalho sustenta que a operação aprofundou a recessão que a economia brasileira viveu de 2014 a 2016 e provocou perdas equivalentes a 3,6% do PIB (Produto Interno Bruto) num período de quatro anos, incluindo R$ 172 bilhões em investimentos e 4,4 milhões de postos de trabalho.
Mas economistas que analisaram o estudo a pedido da Folha observam que ele desconsidera problemas anteriores à deflagração da Lava Jato que também prejudicaram os projetos da Petrobras e outras obras que foram paralisadas, amplificando dessa forma os custos associados às investigações.
"É muito difícil isolar todos esses efeitos para medi-los cuidadosamente, e por isso muitos exercícios desse gênero acabam simplificando as coisas e exagerando", diz Bráulio Borges, da consultoria LCA e pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas.
Deflagrada em março de 2014 e praticamente encerrada no início deste ano, a Lava Jato revelou a existência de um vasto esquema de corrupção na Petrobras, levou à prisão ex-diretores da estatal, empresários e políticos e insuflou a crise que levou ao impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016.
As maiores empreiteiras do país e alguns dos principais fornecedores de equipamentos da estatal foram atingidos pela operação. Com seus contratos suspensos, as empresas foram impedidas de continuar trabalhando com a Petrobras e passaram a enfrentar dificuldades para obter crédito no mercado.
Para projetar o que teria acontecido com os investimentos da Petrobras se a Lava Jato não tivesse existido, o Dieese criou um modelo econométrico que adota como variáveis as receitas e os lucros da companhia e o preço do petróleo no mercado internacional, que despencou a partir de julho de 2014.
O modelo indica que teria sido inevitável reduzir os gastos da Petrobras com refinarias e novos navios para exploração de petróleo após a mudança no cenário externo. Mesmo assim, ele sugere que teria sido possível sustentar investimentos 59% maiores do que os realizados de 2015 a 2017.
Além disso, o Dieese procurou calcular os efeitos da paralisação de 53 obras públicas cuja execução foi interrompida em decorrência das investigações. Os autores do estudo estimaram o volume de gastos que seria necessário para concluir os empreendimentos se não tivessem sido afetados pela Lava Jato.
Por fim, o Dieese usou os números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para estimar o impacto que a continuidade dos investimentos teria tido no PIB, incluindo nessa conta efeitos indiretos em outros setores da economia e decorrentes do aumento da renda e do consumo.
O problema principal do modelo escolhido pelo Dieese é que ele não inclui entre suas variáveis os custos impostos pelo elevado endividamento da Petrobras, que aumentou muito nos anos anteriores à operação e já tinha começado a comprometer sua capacidade de financiar novos investimentos.
A dívida da Petrobras era equivalente a 4,8 anos de seu fluxo de caixa no fim de 2014 e atingiu a marca de 5,1 no ano seguinte, muito acima do nível definido pela própria empresa como saudável, 2,5. As taxas de juros que o mercado cobrava para financiar a companhia também subiam nessa época.
"A Petrobras estava sentada em cima de uma quantidade enorme de reservas graças à descoberta do pré-sal e por isso tinha como segurar seu programa de investimentos mesmo em condições mais difíceis", afirma o diretor-técnico do Dieese, Fausto Augusto Júnior. "A metodologia do estudo é conservadora."
A queda vertiginosa do preço do petróleo a partir de 2014 provocou uma forte retração no mundo inteiro, não só no Brasil da Lava Jato. Os investimentos globais do setor diminuíram 42% entre 2014 e 2016, segundo a consultoria Rystad Energy. No caso da Petrobras, o corte foi de 57% nesse período.
Mas o modelo do Dieese sugere que a Petrobras teria se saído melhor se não fosse a Lava Jato, com queda de apenas 33%. "Na verdade, seria de esperar que a Petrobras tivesse um desempenho pior, porque nessa época ela estava muito mais endividada do que as outras petroleiras", diz Borges, da LCA.

Petrobras: Investimento - 0004 a 2017

O modelo não considerou o elevado endividamento da Petrobras, que comprometia sua capacidade de financiar investimentos. No governo Michel Temer, a Petrobras vendeu refinarias, gasodutos e participações em outras empresas para abater dívidas

Petrobras: Dívida Liquida x Fluxo de Caixa

A companhia também foi prejudicada por uma acentuada desvalorização do real em relação ao dólar, que contribuiu para o aumento de seu endividamento, e pela política oficial de controle de preços de combustíveis e derivados, que segurava o repasse da alta do petróleo no mercado interno.
Outro problema do estudo é que algumas obras da Petrobras já despertavam suspeitas dos órgãos de controle antes da Lava Jato. O TCU (Tribunal de Contas da União) apontava irregularidades na Refinaria Abreu e Lima (PE) desde 2011, quando recomendou pela primeira vez o bloqueio de verbas destinadas a ela.
Na lista de 53 obras analisadas pelo Dieese para calcular o custo da Lava Jato, há pelo menos 10 que já despertavam desconfianças do TCU em 2013, como a Ferrovia Norte-Sul e a usina nuclear de Angra 3. Isso sugere que elas já estavam sujeitas a atrasos mesmo antes das revelações da Lava Jato.
"O histórico dos investimentos do setor público no Brasil mostra que erros de planejamento e falhas de governança são os principais responsáveis por problemas dessa natureza", diz Claudio Frischtak, presidente da consultoria Inter.B. "Muitas dessas obras teriam parado mesmo sem a Lava Jato."
Numa coluna na Folha em maio, o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, que atuou nos governos Lula e Dilma, observou que muitas perdas podem ter resultado de má alocação de recursos causada por corrupção. Ele disse também que, em tese, uma parte poderá ser compensada por ganhos de eficiência no futuro.

Charge: Gebildo - Chacais da Petrobras

Um artigo em que Fausto Augusto Júnior e o presidente da CUT, Sérgio Nobre, discutem os resultados do estudo do Dieese e sua metodologia foi publicado na coletânea "Operação Lava Jato: crime, devastação econômica e perseguição política", lançada em abril pela editora Expressão Popular.
Segundo o diretor do Dieese, o trabalho teve início há três anos e mobilizou 15 pessoas, incluindo economistas e consultores externos. O Instituto Lula organizou um ciclo de palestras na internet para divulgar o livro. O vídeo que teve maior alcance até agora foi visto apenas 524 vezes até sexta-feira (6).
"Toda escolha metodológica pode ser questionada, mas o objetivo do estudo é iluminar uma discussão que ninguém quer fazer", diz Augusto Júnior. "O impacto econômico da Lava Jato está longe de ser desprezível, e acho que ele foi até maior do que o sugerido pelas nossas estimativas".
O estudo também critica a estratégia adotada pela empresa no governo Michel Temer (MDB), quando uma nova direção liderada por Pedro Parente pôs à venda refinarias, gasodutos e participações em outras empresas para abater dívidas. A política foi mantida após a chegada de Jair Bolsonaro (sem partido) ao poder.
Para o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli, que dirigiu a empresa na maior parte do governo Lula e a deixou um ano após a posse de Dilma, os cortes de investimentos e as vendas de ativos enfraqueceram a companhia e tornaram inviável a retomada de uma estratégia agressiva como a do passado.
"É evidente que as mudanças do cenário externo em 2014 exigiriam uma troca de marcha mesmo sem o impacto da Lava Jato, mas eles não precisavam ter dado um cavalo de pau e desintegrado a empresa como fizeram", diz Gabrielli, um dos organizadores do livro com o estudo do Dieese.

Comperj


N.daR.: No Brasil tudo é possíve.
Uma das entidades mais prejudidicais à Petrobrás, Petros, oas seus colaboradores, aposentados e pensionistasa foi e continua senod a FUP.
Mas a mídia insiste em dar crédito a esse tipo de agremiação.
É estranho que numa suposta democracia, a mídia, políticos, ex-militares ou não se omitam e/ou sejam coniventes com esse descalabro.
Moral, ética e patriotismo são conceitos desconsiderados e ou abandonados no Brasil.
Brasil: um País destinado a viver no que há de pior do passado.


* Fonte primária: Folha de São Paulo
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Fontes: O Globo - Economia
Bolsonaro defende fazer 'acordo' sobre preço de combustível com Petrobras - Presidente afirmou que estuda não fazer reajustes quando houver queda do dólar ou do petróleo, para evitar aumentos futuros
Publicado: Impresso 07.08.2021 Pág. 24 | On Line 06/08/2021 - 17:18 / Atualizado em 06/08/2021 - 18:29
Por Daniel Gullino

PETROBRAS BRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que sugeriu ao presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, um "acordo" sobre o preço de combustível. Bolsonaro afirmou que estuda não reajustar o preço dos combustíveis quando houver alteração na cotação do dólar ou no preço do petróleo, para evitar aumentos futuros.
— Falei para ele (Silva e Luna) que dá vontade de a gente chegar em um acordo, porque não posso interferir, porque não é uma estatal, toda vez que a gente diminui cinco centavos no preço da gasolina, não desce nada na bomba. Quando lá na frente somos obrigados a aumentar mais um centavo, aumenta na bomba — disse Bolsonaro, durante almoço com empresários em Joinville (SC).
O presidente disse que essa seria busca a "maneira de não aumentar combustível";
— Vamos estudar uma possibilidade de a gente não mexer no preço dos combustível quando o dólar cai aqui dentro e o preço do barril do petróleo cai lá fora. É a maneira de não aumentar combustível — disse o presidente que aparentemente se confundiu, pois a alta do dólar e da cotação do petróleo é o que eleva o preço dos combustíveis no país.
No mesmo discurso, o presidente afirmou que pretende acabar com a "bandeira branca", como são chamados os postos de combustíveis que não têm contratos com as distribuidoras.
— Vamos tentar acabar com a bandeira branca dos combustíveis também. Não vou falar máfia, porque pode alguém do setor aí me criticar. Mas o comportamento é o pior possível. Cada bandeira define o preço na sua região.

N.daR.:
* Fonte primária: O Globo
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Fontes: Folha de São Paulo - mercado
TCU vê riscos na venda de refinarias; Petrobras diz que mercado requer adaptações
Publicado: Folha de São Paulo | On Line 19h57 5.ago
Por (Reuters)

Charge: Gebildo - Chacais da Petrobras O TCU (Tribunal de Contas da União) verificou haver risco ao pleno abastecimento de todos os mercados regionais de combustíveis, tendo em vista os desinvestimentos da Petrobras, após realizar uma auditoria sobre o tema, conforme nota publicada em seu site.
O órgão federal disse ainda que as vendas de ativos da petroleira estatal colocam em risco desenvolvimento e à reorganização do mercado de refino de petróleo no Brasil.
As conclusões ocorreram após auditoria de natureza operacional para verificar como o governo federal tem atuado para reorganizar o mercado nacional de refino, tendo em vista o plano de venda de ativos da empresa.
Questionado durante uma coletiva de imprensa, o diretor-executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores da Petrobras, Rodrigo Araujo, afirmou que o movimento do TCU é natural, uma vez que a abertura do mercado demanda uma série de adaptações.
O executivo ponderou que não teve acesso ao relatório do TCU, mas que a petroleira tem conhecimento de que é uma auditoria que não tem relação direta com o processo de desinvestimento da Petrobras.
"Não é um processo de auditoria do nosso processo de desinvestimento", frisou, destacando que a empresa permanece comprometida com o movimento de abertura do mercado de refino e de gás natural.
"É claro que (a abertura) é um movimento extremamente favorável, mas demanda uma série de adaptações, então acho que é algo natural que a gente passe (...) por esse movimento de adaptação com o novo mercado, mais competitivo", afirmou.
A Petrobras planeja vender todas as suas refinarias fora dos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, como parte de um amplo planejamento para a abertura do mercado de refino brasileiro, em busca de mais investimentos e competição.
Procurado, o TCU não respondeu imediatamente a pedidos de mais informações sobre a auditoria.
Mais cedo, Araujo destacou não ver movimentos contrários do TCU em relação à venda da refinaria Rlam ao grupo Mubadala, a qual a empresa planeja concluir ainda neste ano ou no início de 2022.
Das demais refinarias à venda, o diretor citou que as mais avançadas eram Reman, Lubnor e SIX.
Em nota, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) disse esperar que a análise do TCU leve à revisão das privatizações de refinarias.
Para a entidade, que representa 12 sindicatos de petroleiros, as vendas das unidades de refino vão criar monopólios privados regionais, podendo gerar desabastecimento e alta dos preços dos combustíveis.

N.daR.: Empresa lucrativa (desde que medianamente adminstrada), estratégica, é desamanchada.
Seus ativos são alvo de cobiça e são disputados por grupos privados, alguns concorrentes da própria empresa
E, repetindo: Não é de se compreender como a mídia, políticos, ex-militares ou não se omitam e/ou sejam coniventes com esse descalabro.
Moral, ética e patriotismo são conceitos desconsiderados e ou abandonados no Brasil.
Brasil: um País destinado a viver no que há de pior do passado.


* Fonte primária: Folha de São Paulo
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Fontes: Estadão - Economia
Dividendos da Petrobras podem ajudar governo a conter preços de combustíveis - Empresa vai pagar R$ 32 bi em dividendos a seus acionistas neste ano, sendo que a União receberá quase a metade desse total; estatal trabalha com o Planalto para controlar preços de combustíveis no varejo
Publicado: | On Line 06 de agosto de 2021 | 05h00
Por Fernanda Nunes e Denise Luna - Colaboraram Márcia Furlan e Bruno Villas Bôas

Sede da Petrobras, RJ - Foto: Guilherme Leporace / Ag. O Globo RIO - A Petrobras está disposta a ajudar o governo, mas não com subsídios aos combustíveis. A empresa vai antecipar o pagamento de R$ 32 bilhões em dividendos a seus acionistas. A maior beneficiada, com R$ 15,4 bilhões, será a União, sócia majoritária da petrolífera. Além disso, a estatal trabalha com o Ministério de Minas e Energia (MME) para criar um fundo de estabilização dos preços dos combustíveis. A ideia é, com o dinheiro, aliviar os consumidores, que estão pagando cada vez mais caro pelos produtos da estatal, à medida que a cotação do petróleo dispara no exterior.
O incômodo do governo com a política de preços da Petrobras derrubou Roberto Castello Branco da presidência da estatal. Seu sucessor, Joaquim Silva e Luna, assumiu o cargo com a incumbência de atenuar os efeitos da valorização dos combustíveis no orçamento das famílias e, ao mesmo tempo, garantir o retorno financeiro aos acionistas. Diante da persistência da alta dos preços, o presidente Jair Bolsonaro voltou a se manifestar sobre a Petrobras nos últimos dias. Ele disse estudar com a empresa a criação de um vale-gás.
“A Petrobras terá um fundo de R$ 3 bilhões para um vale-gás. A proposta está bem avançada. A ideia é dar um botijão de gás a cada dois meses para o pessoal do Bolsa Família”, disse Bolsonaro a uma rádio do Rio Grande do Norte, na última quarta-feira.
A Petrobras nega. A empresa disse que, ao menos por enquanto, está ajudando apenas com ideias, que poderão ser usadas na definição do fundo de estabilização dos preços, segundo o diretor de comercialização e logística da estatal, Claudio Mastella, ao detalhar a analistas as demonstrações financeiras do segundo trimestre, quando a companhia registrou lucro de R$ 42,8 bilhões.
Uma das causas desse resultado é a política de paridade de importação adotada pela empresa, que alinha os seus preços aos do mercado internacional. A diferença, agora, é que ela está demorando mais tempo a repassar ao consumidor as volatilidades externas.
Indiretamente, no entanto, a estatal já está ajudando o governo. Neste mês, vai pagar antecipadamente uma parcela dos R$ 11,6 bilhões em dividendos destinados à União pelo resultado do fechamento de 2021. Considerando outras parcelas já pagas, o Tesouro vai ficar com R$ 15,4 bilhões de retorno pelo controle da estatal. Trata-se da maior distribuição de dividendos pela estatal desde 2018.

Reações
A antecipação dos dividendos foi bem recebida pelo mercado, que viu na medida a melhor solução para evitar possíveis intervenções políticas na gestão da empresa para baixar os preços dos combustíveis. “O Fundo Brasil, a ser integrado pela rede de resultados que a União tem direito e por recursos de privatizações e de venda de imóveis públicos, alinharia o interesse da Petrobras, minoritários e controlador”, disse o UBS, em relatório, projetando para 2022 dividendos de U$ 15 bilhões.
O Fundo Brasil é uma proposta do ministro da Economia, Paulo Guedes, para pagar precatórios e benefícios sociais. Mas não foi definido, por enquanto, se o fundo de estabilização dos preços dos combustíveis terá relação com o Fundo Brasil. De qualquer forma, a ideia de utilizar os ganhos com as estatais para solucionar lacunas econômicas agrada o mercado.
O Bradesco BBI avaliou que a “Petrobras deve se tornar uma poderosa e sustentável pagadora de dividendos”. Em relatório, o banco disse que os proventos podem aumentar nos próximos dez anos. “Um risco importante agora é a aproximação das eleições presidenciais de 2022.”

N.daR.:
* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: O Globo - Economia
Petrobras confirma estudo sobre vale-gás e diz que decisão está com governo - Joaquim Silva e Luna, presidente da estatal, afirmou que a empresa não é o 'ator principal' neste debate
Publicado: | On Line 05/08/2021 - 16:31 / Atualizado em 05/08/2021 - 19:20
Por Evandro Éboli

Gal. Joaquim e Luna - Foto: André dusek - Estadão BRASÍLIA - O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, confirmou nesta quinta-feira que a estatal está participando do debate do vale-gás. O posicionamento ocorreu durante visita de Silva e Luna ao Palácio do Planalto.
— Nós participamos dessa discussão junto com o governo, mas o tema está sendo conduzido pelo Ministério das Minas e Energia. A nada somos indiferentes, temos atividade e responsabilidade social dentro da empresa, mas não somos o ator principal na condução desse processo — afirmou o presidente da estatal, que ontem apresentou lucro recorde para o segundo trimestre, de R$ 42,8 bilhões.
Há três dias, a estatal negou estar coordenando os estudos para a criação da ação social para ajudar a população mais pobre a comprar gás de cozinha.
No fim de semana, a estatal informou, via comunicado, que não possuía definições quanto à implementação e ao montante de participação em eventuais programas sociais destinados ao gás de cozinha no Brasil, depois de o presidente Jair Bolsonaro ter dito que a estatal contaria com uma reserva de R$ 3 bilhões para o pagamento de um vale-gás.
Silva e Luna não apresentou detalhes do projeto. Questionado se o governo poderia separar R$ 3 bilhões para o programa dos R$ 9 bilhões que a estatal está enviando ä União como dividendos decorrente de seu lucro no último trimestre, o presidente da estatal se esquivou:
— Esse (recurso) aí (R$ 9 bilhões) faz parte dos dividendos. O compromisso da empresa é repassar os dividendos. Agora, o acionista majoritário é o governo, que define o que fazer — afirmou ele, que completou? — O presidente tem informação junto com o Ministério das Minas e Energia e deve estar compondo com o Ministério da Fazenda (sic, referindo-se ao Ministério da Economia) uma boa função para isso.

N.daR.:
* Fonte primária: O Globo
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Fontes: O Globo - Economia
Petrobras pode elevar ainda mais distribuição de dividendos, além dos R$ 31 bi anunciados - Pagamento a acionistas será 2021, no maior patamar desde 2018. Ações saltam na Bolsa. Empresa vai investir US$ 1 bi na Foz do Amazonas
Publicado: | On Line 05/08/2021 - 11:33 / Atualizado em 05/08/2021 - 17:50
Por Bruno Rosa

PETROBRAS RIO - As ações da Petrobras dispararam mais de 10% esta manhã na bolsa de valores, um dia após a empresa anunciar lucro de R$ 42,9 bilhões no segundo semestre. A estatal anunciou que vai distribuir R$ 31,6 bilhões (cerca de US$ 6 bilhões) em dividendos neste ano, e pode elevar ainda mais o valor. A  informação foi dada por Rodrigo Araujo, diretor financeiro da empresa, durante teleconferência de apresentação dos resultados financeiros da empresa no segundo trimestre.
Araujo lembrou que uma distribuição adicional de dividendos pode ocorrer neste ano a depender da entrada de mais recursos em caixa seja com a operação em si ou a venda de ativos, ao ser perguntado por um dos analistas sobre essa possibilidade.
Ontem, a estatal informou que, dos R$ 31,6 bilhões em dividendos, R$ 21 bilhões serão pagos em 25 de agosto de 2021 e os R$ 10,6 bilhões restantes em 15 de dezembro de 2021.
— A depender da geração de caixa da companhia e de eventuais closings (fechamentos) de transações de gestão de portfólio que gerem entrada de recursos, vamos estar sempre olhando espaço para eventualmente ter distribuição adicional de dividendos, mas sem nenhum compromisso com esse momento. É algo que estamos sempre monitorando — disse Araujo.

Meta de US$ 60 bi de dívida
O governo federal e o BNDES têm direito a receber 36,75% do total de dividendos. O diretor financeiro lembrou que a distribuição de dividendos é "uma demonstração importante de capacidade de resiliência e qualidade da gestão" da empresa.
Sobre a dívida, Araujo reforçou novamente que a meta é alcançar US$ 60 bilhões de dívida bruta até o fim deste ano. Em junho, a dívida bruta chegou a US$ 63,6 bilhões.
- Em agosto, tem a entrada FPSO Carioca que traz a dívida um pouco para cima. Mas estamos focados em aproveitar o pré-pagamento de operações bilaterais com custos menores e fazer novas emissões de recompra de forma que isso seja neutro em caixa - disse Araujo.
O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, reforçou, durante sua apresentação, que a Petrobras vai distribuir neste ano o maior volume de dividendos desde 2018.
- Aprovamos a distribuição antecipada de US$ 6 bilhões. Serão os maiores desde 2018. A antecipação é compatível com a sutentabilidade financeira da empresa.

Preços internacionais
Silva e Luna destacou ainda a venda de ativos como a BR, a redução da dívida da estatal e o volume de comercialização de combustíveis como alguns dos marcos da companhia neste ano.
- Não é ufanismo dizer que a Petrobras é uma potência inevitável. Continumamos trabalhando duro amparado em decisões absolutamente técnicas, evoluindo e se tornando mais forte para melhor investir e suprir um mercado mais exigente.
Cláudio Mastella, diretor de Comercialização e Logística, voltou a dizer que a companhia segue os preços internacionais. Lembrou ainda que o objetivo é evitar repasses imediatos para os preços.
- Ficamos o tempo todo observando o mercado e os competidores. Acompanhamos a cotação e o câmbio. Nossa equipe monitora todos os dias, observando se é uma troca de patamar ou expectativa de troca de patamar. E isso nos deixa a vontade para não ter uma peridiocidade.
Os diretores afirmaram que a empresa segue firme na venda de ativos. Citaram o processo de venda da Braskem e ativos como as refinarias e a Gaspetro, além de campos de petróleo. Assim, o valor total de transações neste ano já soma US$ 5,7 bilhões, informou a comapnhia.

Foz do Amazonas
A Petrobras pretende investir US$ 1 bilhão na perfuração de até oito poços ao longo da polêmica Margem Equatorial, área que reúne as bacias do Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas e Potiguar. A previsão é que esse valor seja destinado até 2025, conforme a estatal obtenha as licenças ambientais para iniciar o processo de exploração. Fernando Borges, diretor de Exploração e Produção da estatal, disse, em coletiva de imprensa, que a região representa uma nova fronteira exploratória no Brasil.
- Vemos a Guiana Francesa e o Suriname com muito sucesso. Temos blocos a 30 quilômetros (km) da divisa com a Guiana Francesa e a 160 km da costa. São blocos com 2 mil a 3 mil de lâmina de água. E vamos buscar a última fronteira exploratória que a Petrobras e o Brasil têm em termos de volume que possam se assemelhar ao que temos no pré-sal - disse ele. - De 2022 a 20225 temos até oito poços para perfurar nessas quatro bacias.
Se tiver licença, podemos perfurar dois ano que vem. Os blocos estão na linha divisória com a Guiana Francesa. Ele destacou ainda que a Petrobras pretende perfurar 20 poços em novas jazidas até o ano que vem. O número inclui, além da Margem Equatorial, poços na Bacia de Campos, na franja externa ao polígono do pré-sal, no pré-sal da Bacia de Santos, e no Espírito Santo.

N.daR.: Repetindo.
Não há como a Petrobras dar prejuízo.
Não há porque vender ativos lucrativos.
Não há razão para que o governo se desfaça de ativos estratégicos.
Não há explicação de a Petrobras deixar de agir com ética e, também, com objetivos sociais.
Nenhuma explicação existe para permitir que ativos se tornem parte de oligopólios e/ou monopólios privados.
Não é de se compreender como a mídia, políticos, ex-militares ou não se omitam e/ou sejam coniventes com esse descalabro.
Moral, ética e patriotismo são conceitos desconsiderados e ou abandonados no Brasil.
Brasil: um País destinado a viver no que há de pior do passado.

* Fonte primária: O Globo
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Fontes: O Globo - Economia
Petrobras registra lucro de R$ 42,9 bilhões no segundo trimestre - Volume de venda de combustíveis registrou alta de 17,5% entre abril e junho deste ano
Publicado: | On Line 04/08/2021 - 18:38 / Atualizado em 05/08/2021 - 01:44
Por Bruno Rosa

PETROBRAS RIO - O aumento no preço do petróleo no mercado internacional e as maiores vendas de combustíveis fizeram a Petrobras registrar lucro líquido de R$ 42,855 bilhões no segundo trimestre deste ano.
É uma alta de 3.572,2% em relação ao primeiro trimestre deste ano e um contraste na comparação com o prejuízo de R$ 2,713 bilhões verificados no segundo trimestre de 2020.
Assim, nos primeiros seis meses do ano, o ganho da estatal chegou a R$ 44,022 bilhões, revertendo as perdas de R$ 51,236 bilhões de igual período de 2020, quando a pandemia do coronavírus forçou a estatal a fazer baixas contábeis em seus ativos.
Além das maiores vendas de gasolina e diesel e a alta nas exportações, a estatal destacou ainda que o lucro no segundo trimestre foi puxado ainda pelos ganhos cambiais devido à valorização do dólar e a venda de ativos como as ações da BR Distribuidora na Bolsa de Valores e campos de petróleo, que já somaram US$ 2,817 bilhões neste ano.
O preço do barril subiu 63% nos primeiros seis meses do ano em relação ao primeiro semestre de 2020. Já o dólar teve alta de 9,3% no mesmo período.
O resultado no segundo trimestre veio acima das projeções de analistas e institutos de pesquisa, que projetavam ganhos entre R$ 5,5 bilhões e R$ 23 bilhões.
Joaquim Silva e Luna tomou posse como presidente da estatal no dia 19 de abril. Ele assumiu no lugar de Roberto Castello Branco, que foi demitido por Jair Bolsonaro após reajustar os preços dos combustíveis meio às pressões de uma possível greve dos caminhoneiros.
Em carta aos acionistas, Silva e Luna disse que todos na empresa continuam "trabalhando duro, amparados em decisões absolutamente técnicas". Lembrou ainda que o objetivo é evoluir para tornar a empresa mais forte "para melhor investir, suprir um mercado cada vez mais exigente e gerar prosperidade para nossos acionistas e para a sociedade”.
Apesar do resultado, Silva e Luna disse que o ano de 2021 ainda é um ano de transição, em que a Petrobras ainda dedica grande parte de sua geração de caixa ao pré-pagamento da dívida, com o objetivo de atingir a dívida bruta de US$ 60 bilhões.

Dividendos
O Conselho de Administração da Petrobras aprovou a antecipação do pagamento de remuneração ao acionista referente ao exercício de 2021 no montante de R$ 31,6 bilhões, dos quais R$ 21 bilhões serão pagos em 25 de agosto de 2021 e R$ 10,6 bilhões em 15 de dezembro de 2021.
Em julho, a estatal informou que o volume de venda de combustíveis registrou alta de 17,5% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, quando teve início a pandemia do coronavírus. No primeiro semestre, o avanço foi de 9,6% em relação aos primeiros seis meses de 2020.
Com mais vendas, a receita no segundo trimestre chegou a R$ 110, 7 bilhões, uma alta de 117,5% ante o mesmo período de 2020. No primeiro semestre, a receita somou R$ 196,8 bilhões, avanço de 55,8% em relação aos primeiros seis meses do ano passado.
O maior consumo ocorreu em um momento em que os preços da gasolina e do diesel vêm subindo nas bombas por conta do avanço do preço do petróleo no mercado internacional.
A estatal destacou ainda alta nas vendas de óleo combustível por conta da maior crise hídrica dos últimos 91 anos que levou ao acionamento das usinas térmicas.
As despesas totais da companhias tiveram queda de 74,6% no segundo trimestre, para R$ 21,277 bilhões. Segundo a estatal, houve ganho de R$ 2,5 bilhões com a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/COFINS e maior resultado com operações de parcerias em exploração e produção.
Os investimentos, por sua vez, somaram US$ 4,278 bilhões, uma queda de 2,1% em relação ao mesmo período de 2020.
O resultado foi influenciado pelas vendas de gasolina, que tiveram alta de 19% no primeiro semestre deste ano ante o mesmo período de 2020. Movimento semelhante ocorreu com o diesel. As vendas registraram alta de 24,6% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2020.
Na semana passada, a Petrobras  anunciou a venda de um seus principais negócios na área de gás no país: a Gaspetro, sua subsidiária que tem participação societária em 19 companhias distribuidoras de gás natural natural no país, entre elas a do Rio de Janeiro. Após quase um ano de negociação, a estatal vendeu sua fatia de 51% para a Compass, do Grupo Cosan, por R$ 2,03 bilhões.

N.daR.: Não há como a Petrobras dar prejuízo.
Não há porque vender ativos lucrativos.
Não há razão para que o governo se desfaça de ativos estratégicos.
Não há explicação de a Petrobras deixar de agir com ética e, também, com objetivos sociais.
Nenhuma explicação existe para permitir que ativos se tornem parte de oligopólios e/ou monopólios privados.
Não é de se compreender como a mídia, políticos, ex-militares ou não se omitam e/ou sejam coniventes com esse descalabro.
Moral, ética e patriotismo são conceitos desconsiderados e ou abandonados no Brasil.
Brasil: um País destinado a viver no que há de pior do passado.

* Fonte primária: O Globo
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Fontes: Folha de São Paulo - mercado
Petrobras lucra R$ 42,8 bi com combustíveis em alta e repassará R$ 9 bi à União - Estatal propõe dividendos de R$ 31,6 bilhões por resultado do segundo trimestre
Publicado: Folha de São Paulo | On Line 4.ago.2021 às 19h12 Atualizado: 4.ago.2021 às 20h20
Por Nicola Pamplona

Petrobras: Lucro entre 2019 e 2021 - Folhapress Rio de Janeiro - A recuperação do preço do petróleo impulsionou o desempenho da Petrobras no segundo trimestre de 2021, gerando um lucro de R$ 42,8 bilhões. No mesmo período do ano anterior, quando a pandemia derrubou as cotações internacionais, a estatal registrou prejuízo de R$ 2,7 bilhões.
Segundo a empresa, o resultado foi garantido por maiores margens de lucro nos combustíveis, maiores vendas de óleo e derivados, ganhos cambiais devido à valorização do real frente ao dólar e ganhos de participações em investimentos. No ano, a Petrobras acumula lucro de R$ 44 bilhões.
"É um prazer apresentar excelentes resultados operacionais e financeiros", disse, no balanço divulgado nesta quarta (4), o presidente da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna, que assumiu a companhia em abril, já com o trimestre e andamento.

Com o resultado, a Petrobras se propõe a distribuir R$ 31,6 bilhões em dividendos a seus acionistas. O valor será pago em duas parcelas, a primeira delas no dia 25 de agosto, somando R$ 21 bilhões. Com 28,67% das ações, a União terá direito a um total de R$ 9 bilhões.
O diretor financeiro da empresa, Rodrigo Araujo Alves, disse que o pagamento é um reconhecimento aos acionistas e "contribuição importante à sociedade brasileira" e que a companhia trabalhará para que essa remuneração seja "ainda mais consistente ao longo dos anos".
O ano de 2021 é marcado por forte recuperação das cotações internacionais do petróleo, com pressões altistas sobre os preços dos combustíveis vendidos pela estatal, em um cenário que vem gerando impactos na popularidade do presidente Jair Bolsonaro.
Em fevereiro, após escalada de preços no início do ano, Bolsonaro demitiu o então presidente da estatal, Roberto Castello Branco, em um movimento que gerou no mercado temor de intervenção na política de preços dos combustíveis e culminou com uma debandada inédita no conselho e na direção da companhia.
Petrobras: Produção de Petróleo e Gas - 2019 e 2021 - Folhapress Escalado para substituir Castello Branco, Silva e Luna prometeu manter o acompanhamento das cotações internacionais, embora venha praticando reajustes com frequência inferior à de seus antecessores. Nesta quinta (5) a empresa completa um mês sem mudanças nos preços da gasolina e do diesel.
Ainda assim, a cesta de derivados de petróleo vendida pela companhia custou no segundo trimestre, em média, R$ 401,19 por barril, alta de 14,6% em relação ao trimestre anterior e mais do que o dobro do verificado no mesmo período de 2020.
Puxadas por diesel e gasolina, as vendas de combustíveis pela Petrobras somaram 1,8 milhão de barris por dia, alta de 17,5% em relação ao segundo trimestre de 2020, quando medidas de isolamento derrubaram o mercado. Na comparação com o primeiro trimestre de 2021, a alta foi de 5,5%.
A produção média de petróleo e gás alcançou 2,8 milhões de barris de óleo equivalente por dia, 1,1% acima do primeiro trimestre, com o aumento das operações em duas plataformas do pré-sal, região que representou 70% da produção total da Petrobras no período.
Com preços melhores e maiores vendas, a empresa teve receita de R$ 110,7 bilhões, 28,5% acima do primeiro trimestre. O Ebitda, indicador que mede a geração de caixa de uma companhia, somou R$ 61,9 bilhões, alta de 26,5% em relação aos primeiros três meses do ano.
Apenas com a venda de derivados no mercado interno, a empresa faturou R$ 63,8 bilhões, aumento de 22,6% em relação ao primeiro trimestre. Responsável pelas vendas de derivados, a área de Refino da estatal teve lucro de R$ 8,9 bilhões, alta de 28,2% em relação ao trimestre anterior.
No balanço divulgado nesta quarta, a Petrobras diz que, além dos preços dos combustíveis, o resultado foi influenciado por ganhos cambiais com a valorização do real frente ao dólar e à reversão de perdas relacionadas à BR Distribuidora, que a companhia deixou definitivamente em junho, com a venda de 37,5% das ações por R$ 11,3 bilhões.
Petrobras: Dívida Bruta - Folhapress Sem os efeitos extraordinários, o lucro do segundo trimestre teria sido de R$ 40,7 bilhões. O melhor resultado trimestral já apresentado pela companhia ocorreu no quarto trimestre de 2020, com lucro de R$ 59,9 bilhões.
Aquele balanço, porém, foi fortemente influenciado por revisões em preços dos ativos que haviam sido rebaixados com a queda do preço do petróleo após o início da pandemia. Sem esse efeito, o lucro teria sido de R$ 28,4 bilhões.
No segundo trimestre de 2021, a Petrobras continuou se aproveitando da boa geração de caixa para reduzir seu endividamento. A dívida bruta da companhia fechou o período em US$ 63,7 bilhões (R$ 337 bilhões, pelo dólar médio de venda do trimestre), bem perto da meta de US$ 60 bilhões.
"Continuamos trabalhando duro, amparados em decisões absolutamente técnicas; evoluindo e tornando-nos mais fortes para melhor investir, suprir um mercado cada vez mais exigente e gerar prosperidade para nossos acionistas e para a sociedade”, disse Silva e Luna, no texto de apresentação do balanço da companhia.
Em relatório fiscal também divulgado nesta quarta, a Petrobras diz que recolheu aos cofres públicos no primeiro semestre um total de R$ 76,7 bilhões, sendo R$ 32,4 bilhões em tributos próprios de suas operações, R$ 23,3 bilhões em participações governamentais e R$ 21,0 bilhões em tributos retidos de terceiros.

N.daR.: Empresa lucrativa (desde que medianamente administrada), estratégica, é desamanchada.
Seus ativos são alvo de cobiça e são disputados por grupos privados, alguns concorrentes da própria empresa
E, repetindo: Não é de se compreender como a mídia, políticos, ex-militares ou não se omitam e/ou sejam coniventes com esse descalabro.
Moral, ética e patriotismo são conceitos desconsiderados e ou abandonados no Brasil.
Brasil: um País destinado a viver no que há de pior do passado.


* Fonte primária: Folha de São Paulo
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Fontes: O Globo - Economia
Petrobras registra lucro de R$ 42,9 bilhões no segundo trimestre - Volume de venda de combustíveis registrou alta de 17,5% entre abril e junho deste ano
Publicado: | On Line 04/08/2021 - 18:38 / Atualizado em 05/08/2021 - 01:44
Por Bruno Rosa

PETROBRAS RIO - O aumento no preço do petróleo no mercado internacional e as maiores vendas de combustíveis fizeram a Petrobras registrar lucro líquido de R$ 42,855 bilhões no segundo trimestre deste ano.
É uma alta de 3.572,2% em relação ao primeiro trimestre deste ano e um contraste na comparação com o prejuízo de R$ 2,713 bilhões verificados no segundo trimestre de 2020.
Assim, nos primeiros seis meses do ano, o ganho da estatal chegou a R$ 44,022 bilhões, revertendo as perdas de R$ 51,236 bilhões de igual período de 2020, quando a pandemia do coronavírus forçou a estatal a fazer baixas contábeis em seus ativos.
Além das maiores vendas de gasolina e diesel e a alta nas exportações, a estatal destacou ainda que o lucro no segundo trimestre foi puxado ainda pelos ganhos cambiais devido à valorização do dólar e a venda de ativos como as ações da BR Distribuidora na Bolsa de Valores e campos de petróleo, que já somaram US$ 2,817 bilhões neste ano.
O preço do barril subiu 63% nos primeiros seis meses do ano em relação ao primeiro semestre de 2020. Já o dólar teve alta de 9,3% no mesmo período.
O resultado no segundo trimestre veio acima das projeções de analistas e institutos de pesquisa, que projetavam ganhos entre R$ 5,5 bilhões e R$ 23 bilhões.
Joaquim Silva e Luna tomou posse como presidente da estatal no dia 19 de abril. Ele assumiu no lugar de Roberto Castello Branco, que foi demitido por Jair Bolsonaro após reajustar os preços dos combustíveis meio às pressões de uma possível greve dos caminhoneiros.
Em carta aos acionistas, Silva e Luna disse que todos na empresa continuam "trabalhando duro, amparados em decisões absolutamente técnicas". Lembrou ainda que o objetivo é evoluir para tornar a empresa mais forte "para melhor investir, suprir um mercado cada vez mais exigente e gerar prosperidade para nossos acionistas e para a sociedade”.
Apesar do resultado, Silva e Luna disse que o ano de 2021 ainda é um ano de transição, em que a Petrobras ainda dedica grande parte de sua geração de caixa ao pré-pagamento da dívida, com o objetivo de atingir a dívida bruta de US$ 60 bilhões.

Dividendos
O Conselho de Administração da Petrobras aprovou a antecipação do pagamento de remuneração ao acionista referente ao exercício de 2021 no montante de R$ 31,6 bilhões, dos quais R$ 21 bilhões serão pagos em 25 de agosto de 2021 e R$ 10,6 bilhões em 15 de dezembro de 2021.
Em julho, a estatal informou que o volume de venda de combustíveis registrou alta de 17,5% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, quando teve início a pandemia do coronavírus. No primeiro semestre, o avanço foi de 9,6% em relação aos primeiros seis meses de 2020.
Com mais vendas, a receita no segundo trimestre chegou a R$ 110, 7 bilhões, uma alta de 117,5% ante o mesmo período de 2020. No primeiro semestre, a receita somou R$ 196,8 bilhões, avanço de 55,8% em relação aos primeiros seis meses do ano passado.
O maior consumo ocorreu em um momento em que os preços da gasolina e do diesel vêm subindo nas bombas por conta do avanço do preço do petróleo no mercado internacional.
A estatal destacou ainda alta nas vendas de óleo combustível por conta da maior crise hídrica dos últimos 91 anos que levou ao acionamento das usinas térmicas.
As despesas totais da companhias tiveram queda de 74,6% no segundo trimestre, para R$ 21,277 bilhões. Segundo a estatal, houve ganho de R$ 2,5 bilhões com a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/COFINS e maior resultado com operações de parcerias em exploração e produção.
Os investimentos, por sua vez, somaram US$ 4,278 bilhões, uma queda de 2,1% em relação ao mesmo período de 2020.
O resultado foi influenciado pelas vendas de gasolina, que tiveram alta de 19% no primeiro semestre deste ano ante o mesmo período de 2020. Movimento semelhante ocorreu com o diesel. As vendas registraram alta de 24,6% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2020.
Na semana passada, a Petrobras  anunciou a venda de um seus principais negócios na área de gás no país: a Gaspetro, sua subsidiária que tem participação societária em 19 companhias distribuidoras de gás natural natural no país, entre elas a do Rio de Janeiro. Após quase um ano de negociação, a estatal vendeu sua fatia de 51% para a Compass, do Grupo Cosan, por R$ 2,03 bilhões.

N.daR.: Não há como a Petrobras dar prejuízo.
Não há porque vender ativos lucrativos.
Não há razão para que o governo se desfaça de ativos estratégicos.
Não há explicação de a Petrobras deixar de agir com ética e, também, com objetivos sociais.
Nenhuma explicação existe para permitir que ativos se tornem parte de oligopólios e/ou monopólios privados.
Não é de se compreender como a mídia, políticos, ex-militares ou não se omitam e/ou sejam coniventes com esse descalabro.
Moral, ética e patriotismo são conceitos desconsiderados e ou abandonados no Brasil.
Brasil: um País destinado a viver no que há de pior do passado.

* Fonte primária: O Globo
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Fontes: Estadão - Economia
Petrobras vai suspender fornecimento de gás natural para distribuidoras do Nordeste em 2022 - Anúncio pegou de surpresa os Estados, que têm cerca de cinco meses para promover uma chamada pública para buscar novos fornecedores, prazo considerado curto por alguns deles
Publicado: | On Line 03 de agosto de 2021 | 14h06
Por Fernanda Nunes

Gás Natural - Foto: Evelson de Freitas / Folhapress RIO - A Petrobras comunicou às distribuidoras do Nordeste do País que não vai mais fornecer gás natural em 2022. O rompimento acontecerá após décadas de abastecimento contínuo e ininterrupto. O anúncio pegou de surpresa os Estados, que têm cerca de cinco meses para promover uma chamada pública para buscar novos fornecedores, prazo considerado curto por alguns deles.
O temor é que não seja possível substituir a Petrobras a tempo e o suprimento aos consumidores seja interrompido, num primeiro momento, segundo fontes de governos que falaram ao Estadão/Broadcast em condição de anonimato. A interrupção é mais um passo dado de retirada da Petrobras do mercado nordestino para se concentrar no Sudeste.
A comunicação de suspensão do fornecimento de gás, no ano que vem, foi feita diretamente às empresas distribuidoras, que têm os governos estaduais como sócios. O tratamento, no entanto, foi diferenciado, de acordo com o tamanho e a importância dos mercados de gás.
Para a Bahia, maior consumidor da região e um dos maiores do País, a estatal disse que não vai suspender o abastecimento até que seja firmado novo contrato com outra empresa fornecedora. O mesmo deve acontecer no Ceará e em Pernambuco. Para mercados menores, no entanto, a petrolífera não deu a mesma garantia, segundo fontes.
O mercado nordestino de gás é o segundo maior do País, atrás apenas do Sudeste, segundo a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Natural (Abegás). Na região, foram vendidos 15,26 milhões de m³ por dia do insumo na média do primeiro trimestre (dado mais atualizado). Esse volume representa 21,8% do total comercializado no período, em todo País. O maior consumo disparado é para geração de eletricidade e na indústria, de cerca de 6 milhões de m³/dia, cada. Existe, porém, uma grande disparidade na demanda por Estado.
No centro dessa mudança está o arrendamento do terminal de regaseificação da Bahia, pelo qual é importado o insumo na forma liquefeita. A Petrobras tenta alugar o terminal desde dezembro de 2019, mas não teve sucesso até agora. A Golar Power e a Excelerate chegaram a demonstrar interesse no negócio, mas foram desclassificadas da licitação, que está parada.
"Se a Petrobras vender gás para todas as distribuidoras, nenhuma empresa vai alugar o terminal da Bahia, já que a demanda parte apenas das distribuidoras de gás e de grandes consumidores. É uma questão comercial", afirma Edmar Almeida, pesquisador do Instituto de Energia da PUC-Rio. Segundo ele, caso haja problema de suprimento, enquanto não se resolve o arrendamento do terminal, a Petrobras ou outros fornecedores poderão transportar o produto doméstico pelo gasoduto Gasene, que interliga as regiões Nordeste e Sudeste. Além disso, há a possibilidade de fornecimento por pequenos produtores de gás independentes.
No Rio Grande do Norte, a distribuidora Potigás contratou, por dois anos, 236 mil m³/d da PetroReconcavo, pequena produtora em campos terrestres locais. A entrega começará em janeiro. Em Pernambuco, com mercado consumidor de maior porte, a fornecedora será a Shell, vencedora de uma chamada pública. A petrolífera anglo-holandesa foi contratada por dois anos para abastecer o Estado com 750 mil m³/d em 2022 e 1 mil m³/d em 2023.
A Bahia também já negociou nova fonte de suprimento e aguarda o desenrolar do arrendamento do terminal de importação de GNL, segundo o secretário de Infraestrutura da Bahia, Marcus Cavalcanti.
A preocupação maior é dos Estados que têm mercado consumidor menor e menos atraentes. Alguns deles ainda aguardam a Petrobras vender campos terrestres de produção de gás. Quem comprar esses campos poderá ser fornecedor. Mas, enquanto isso não acontece, estão sem alternativa, segundo fontes.
A suspensão do abastecimento de gás do Nordeste é mais um passo dado pela Petrobras para se concentrar no Sudeste. Além do pré-sal das bacias de Santos e Campos, a empresa mira o segmento de refino de São Paulo, principalmente.
No restante do País, está se desfazendo de campos de produção de petróleo e gás em águas rasas e terrestres, fábricas de combustíveis, biocombustíveis e fertilizantes, além de redes de transporte de gás, terminais de regaseificação e usinas de geração de energia eólica.

Petroleira vai oferecer solução temporária de fornecimento de gás
A Petrobras está disposta a negociar soluções temporárias às distribuidoras estaduais de gás natural do Nordeste que não encontrarem um fornecedor do insumo substituto à estatal, em 2022. Em resposta ao Estadão/Broadcast, a petroleira informou ainda que o suprimento de gás está assegurado para os contratos de fornecimento já firmados com entrega prevista para acontecer a partir de 1º de janeiro do ano que vem.
"Os processos em curso de arrendamento do TRBA (terminal de regaseificação da Bahia), objeto do acordo firmado no TCC (termo de compromisso de cessação) com o Cade, e demais desinvestimentos em campos de produção de gás trarão novos operadores ao mercado, que poderão suprir o atendimento das demandas locais", complementou a empresa.
O TCC firmado com o órgão antitruste prevê a saída da Petrobras de segmentos do mercado de gás. A intenção é promover a abertura do mercado, que, segundo o Cade e a estatal, pode contribuir para baixar o preço do gás.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP), representante de empregados da Petrobras, informou que "estuda ações judiciais" para garantir o fornecimento de gás pela petrolífera às distribuidoras do Nordeste. A entidade se posiciona contra o processo de venda dos ativos da empresa e tem recorrido à Justiça para tentar barrar os desinvestimentos.

N.daR.: repetindo.
Com o desmanche da Petrobras através da "venda" de seus ativos, forma-se um grande oligopólio - quase monopólio - no Brasil.
Ética, moral e pariotismo, palavras que perderam o sentido no País.
Brasil: um País destinado a viver no que há de pior do passado.

* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: Estadão - Economia
Venda da participação da Petrobras na Gaspetro pode ficar para 2022
Publicado: | On Line 04 de agosto de 2021 | 05h30
Por Fernanda Nunes

Logo Gaspetro Passados cinco dias do anúncio de venda da participação da Petrobras na Gaspetro para a Compass, o Conselho Administração de Defesa Econômica (Cade) ainda não começou a avaliar uma possível concentração de mercado, caso seja concluído o negócio. Grandes consumidores e o mercado temem a substituição do monopólio estatal pelo privado, com a venda da Gaspetro para a empresa paulista.
Isso porque a Gaspetro é sócia em 19 distribuidoras estaduais de gás natural. Já a Compass é a comercializadora de gás da Cosan – e estenderia seus tentáculos a praticamente todo o País.
Antes de analisar atos de concentração, o Cade informa o mercado sobre o início do processo, com a publicação do edital no ‘Diário Oficial da União’. Essa publicação, ainda não aconteceu. Passada essa fase, o órgão antitruste tem até 240 dias para se posicionar. Esse prazo ainda pode ser ampliado em 90 dias, caso o tribunal da autarquia ache necessário.
Com todo esse trâmite, há chances da venda da participação da Petrobras na Gaspetro ficar para 2022, ano eleitoral. Procurada, a Petrobrás disse que “a submissão do Ato de Concentração (“filing”) junto ao CADE está em fase de elaboração pela Compass e Petrobras”.
Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 03/08/2021, às 15h59.

N.daR.: repetindo.
Com o desmanche da Petrobras através da "venda" de seus ativos, forma-se um grande oligopólio - quase monopólio - no Brasil.
Ética, moral e pariotismo, palavras que perderam o sentido no País.
Brasil: um País destinado a viver no que há de pior do passado.

* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: Folha de São Paulo - mercado
Preço do asfalto dispara e pode parar obras públicas - Alta de 25% no preço em maio deve gerar nova onda de renegociação de contratos
Publicado: Folha de São Paulo | On Line 3.ago.2021 às 9h40
Por Nicola Pamplona

Preço do asfaldto - FSP 03.08.2021 Rio de Janeiro - A escalada do preço do asfalto coloca mais pressão sobre os custos de obras de infraestrutura no país e gera nova onda de pedidos de renegociações de contratos entre construtoras e o poder público. Apenas em maio, o aumento no preço do insumo foi de 25%.
Essas obras já vinham sofrendo com aumentos nos preços do aço e do cimento, que geraram atrasos em projetos e uma primeira onda de pedidos de reequilíbrio econômico-financeiro de contratos a partir do segundo semestre de 2020.
O problema não tem impacto imediato sobre os pedágios cobrados em rodovias concedidas, que são reajustados pela inflação, mas é foco de queixas dos concessionários, que tentam pressionar o governo a incluir gatilhos para repasses da alta do insumo.
A CNM (Confederação Nacional dos Municípios) diz que a situação tem gerado grande desajuste nos contratos, já que o asfalto representa 40% do custo de pavimentação e até 70% do custo de manutenção da estrutura viária.
"Os contratos têm previsão de aditamento [para acomodar o aumento de custos], mas o aditamento já não suporta mais", diz o presidente da entidade, Paulo Ziulkoski. "Então, a prefeitura para a obra e tem que fazer nova licitação."
Em Bebedouro (SP), a cerca de 400 quilômetros da capital, a prefeitura recebeu quatro pedidos de realinhamento de preços este ano. Dois se referiam a obras em atraso e foram negados, diz o diretor de Obras do município, Leonardo Ornelas. Nos outros dois, teve que negociar.
Durante as negociações, a cidade ficou dois meses sem receber asfalto do fornecedor do serviço de tapa-buraco e teve que recorrer a doações de empresas locais para cuidar ao menos das vias mais movimentadas da cidade.
"Sempre sobra pra prefeitura nunca para a empresa", comenta Ornelas. "Para eles, na pior das hipóteses podem fazer distrato. Já eu perco convênio, perco a licitação."
Assim como os combustíveis, o preço do asfalto vem sendo puxado pela recuperação das cotações internacionais do petróleo. Com reajustes trimestrais, o asfalto também segue o conceito de paridade de importação, que simula quanto custaria para trazer o produto do exterior.
No reajuste anunciado no dia 30 de abril, o percentual de 25% surpreendeu o mercado. "Em escala, esse foi o maior aumento dos últimos anos", diz Felipe Pacheco, superintendente executivo da Abeda (Associação das Empresas Distribuidoras de Asfalto).
De acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o preço do cimento asfáltico mais usado no país subiu quase 40% desde o início do governo Bolsonaro. A escalada, porém, começou a partir de 2015, após anos de congelamento de preços nos governos petistas.
A Petrobras diz que "os produtos asfálticos são commodities comercializadas em ambiente de livre competição". Assim, prossegue a empresa, os preços "buscam o equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações do valor dos produtos e da taxa de câmbio, para cima e para baixo."
A estatal afirma ainda que o elevado percentual de maio reflete a implantação dos reajustes trimestrais, atendendo à demanda das distribuidoras. "Após três meses de estabilidade de preços, o ajuste aplicado em maio considerou a variação do valor de mercado do produto."
Em 2019, o Ministério de Infraestrutura criou procedimentos para repassar periodicamente os aumentos de custos em seus contratos de pavimentação, o que aliviou os impactos a prestadores do governo federal. Alguns estados e prefeituras seguiram o modelo, mas o setor ainda vê grande dificuldade, principalmente, em obras municipais.
"Em muitos casos, a única solução da empresa é parar a obra", diz Ricardo Portella, da Construtura Sultepa. Ele tem um pedido de reequilíbrio junto ao governo gaúcho, que segue o modelo federal. Em outra obra, no Maranhão, teve que atrasar o cronograma à espera de autorização para repasse do preço do aço.
As dificuldades no repasse dos custos têm causado, inclusive, uma redução no consumo de asfalto no país, já que muitas construtoras aguardam sinalização dos contratantes para comprar o produto a preços novos.
"As empresas nao têm condição de ficar bancando", diz o presidente do Comitê de Infraestrutura da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), Carlos Eduardo Jorge. "Está havendo semiparalisação de grande quantidade de obras de pavimentação."
Segundo a ANP, as vendas em maio de 2021 foram 21% menores do que no mesmo período do ano anterior, quando a pandemia afetava de maneira mais forte o setor de construção.
As distribuidoras de asfalto têm olhado o mercado externo como alternativa à Petrobras, única fabricante no país. Atualmente, cerca de 5% do mercado interno é abastecido por produto importado, mas entraves logísticos dificultam as compras no exterior.
"O pessoal começou a se movimentar agora para importação", diz o presidente da Abimpa (Associação Brasileira dos Importadores de Asfalto), Bebiano Ferraz. "Mas precisa encontrar comprador, construir derretedores, tem todo um processo de adaptação."
Os derretedores são necessários porque não há estrutura portuária disponível para receber navios com asfalto aquecido. Assim, os importadores precisam comprar o produto sólido e derreter após o desembarque.
Além disso, diz Ferraz, geralmente é preciso "tropicalizar" o produto, por meio de processos químicos para adequar às especificações do asfalto importado às temperaturas brasileiras. A Abimpa tem hoje quatro associadas. Outras duas empresas estão negociando a associação.
As importações hoje vêm, em sua maioria, da Rússia. Representante de uma empresa de Dubai, Milton de Lima diz que vem concluindo as negociações de uma carga de asfalto chinês para distribuidores nacionais, que deve ser desembarcada no porto de Itajaí (SC).
A busca por alternativas de suprimento é também uma maneira de se antecipar à venda das refinarias da Petrobras, diz Pacheco, da Adeba. "Não sabemos se os novos donos terão interesse em continuar fabricando o produto", afirma.
Com a evolução de concessões rodoviárias, tanto do governo federal quanto de governos estaduais, a expectativa é que o consumo interno apresente crescimento nos próximos anos. Para os concessionários, a disparada do preço do asfalto causa impactos relevantes nos projetos de ampliação e conservação.
"A forma e o momento em que os impactos nos programas de investimentos e de custos serão compensados varia de acordo com o programa de concessão, seja federal, estadual ou municipal", disse, em nota, a A ABCR (Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias).

N.daR.: É impossível entender a política de preços da Petrobras, primária e contrária à empresa.

* Fonte primária: Folha de São Paulo
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Fontes: Estadão - Economia
Raízen vende só 8% do capital e vai à B3 valendo R$ 25 bi a mais que Cosan
Publicado: | On Line 03 de agosto de 2021 | 05h10
Por Altamiro Silva Junior e Cynthia Decloedt

Raízen - Divulgação Com a venda de pouco mais de 8% de seu capital a investidores, a empresa de energia renovável Raízen deve chegar à Bolsa com um valor de mercado superior ao de sua controladora, Cosan, dona de 50% na empresa. O processo de definição do preço das ações na oferta inicial (IPO, da sigla em inglês) da Raízen, da qual a Shell tem os outros 50%, acontece nesta terça-feira (3). A demanda já é três vezes superior à oferta, com procura alta entre investidores estrangeiros, pelo fato de a companhia ter se apresentado com a pegada de sustentabilidade e como uma alternativa à transição energética de combustíveis fósseis para renováveis. Os pedidos estão sendo feitos no menor valor sugerido para os papéis, que vai de R$ 7,40 a R$ 9,60. Por isso, a expectativa é de preços entre o meio e o piso dessa faixa.
Nesse patamar, a Raízen chegaria à B3 avaliada em R$ 73 bilhões – ou R$ 25 bilhões acima do valor de mercado desta segunda (2) da Cosan, de R$ 48 bilhões. O IPO da Raízen pode movimentar R$ 6 bilhões, considerando a colocação do lote principal ao preço mínimo. No melhor cenário, com ações no topo da faixa, a Raízen valeria R$ 95 bilhões.
A empresa está colocando apenas 8,17% de suas ações no mercado no IPO, o chamado free float – ou 10,72% caso os lotes extras sejam comprados. A expectativa é que a Raízen faça uma oferta subsequente (follow on) mais adiante para elevar a fatia das ações. O Nível 2 de governança corporativa da B3 exige ao menos 25% de free float. Procurada, a Raízen não se pronunciou por estar em período de silêncio.
Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 02/08/2021, às 18h28

N.daR.: Com o desmanche da Petrobras através da "venda" de seus ativos, forma-se um grande oligopólio - quase monopólio - no Brasil.
Ética, moral e pariotismo, palavras que perderam o sentido no País.
Brasil: um País destinado a viver no que há de pior do passado.

* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: O Globo - Economia
Após fala de Bolsonaro, Petrobras nega haver definição sobre vale-gás - Na semana passada, presidente afirmou que a estatal tem R$ 3 bi para programa de distribuição de botijão
Publicado: | On Line 02/08/2021 - 09:27 / Atualizado em 02/08/2021 - 18:43
Por Reuters

Botijão de gás - Foto: Gabo Morales - Folhapress SÃO PAULO - A Petrobras afirmou em comunicado divulgado no final de semana que não possui definições quanto à implementação e ao montante de participação em eventuais programas sociais destinados ao gás de cozinha no Brasil, depois de o presidente Jair Bolsonaro ter dito que a estatal contaria com uma reserva de R$ 3 bilhões para o pagamento de um vale-gás.
Segundo a Petrobras, a empresa segue adotando preços de vendas de GLP alinhados aos mercados competidores e contribui para discussões dentro do Ministério de Minas e Energia em relação a possíveis programas para famílias vulneráveis, mas sem que alguma decisão tenha sido tomada.
"Não há definição quanto à implementação e o montante de participação em eventuais programas. Qualquer decisão estará sujeita à governança de aprovação e em conformidade com as políticas internas da companhia", disse a estatal.
Bolsonaro havia afirmado na noite de sexta-feira, em entrevista ao Programa do Ratinho, no SBT, que a Petrobras conta com R$ 3 bilhões para custear as despesas de um programa de vale-gás voltado à população de baixa renda, embora não tenha fornecido detalhes sobre a formulação da iniciativa ou formas de pagamento.
"O novo presidente da Petrobras, o general (Joaquim) Silva e Luna, está com uma reserva de aproximadamente 3 bilhões de reais para atender realmente esses mais necessitados... Seria um vale-gás, seria o equivalente — no que está sendo estudado até agora — a um bujão de graça a cada dois meses", disse Bolsonaro.
Mais cedo na sexta-feira, reportagem da Reuters havia revelado, citando três fontes com conhecimento do assunto, que o governo federal planeja incluir um vale-gás na reformulação dos programas sociais que será anunciada neste mês, visando compensar o aumento nos preços dos combustíveis.
Em sua nota, a Petrobras afirmou ainda que, "como resultado de sua estratégia e seu compromisso de geração de valor", já distribuiu R$ 10,3 bilhões em dividendos em 2021, sendo R$ 3 bilhões destinados ao acionista controlador — o governo federal.

N.daR.: Sem comentários, por óbvio...
* Fonte primária: O Globo
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Fontes: Estadão - Economia
Para Macaé, o futuro está nas usinas térmicas
Publicado: Impresso 01.08.2021 Pág. B7 | On Line 001/08/2021 08h15
Por Fernanda Nunes

Termocamaçari - BA Reconhecida como a "capital brasileira do petróleo" até a primeira metade dos anos 2000, a cidade de Macaé, no norte fluminense, perdeu o título e o poder econômico. Nos últimos cinco anos, o dinheiro que era farto passou a migrar para outros municípios mais próximos do pré-sal. Na tentativa de retomar a grandiosidade do passado, Prefeitura e empresários locais fazem, agora, uma nova aposta: construir o maior parque de geração de eletricidade em usinas térmicas do País, utilizando o gás natural extraído do pré-sal.
O plano é instalar 11 usinas, com capacidade total de 14 gigawatt (GW), o equivalente a uma hidrelétrica de Itaipu. É um investimento de cerca de R$ 20 bilhões, em até uma década. Essa quantidade de dinheiro seria a mesma reservada por empresas petrolíferas para explorar e produzir petróleo no litoral norte fluminense, no mesmo período, segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Vianna.
Mesmo assim, não deve ser o suficiente para recuperar o brilho do passado. Pelo menos, por enquanto. Isso porque a Petrobras chegou a investir sozinha o que o conjunto de petrolíferas deve investir em uma década. Em 2013, por exemplo, foram US$ 9 bilhões. Nos próximos cinco anos, o desembolso previsto é de US$ 2,6 bilhões anuais.
Mas, se os planos da Prefeitura derem certo, a atividade de geração de energia vai ocupar uma parte significativa da indústria do petróleo na economia local. Num primeiro momento, Macaé dependia quase exclusivamente de royalties e movimentações econômicas atreladas à operação da Petrobras. Com o deslocamento da estatal para a Bacia de Santos, nas regiões metropolitanas dos Estados do Rio e de São Paulo, petrolíferas de menor porte assumiram parte dos investimentos da estatal. Além disso, a queda abrupta da cotação de petróleo contribuiu para que a arrecadação do município despencasse.
A decadência trouxe a lição de que é preciso diversificar as fontes de geração de emprego e renda. "Entendemos esses projetos de geração térmica como uma redenção para uma cidade que sempre se doou à indústria de petróleo", afirmou Vianna. Ainda não há previsão, no entanto, de quando serão repostos os mais de 60 mil empregos perdidos na crise. A expectativa da Prefeitura é de que, com os novos investimentos, isso aconteça em menos de dez anos.
Cronograma. Para o professor do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) Nivalde de Castro, o projeto de Macaé é ambicioso. "Temos de lembrar que, na privatização da Eletrobras, foi aprovada a construção de 8 GW de usinas termelétricas espalhadas por várias regiões. Mas a decisão vem do governo e vai depender do crescimento da economia", afirmou.
A primeira térmica a sair do papel, em janeiro de 2023, será a Marlim Azul, projeto de R$ 2,5 bilhões operado pelo fundo Pátria Investimentos, em sociedade com a Shell e a Mitsubishi Hitachi Power Systems Americas (MHPS). Outras nove foram licenciadas, mas ainda não tiveram a energia contratada em leilão. Por isso, há grande expectativa em relação aos leilões de energia programados pelo governo federal para este e o próximo ano.
Realizado em junho, o último leilão frustrou o mercado. Somente a Petrobras saiu vitoriosa e, mesmo assim, com a venda de um pequeno volume de energia. Com o consumo em queda, devido à pandemia, as distribuidoras estão com mais eletricidade contratada do que precisariam e não devem voltar a comprar tão cedo. A crise hídrica, no entanto, pode ajudar a viabilizar o investimento em usinas térmicas.
"Nossa capacidade de geração está pronta. Estamos esperançosos de que, pelo menos, mais três projetos desse parque térmico emplaquem ainda neste ano", disse Vianna.

N.daR.:
* Fonte primária: ESTADÃO
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Fontes: Estadão - Economia & Negócios
Estados podem impedir venda da Gaspetro à Compass
Publicado: Impresso 01.08.2021 Pág. B2 | On Line 01 de agosto de 2021 | 05h10
Por Fernanda Nunes

Logo Gaspetro A Petrobrás deu 30 dias para os governos dos Estados e a Mitsui informarem se têm interesse em comprar a participação dela nas distribuidoras estaduais de gás natural nas quais são sócias. Pelo menos dois Estados – Bahia e Sergipe – já decidiram que vão ficar com as ações da estatal. Na Bahia, o maior mercado consumidor da região Nordeste e um dos maiores do País, a participação da petrolífera na distribuidora foi definida em R$ 540 milhões, “um valor extremamente baixo”, segundo o governo. Esse posicionamento dos governos atrapalha os planos da paulista Compass, que fechou um acordo com a Petrobras para comprar a participação da estatal nas distribuidoras.
A Petrobrás participa de 19 distribuidoras estaduais de gás natural, por meio da Gaspetro, da qual é controladora com 51% do capital, ao lado da japonesa Mitsui, que tem 49%. Na quinta-feira (29), a estatal anunciou acordo de venda da Gaspetro para a Compass, comercializadora da Cosan. O negócio ainda vai passar pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que vai avaliar um possível risco de concentração de mercado com a entrada da Compass nas distribuidoras.
A saída da Petrobrás do segmento de distribuição de gás foi definida com o acordo e resultou na assinatura de um termo de compromisso de cessação (TCC), no qual a empresa se compromete a dar espaço a concorrentes no mercado de gás natural – passando pela produção, escoamento, transporte e distribuição. O argumento do Cade é que a presença de novos agentes pode favorecer a competição e forçar uma redução do preço do gás.
Nesse TCC, foi definido, no entanto, que o comprador dos ativos da petrolífera, entre eles a Gaspetro, não pode participar de outro elo da cadeia, para não comprometer os objetivos do TCC. A Compass não se encaixa nesse perfil, porque atua como comercializadora no mercado de gás paulista e também da distribuidora Comgás, além de estar construindo um terminal de regaseificação, que permitirá a ela importar gás. Por isso, há o risco de o negócio não ser concluído. Além disso, os sócios da Petrobras em cada uma das distribuidoras têm prioridade na compra das ações da estatal e, com isso, o poder de vetar a entrada da Compass.
A notícia da conclusão do negócio entre a Petrobras e a Compass não agradou ao mercado. A interpretação é de que, se concluída a venda, o monopólio estatal será apenas substituído pelo privado e a promessa de barateamento do gás não será cumprida. Isso frustra as expectativas dos Estados quanto ao “choque de energia barata” prometido pelo Ministério da Economia.

Bahiagás
Em sua decisão por exercer o direito de comprar a participação da Petrobrás (o direito de preferência) na Bahiagás, o governo considerou também o valor definido para a distribuidora “extremamente baixo”, segundo o secretário estadual de Infraestrutura, Marcus Cavalcanti. O Estado deverá pagar R$ 92 milhões por 17% das ações da Petrobrás na Gaspetro, que responde por 41,5% das ações da distribuidora. O restante é dividido entre a Mitsui (41,5%) e o próprio governo do Estado (17%).
Se a empresa japonesa não exercer o seu direito de preferência, o Estado está disposto a ficar com a sua parte. Isso significa que, ainda que o Cade aprove a venda da Gaspetro para a Compass, a empresa paulista não deve conseguir entrar no maior mercado consumidor do Nordeste.
“O valor fechado entre a Petrobrás e a Compass (R$ 2 bilhões por toda participação da estatal na Gaspetro) ficou muito abaixo do esperado. Esse é o sentimento geral dos Estados. Tenho certeza que muitos vão querer comprar as ações da Petrobras, até para se protegerem”, afirmou Cavalcanti. Ele lembra que, em 2015, a Mitsui pagou os mesmos R$ 2 bilhões por 41,25% da Gaspetro. “Não houve correção no valor do ativo nos últimos seis anos”, complementa.
Também o governo de Sergipe já havia informado à Petrobrás a intenção de aumentar sua presença da Sergas e deve reiterar sua posição à petrolífera nos próximos dias. Num primeiro momento, o governo sergipano até manifestou o interesse em privatizar a distribuidora, mas condicionou a venda da empresa à celebração de um novo contrato de concessão, em condições mais adequadas aos interesses do governo. Sergipe gostaria de usar o gás para atrair grandes indústrias consumidoras, que serviriam de âncora para o desenvolvimento da malha de distribuição local e para gerar emprego e renda.
O governo do Maranhão disse não ter sido informado do acordo de venda da Gaspetro para a Compass. O Piauí foi comunicado, mas ainda está definindo um posicionamento. Os demais 15 Estados, procurados pelo Broadcast, e a Petrobras não responderam. A Compass também foi procurada, mas não comentou.
A grande dúvida do mercado, no entanto, é quanto ao posicionamento da Mitsui. Para algumas fontes, a cultura japonesa se opõe à da Cosan e a sociedade entre elas seria impossível. “A Mitsui é uma empresa conservadora que não se mete muito na operação. Já a Cosan tem um jogo agressivo. Não vejo como poderiam atuar juntas”, disse uma das fontes.
Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 30/07/2021, às 18h13.

N.daR.: Repetindo.
O desmanche da Petrobras induz a concentração dos ativos "vendidos" para mãos de grupos privados.
Estes passarão a deter os lucros e os distribuirão aos seus acionistas, muito dos quais estrangeiros.
Nada contra se fossem outros os tipos de ativos.
Mas, em se tratando de petróleo e seus derivados, o foco está em envolver um produto estratégico, lucrativo e cuja empresa que desenvolveu com sua tecnologia de ponta a exploração, produção, refino e distribuição, a Petrobras, e, mais, serviu como espécie de "caixa" para o governo, é, em realidade, um caso criminal. Trata-se de um crime de Lesa-Pátria já consumado em alguns casos e em consumação.
Há fortes indícios de casos estranhos, para dizer o mínimo, nessas negociações que envolvem as privatizações de ativos.
Políticos, a mídia, ex-militares ou não a tudo assitem compassivos e/ou coniventes.
Ética, moral e pariotismo, palavras que perderam o sentido no País.
Brasil: um País destinado a viver no que há de pior do passado.

* Fonte primária: ESTADÃO
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